Para o que der e vier
Düss El Dwarf abraçou-me hoje quando chorava em cima da cama. Os seus bracinhos minúsculos enlaçaram os meus ombros enquanto me contorcia de dor. As suas mãos pequeninas seguraram-me a cabeça para me ajudarem a vomitar. Os seus dedos ínfimos passearam-se cuidadosamente no meu cabelo enquanto mo pentearam e mo ataram num rabo-de-cavalo. O seu colo miúdo serviu-me de almofada para que descansasse. E a sua voz rouca e grandiosa, sapiente, de ser mitológico com muitos séculos, sussurrou-me ao ouvido para que sossegasse: – Não te preocupes. Sabes que nós, os teus personagens, vamos estar sempre aqui, contigo, para o que der e vier.
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