Amigável a Gays
Daqui a uns dias vou a Barcelona. Na procura de alojamento, foi com espanto que constatei que, na descrição das características dos hotéis, ali, mesmo, ao lado da informação sobre se têm ar condicionado ou mini-bar, se existem facilidades para pessoas com mobilidade condicionada e se permitem animais de estimação, existe a tão singela e catita rubrica: “amigável a Gays” (Gay Friendly).
Ora, pergunto-me se estes “estranhos seres” (sim, porque é exactamente nisso que esta rubrica os transforma) terão comportamentos públicos distintos dos, dos heterosexuais, entrarão, por ventura, no hotel aos pulinhos, com um rótulo na testa e um dildo no rabo ao que, ao identificá-los, o recepcionista estará instruído para se desfazer em sorrisos, salamaleques e serventias?!
Não entendo. Sinceramente, senhores, ele há coisas que não se entendem…
Ora, pergunto-me se estes “estranhos seres” (sim, porque é exactamente nisso que esta rubrica os transforma) terão comportamentos públicos distintos dos, dos heterosexuais, entrarão, por ventura, no hotel aos pulinhos, com um rótulo na testa e um dildo no rabo ao que, ao identificá-los, o recepcionista estará instruído para se desfazer em sorrisos, salamaleques e serventias?!
Não entendo. Sinceramente, senhores, ele há coisas que não se entendem…
Contado pela Sofia Bragança Buchholz em 30.5.07
4 Comments:
É muito simples.
Em vários hóteis é impossível pedir um quarto de casal para duas pessoas do mesmo sexo sem ver um ar reprovador ou mesmo sem encontrar uma recusa em alugar o quarto.
Identificando-se como "Gay friendly" o hotel está essencialmente a dizer que não faz esse tipo de distinção.
Haverá certamente um dia em que a menção "Gay friendly" seja ridícula, mas esse dia ainda não chegou.
Parece-me absolutamente absurdo, ainda existirem hotéis que ajam assim e mais, ainda, que se recusem a alugar quartos. Existe alguma lei hoteleira que defina que um quarto de casal tem de ser para duas pessoas de sexo diferente? Não me parece…
Percebo, perfeitamente, o que diz, Nuno, o que continuo sem perceber é, obviamente, o resto (e todo o “folclore” a que, depois, isso obriga).
acrescentando ao que o Nuno diz, em Barcelona faz ainda mais sentido já que é reconhecidamente a cidade dos gays na Europa. Um gay que procure alojamento se calhar gosta dessa menção Gay friendly no sentido em que prevê n ter chatices qdo lá chegar pra pedir um quarto
Este post mostra porque ainda faz sentido haver estabelecimentos "Gay Friendly".
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