Sobre o Caminho (VIII): Tonto
© Foto: Emilio Morenatti/ AP (Fonte: Público)
Lamento. Mas já não te quero. Sinto muito. Mas perdeste a tua oportunidade. Expirou o teu tempo. Tonto. Tiveste-o todo, ao tempo, ao meu e o teu. Nas tuas mãos, na tua vontade, nos teus desejos e apetites. Desperdiçaste-o. Tonto. Deixaste-o fugir, por entre incertezas e dúvidas. Deixaste-me escapar, por entre a tua indecisão e negligência e procuras agora, tonto, remendar essa rede, puída pelo sofrimento, repleta de fissuras e brechas por onde te escapa o controlo? Tonto! Esperavas que, agora, tanto tempo depois de me teres despedaçado o coração, ele sangrasse ainda por ti? Tonto! Imaginavas que, ainda, tantos anos depois de teres desprezado o meu amor, de me teres maltratado a auto-estima, de teres ignorado a minha dor… acreditavas que, ainda, estivesse aqui, de braços abertos, para te receber? Tonto.
Sabes, Meu Amor? Tenho pena. Não passas de um pobre tonto!
Lamento. Mas já não te quero. Sinto muito. Mas perdeste a tua oportunidade. Expirou o teu tempo. Tonto. Tiveste-o todo, ao tempo, ao meu e o teu. Nas tuas mãos, na tua vontade, nos teus desejos e apetites. Desperdiçaste-o. Tonto. Deixaste-o fugir, por entre incertezas e dúvidas. Deixaste-me escapar, por entre a tua indecisão e negligência e procuras agora, tonto, remendar essa rede, puída pelo sofrimento, repleta de fissuras e brechas por onde te escapa o controlo? Tonto! Esperavas que, agora, tanto tempo depois de me teres despedaçado o coração, ele sangrasse ainda por ti? Tonto! Imaginavas que, ainda, tantos anos depois de teres desprezado o meu amor, de me teres maltratado a auto-estima, de teres ignorado a minha dor… acreditavas que, ainda, estivesse aqui, de braços abertos, para te receber? Tonto.
Sabes, Meu Amor? Tenho pena. Não passas de um pobre tonto!
<< Home