O meu primeiro "Homem de Acção"
Ao despedir-me do meu sobrinho Simão, no quarto dos brinquedos, chamou-me a atenção o físico bestial e a carinha “laroca” de um boneco com que ele brincava. Fiquei a saber que era um “irmão” do ActionMan, o que interpretei como sendo uma cópia – neste caso, muito bem feita – do dito personagem.
Deve-me ter saltado a tampa do saudosismo, aberto a porta das lembranças, das tardes que às escondidas do meu irmão mais velho, ou aproveitando enquanto ele estava na escola, me deliciava com os dotes e beleza do “Mamo”, pois era assim que, no meu ainda incipiente vocabulário − mas já com apurado sentido estético e, está-se a ver, de sexualidade bem definida − eu pronunciava o nome de tão fascinante e bem feito boneco.
Tal era a minha paixão pelo brinquedo que fartos das gritarias do meu irmão, aquando dos flagrantes, e da respectiva choradeira da minha parte, alguém, não me lembro se a minha mãe, se a minha avó ou madrinha, teve a feliz ideia de me presentear com um desses bonecos. Mas se feliz foi, não se pode dizer que tenha sido inteligente, pois quem o fez teve, erradamente, atenção à minha idade (ou à sua bolsa) e escolheu um subproduto daquele, um homenzinho também de físico atlético, mas bem mais pequeno, vestido com uma roupa de combate (ou seria de safari?), com uns ridículos pés em forma de pino que encaixavam numas grosseiras botas de tropa (ou seriam de expedição?).
Ora, está visto que o meu amor continuou clandestino, suspirado nos intervalos de ausência do meu irmão em que, apaixonadamente, despia e vestia o “meu homem”, tirando-lhe o fato de combate para o substituir pelo de mergulho, e me entregava com ele nas mais diversas e perigosas aventuras, ficando o seu pretenso substituto abandonado, esquecido no berço das bonecas, confinado a gúgús-dádás, a biberões e xi-xis com as minhas ricas filhas.
Deve-me ter saltado a tampa do saudosismo, aberto a porta das lembranças, das tardes que às escondidas do meu irmão mais velho, ou aproveitando enquanto ele estava na escola, me deliciava com os dotes e beleza do “Mamo”, pois era assim que, no meu ainda incipiente vocabulário − mas já com apurado sentido estético e, está-se a ver, de sexualidade bem definida − eu pronunciava o nome de tão fascinante e bem feito boneco.
Tal era a minha paixão pelo brinquedo que fartos das gritarias do meu irmão, aquando dos flagrantes, e da respectiva choradeira da minha parte, alguém, não me lembro se a minha mãe, se a minha avó ou madrinha, teve a feliz ideia de me presentear com um desses bonecos. Mas se feliz foi, não se pode dizer que tenha sido inteligente, pois quem o fez teve, erradamente, atenção à minha idade (ou à sua bolsa) e escolheu um subproduto daquele, um homenzinho também de físico atlético, mas bem mais pequeno, vestido com uma roupa de combate (ou seria de safari?), com uns ridículos pés em forma de pino que encaixavam numas grosseiras botas de tropa (ou seriam de expedição?).
Ora, está visto que o meu amor continuou clandestino, suspirado nos intervalos de ausência do meu irmão em que, apaixonadamente, despia e vestia o “meu homem”, tirando-lhe o fato de combate para o substituir pelo de mergulho, e me entregava com ele nas mais diversas e perigosas aventuras, ficando o seu pretenso substituto abandonado, esquecido no berço das bonecas, confinado a gúgús-dádás, a biberões e xi-xis com as minhas ricas filhas.
2 Comments:
Once upon a time, a couple travelling abroad entered a kidstore and asked for a Barbie meant to be given to their little daughter whose Birthday would be next week. The attendant, a beautifull girl with everything in its place, quickly got the father's attention.
As casually as he could, he asked the girl:
- Does she, Barbie I mean, comes with Ken?
The girl stared at him in the eyes, paused for two seconds and then replied:
- Well, she fucks with Ken, actually. But she comes only with Action Man.
AHAHAHAHA... pois, está visto que o Action Man tem "outros" encantos!
;-)
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