Não há pachorra!
Pois que me apetecia ter um amigo, sem merdas nem inseguranças, nem medos nem depressões que me fizesse companhia nas coisas simples da vida, que são as idas ao cinema, as noitadas nas discotecas ou os passeios no Parque da Cidade.
O que é feito dos machos de barba dura que não abalam na tristeza, nem secumbem na adversidade, que nos abrem a porta do carro e que nos acompanham a casa, ficando ali, a velar por nós, até que o nosso aceno desapareça na segurança do hall da entrada.
É que já não há pachorra para tristezas, que essas já bastam as nossas, pois se Deus nos dotou de hormonas histéricas, dores de parto e sangria mensal, poupe-nos agora do que é suposto ser anti natura e de ter de aturar machos sensíveis!
Não é que, nos últimos tempos, tenho vindo a constatar que já não se fazem homens como antigamente e que essas mudanças nos machos são tudo menos positivas?
O que é feito dos machos de barba dura que não abalam na tristeza, nem secumbem na adversidade, que nos abrem a porta do carro e que nos acompanham a casa, ficando ali, a velar por nós, até que o nosso aceno desapareça na segurança do hall da entrada.
É que já não há pachorra para tristezas, que essas já bastam as nossas, pois se Deus nos dotou de hormonas histéricas, dores de parto e sangria mensal, poupe-nos agora do que é suposto ser anti natura e de ter de aturar machos sensíveis!
Não é que, nos últimos tempos, tenho vindo a constatar que já não se fazem homens como antigamente e que essas mudanças nos machos são tudo menos positivas?
Ora vejamos: sábado à tarde, estamos nós prontinhas - e sem ir a lado nenhum - pegamos no telemóvel e procuramos o amigo que pensamos ser a companhia perfeita para a altura. Marcamos o número do XY1. O sinal de chamada toca uma, toca duas… onze vezes até que dispara a caixa de voz, ai, que não há pachorra! Dez minutos depois, estamos nós, novamente, a consultar a lista de potencias companheiros para essa tarde e beep, entra-nos uma mensagem escrita no telemóvel. Esperançosas de uma mensagem do género “estou no duche, já te ligo”, sai-nos uma do tipo “querida X, espero que estejas bem. Não me leves a mal, mas eu não estou e não me apetece falar com ninguém. Fica bem, um beijin…” Foda-se! Às cinco da tarde de um sábado de sol radiante, um gajo, sim UM GAJO, não está bem?? E nem lata tem de atender e de − depois de ter aproveitado para desabafar − nos mandar bugiar, porque isso sim, seria o que nós, seres detentores de dois cromossomas X, faríamos!
Seja! Tentemos, então, o XY2 que é um tipo porreiro e divertido q.b., nada dado a essas coisas. A cena repete-se. Ao quinto sinal de chamada já estamos nós a bufar e quando nos atende a caixa de voz só nos apetece dizer “caralhadas”, ai, que porra, porque é que este caralho não atende?! Furiosas, ligamos outra e outra vez! Mas nada. Deste, nem uma mensagem de retorno a desculpar-se da crise − da qual só ficamos a saber mais tarde por outro amigo −, pois que isso cria stress e para stress já basta o com que ele está.
E assim, percorremos os amigos, todos, da lista, numa busca em vão de − boa − companhia, e damos por nós, já lá fora é noite escura, que se lixe, vou sozinha, nem que seja ali ao shopping que agora quem está com a telha e irritada sou eu!
Seja! Tentemos, então, o XY2 que é um tipo porreiro e divertido q.b., nada dado a essas coisas. A cena repete-se. Ao quinto sinal de chamada já estamos nós a bufar e quando nos atende a caixa de voz só nos apetece dizer “caralhadas”, ai, que porra, porque é que este caralho não atende?! Furiosas, ligamos outra e outra vez! Mas nada. Deste, nem uma mensagem de retorno a desculpar-se da crise − da qual só ficamos a saber mais tarde por outro amigo −, pois que isso cria stress e para stress já basta o com que ele está.
E assim, percorremos os amigos, todos, da lista, numa busca em vão de − boa − companhia, e damos por nós, já lá fora é noite escura, que se lixe, vou sozinha, nem que seja ali ao shopping que agora quem está com a telha e irritada sou eu!
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