Vou mudar-te [em vão] a sorte
O que faço contigo, [Meu Amor]?, passo os dias a pensar em ti, à tua espera [exactamente como dantes, num encore sem sentido]. Vagueio pelas ruas da cidade com o intuito de te fintar na memória, de te esquecer ao virar de uma esquina, [em vão]. Desço o rio, em direcção à foz, tentando perder-me na beleza da tela que é um pescador em contra luz, ou um barco solitário na água espelhada, mas, ao longe, algures, um fado qualquer, parece conhecer a nossa história avisando insistentemente “Vê como os búzios caíram virados para norte” e ameaçando com profecias “Pois eu vou mexer no destino, vou mudar-te a sorte”.
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