O principio do nada
Passaram 1252 anos no tempo das Fadas. Lunata está sentada à janela, embrulhada num xaile. Na sua cadeira de baloiço, já não se balança. Olha o vago, o infinito, o nada. Tem os olhos fundos e baços, inexpressivos, dos seres de muita idade.
Lá, ao longe, o sol põe-se por detrás da Floresta Encantada já sem encanto. É o fim da estação fria, o principio do nada. Lunata não se lembra de Demiurgo, nem de Millstreet, nem de Pato Preto. Lunata não se lembra de nada. Solidificou a memória como solidificaram as suas articulações. Apagou as recordações como se apaga o seu coração. É a mente a acompanhar o corpo e este a fugir[-lhe] à velocidade da luz.
Lá, ao longe, o sol põe-se por detrás da Floresta Encantada já sem encanto. É o fim da estação fria, o principio do nada. Lunata não se lembra de Demiurgo, nem de Millstreet, nem de Pato Preto. Lunata não se lembra de nada. Solidificou a memória como solidificaram as suas articulações. Apagou as recordações como se apaga o seu coração. É a mente a acompanhar o corpo e este a fugir[-lhe] à velocidade da luz.
Etiquetas: Lunata
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