CRÓNICAS DA ABELHA MAIA EM MISSÃO HUMANITÁRIA – QUÉNIA: Crónica 4
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cronicas do quenia - 4 -
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Ola a todos!
Decidi alterar a forma como vos escrevo. O streque aumentou e ja nao consigo arranjar tempo para vos escrever individualmente... "No hard feelings, I hope!" Assim, a partir de agora, escrevo uma vez por mes, uma especie de cronica. Vamos tentar? Desta forma voces ajudam-me a deixar escrita a memoria desta missao.
cronicas do quenia - 4 -
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Ola a todos!
Decidi alterar a forma como vos escrevo. O streque aumentou e ja nao consigo arranjar tempo para vos escrever individualmente... "No hard feelings, I hope!" Assim, a partir de agora, escrevo uma vez por mes, uma especie de cronica. Vamos tentar? Desta forma voces ajudam-me a deixar escrita a memoria desta missao.
Maia
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Jambo!
Primeiro, o mais importante, os cumprimentos. No Quenia da-se muita importancia aos cumprimentos e nao ha conversa ao telefone, encontro, reuniao que nao comece por uns bons minutos de "Ola!" - Jambo!, resposta - Jambo! - Esta troca de "galhardetes" continua, normalmente com "Entao, tudo bem?" - Habari gani? - A resposta e, invariavelmente, "Tudo muito bem, obrigada" - Nzuri sana, asante - ao que se segue "Tudo bem la por casa?" - Habary ya nyumbani? com "Tudo calmo" - Salama tu - como resposta.
Jambo!
Primeiro, o mais importante, os cumprimentos. No Quenia da-se muita importancia aos cumprimentos e nao ha conversa ao telefone, encontro, reuniao que nao comece por uns bons minutos de "Ola!" - Jambo!, resposta - Jambo! - Esta troca de "galhardetes" continua, normalmente com "Entao, tudo bem?" - Habari gani? - A resposta e, invariavelmente, "Tudo muito bem, obrigada" - Nzuri sana, asante - ao que se segue "Tudo bem la por casa?" - Habary ya nyumbani? com "Tudo calmo" - Salama tu - como resposta.
8:00 a. m. Despertar para a vida...
Ontem de manha cedo, estava eu no escritorio, em Homa Bay e ouço o Tom, o chefe dos guardas, a chamar:
- Daktari, daktari!
Eu nao sou medica, por isso nao e por mim que ele chama.
- Mas o que e que se passa? - perguntei,
- Uma mulher esta em trabalho de parto aqui fora, na rua! – disse ele esbaforido.
Corri a chamar a Diane, ela sim, medica e fomos ver o que se passava.
Sentada na berma, no outro lado da rua, uma rapariga ja com um bebe nos bracos... O bebe tinha acabado de nascer, era preciso “fechar” o cordao umbilical. Fui buscar a mala de emergencia que estava no jipe e quando cheguei a Diane informou-me que havia outro bebe a caminho. Pusemos a mama dentro do jipe e la partiram todos...
Mais tarde soube que nasceram duas meninas, saudaveis, e que a mais velha nao tinha nenhum traumatismo apesar de ter caido ao chao quando nasceu. Fiquei tambem a saber que foi assim que o cordao umbilical se rompeu, quando a pequenina nasceu e caiu! Por isso ja estava cortado quando chegamos...
Ndazi acabadinhos de fritar...
O que eu mais gosto quando estou em Homa Bay e dos passeios que dou!
Saio de casa bem cedinho, por volta das sete e meia e vou a pe ate ao escritorio. Pelo caminho cruzo-me com as criancas que vao para a escola, e, a medida que desco a rua, vou olhando para o Lago Vitoria, calmo, enorme, mesmo a minha frente.
A meio da manha, se ainda nao sai do escritorio para ir ao hospital, aproveito para ir la abaixo a cidade comprar um ou dois ndazi. Estes bolos, tipo farturas, mas triangulares, sao a minha perdicao. Hummmm, que delicia! E o empregado ja me conhece. Convida-me a sentar. E quase como em Portugal, quando vou ao cafe do Sr. David!
Quando vou ao hospital, cerca de 10 minutos de passeio, escolho o caminho mais longo.
Quando passo pelo bairro da policia ha sempre um grupo de criancas que vêm a correr ter comigo ou entao que espreitam pela janela, com um enorme sorriso e que me acenam enquanto me chamam “Branca, branca! Como estas?”.
- Mzungu, mzungu! How are you?
...
© Abelha Maia
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