Dramas de uma Mulher
As minhas manhãs são cada vez mais estúpidas. Acordo e dou comigo com a terrível missão de combater o inimigo: o pó da casa! Sim, porque ser-se "abandonada" pelo marido ainda se aguenta, agora, o que uma mulher não aguenta é ser abandonada pela empregada! Ouviu, Amélia? Lá que o "senhor doutor" se tenha pirado para o estrangeiro a pretexto de “vencerre na vida” ainda vá que não vá, agora, deixar-me aqui, sozinha, a braços com esta árdua tarefa de limpar a casa, é que não! Eu disse sozinha? Qual quê, quedou-se um séquito de ácaros a fazer-me companhia!!! Antes só do que mal acompanhada, já dizia, e muito bem, o ditado. Bem, resta-me o consolo do aparato da situação: luvas cirúrgicas, máscara de bloco operatório, bisturi (leia-se esfregona)… ah, como eu gostava de ter sido médica (suspiro)! E lá vou eu, furiosamente, de olhos a picar e de espirros contidos, perseguindo o inimigo pela casa fora…
Só depois desta (recente) rotina tenho tempo de engulipar – benditos concursos de língua portuguesa! O que a gente aprende! – qualquer coisa a que chamo pequeno-almoço.
Já que corro o risco de morrer estúpida ao menos… haja Saúdinha!
Só depois desta (recente) rotina tenho tempo de engulipar – benditos concursos de língua portuguesa! O que a gente aprende! – qualquer coisa a que chamo pequeno-almoço.
Já que corro o risco de morrer estúpida ao menos… haja Saúdinha!
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