domingo, maio 08, 2005

Ontem fui ver o UBUs

Teatro
Dança
Humor
Ritmo
Folclore
Crítica
Música
Cor
Movimento
Sátira
… imperdível!

PS: A peça será reposta, no Porto, em Setembro. Fiquem atentos!



UBUs

Um contributo para a desdramatização da pátria

de ALFRED JARRY

tradução e dramaturgia LUÍSA COSTA GOMES

encenação RICARDO PAIS

cenografia PEDRO TUDELA

figurinos BERNARDO MONTEIRO

canções SÉRGIO GODINHO

desenho de luz NUNO MEIRA

desenho de som FRANCISCO LEAL

criação e preparação rítmica MIQUEL BERNAT

danças tradicionais MARGARIDA MOURA

consultoria mágica LUÍS DE MATOS

lutas e marchas militares MIGUEL ANDRADE GOMES

preparação vocal e elocução JOÃO HENRIQUES

elenco

ALBERTO MAGASSELA Ladislau, Mathias de Konigsberg, Empalador, Conselheiro, Empalador Girão, Comandante do Navio

ANTÓNIO DURÃES Rei Venceslau, Memnon, Urso

EMÍLIA SILVESTRE Dona Ubu

IVO ALEXANDRE Boleslau, Empalador, Camponês, Magistrados, Czar Alexis

JOANA MANUEL Rainha Rosimunda, Consciência

JOÃO CASTRO Parvolau

JOÃO REIS Dom Ubu

JORGE VASQUES Conjurado, Empalador, Estanislau Leczinski, Financeiros, General Lascy

LÍGIA ROQUE Dona Ubu

MICAELA CARDOSO Dona Ubu

PAULO FREIXINHO Capitão Bostura, Camponês

PEDRO ALMENDRA Conjurado, Empalador, Camponês, Nobres, Empalador Cotica

PEDRO PERNAS Conjurado, Empalador, Cavalo das Phynanças, Escrivão, Conselheiro, Empalador Cunha

ANTÓNIO SÉRGIO Nicolau Rensky, João Sobieski

produção TNSJ

"Num gesto assinalável e inédito entre nós, Luísa Costa Gomes traduziu o ciclo Ubu, verdadeira máquina de guerra a partir da qual Alfred Jarry (1873-1907) rasgou novas vias para o teatro moderno. Da tradução das peças ubuescas destilou-se uma dramaturgia que pretende realçar a essência paródica, caótica, gargantuesca e ressumante de hormona amoral do primeiro Ubu (Rei Ubu/1896). Se todo o Ubu é sobre todo o poder, sobretudo o pequeno poder, do contínuo, do professor, da mulher sobre o homem, mas também do rei sobre os súbditos e vice-versa, do homem sobre o homem e da cobiça sobre todos eles, Ubu(s) não é certamente uma "tematização", nem uma "reflexão", nem uma "meditação". É uma curtição-revisitação do universo de Jarry, construindo a partir dele uma espécie de acto de variedades musical, disruptivo, questionando as verdades feitas: do Teatro, do poder e seus abusos. Féerie montada no ambiente sujo de uma feira muito popular, o espectáculo será o que podermos criar a partir da ilusão de liberdade absoluta com que nos desculpamos de tantas tiranias."