Ainda sobre a Polícia Portuguesa
Ainda sobre a polícia portuguesa, esse maravilhoso escol mundial, apraz-me partilhar convosco as poucas, mas dignas de relato, experiências que tive com ela.
Das várias vezes que me assaltaram o carro, nunca essa força de elite me encontrou o larápio, o que, sendo uma prática comum na zona onde habito e um comportamento padronizado por parte dos malfeitores, penso não seria difícil para essa magnífica autoridade de concretizar, ou, melhor ainda, prevenir. Os malfeitores actuam invariavelmente à noite quando vêem na área um carro novo; nunca se arriscam a estroncar uma porta ou um vidrozito em ruas principais, ficando-se pelas pequeninas que as circundam, sendo até uns tipos decentes, porreiros mesmo, abstendo-se da pilhéria quando os informamos, através do porta-luvas aberto, que ali não há nada para levar. Nos carros habitués, estes gentlemen, não tocam, não os ilibando, contudo, o facto de nos rebentaram os vidros dos carros novinhos em folha que, ao engano, julgam não fazer parte do espólio dos moradores e dos quais desconhecem ainda os “hábitos de arrumação de interiores”. Uma das vezes, demos, até, de caras com um destes senhores, que tão surpreendido como nós, mas bastante mais ágil, pisgou-se rapidamente, assegurando-nos, contudo: “eu não roubei nada, eu não roubei nada.”. Pois não. Não havia nada para roubar! Mas este “querido” esqueceu-se que quem tinha de pagar a conta do vidro não era ele: éramos nós. Apresentada a queixa na esquadra, descrito o ladrão, o agente, familiarizado com a ocorrência, assegurou-nos que já sabia quem era, e mandou-se então buscar a casa, vulgo, à toca, este lobo de trazer por casa. Não era o homem que procurávamos mas, pelos vistos, um que agia de forma igual e que, partindo a torto e a direito vidrozinhos a carros, roubando aos magotes rádiozitos e leitores de CD`s, circulava, ali – e na minha rua, caraças! – na paz do senhor… agente.
Outra das vezes, e esta foi das mais hilariantes que me ocorreu, acabadas de sair do health club, ainda de cabelo lambido da piscina e desarranjadas, eu e uma amiga conversávamos dentro do carro distraídas, concentradas que estávamos na verborreia, pois são assim as mulheres, e eis que, surpreendentemente, sentimos o carro abanar violentamente. Espreitando pelo vidro verificamos, atónitas, ser uma turba de polícias (uns cinco ou seis), os autores do crime. Meus caros leitores, asseguro-vos que não era Carnaval e por isso, confiantes de estarmos, mesmo, perante essa coisa magnífica e segura que é a autoridade portuguesa, abrimos a porta e perguntámos o que se passava. À toa, e aos risinhos, estes excepcionais corpos de intervenção, responderam que estavam apenas a ver se se encontrava gente dentro da viatura, apressando-se a seguir caminho rumo à sua esquadra que, aliás, se situava, ali mesmo, a uns cinquenta metros. Ora bem, pasmadas, boquiabertas, eu e a minha amiga entreolhamo-nos e interrogamo-nos se estariam a testar a suspensão do BM? Era bom que estivessem: é que, do mal, o menos! Mas uma coisa é certa, para nós, a partir daquele momento, a autoridade nacional perdeu, definitivamente, a imagem e o respeito de autoridade.
Das várias vezes que me assaltaram o carro, nunca essa força de elite me encontrou o larápio, o que, sendo uma prática comum na zona onde habito e um comportamento padronizado por parte dos malfeitores, penso não seria difícil para essa magnífica autoridade de concretizar, ou, melhor ainda, prevenir. Os malfeitores actuam invariavelmente à noite quando vêem na área um carro novo; nunca se arriscam a estroncar uma porta ou um vidrozito em ruas principais, ficando-se pelas pequeninas que as circundam, sendo até uns tipos decentes, porreiros mesmo, abstendo-se da pilhéria quando os informamos, através do porta-luvas aberto, que ali não há nada para levar. Nos carros habitués, estes gentlemen, não tocam, não os ilibando, contudo, o facto de nos rebentaram os vidros dos carros novinhos em folha que, ao engano, julgam não fazer parte do espólio dos moradores e dos quais desconhecem ainda os “hábitos de arrumação de interiores”. Uma das vezes, demos, até, de caras com um destes senhores, que tão surpreendido como nós, mas bastante mais ágil, pisgou-se rapidamente, assegurando-nos, contudo: “eu não roubei nada, eu não roubei nada.”. Pois não. Não havia nada para roubar! Mas este “querido” esqueceu-se que quem tinha de pagar a conta do vidro não era ele: éramos nós. Apresentada a queixa na esquadra, descrito o ladrão, o agente, familiarizado com a ocorrência, assegurou-nos que já sabia quem era, e mandou-se então buscar a casa, vulgo, à toca, este lobo de trazer por casa. Não era o homem que procurávamos mas, pelos vistos, um que agia de forma igual e que, partindo a torto e a direito vidrozinhos a carros, roubando aos magotes rádiozitos e leitores de CD`s, circulava, ali – e na minha rua, caraças! – na paz do senhor… agente.
Outra das vezes, e esta foi das mais hilariantes que me ocorreu, acabadas de sair do health club, ainda de cabelo lambido da piscina e desarranjadas, eu e uma amiga conversávamos dentro do carro distraídas, concentradas que estávamos na verborreia, pois são assim as mulheres, e eis que, surpreendentemente, sentimos o carro abanar violentamente. Espreitando pelo vidro verificamos, atónitas, ser uma turba de polícias (uns cinco ou seis), os autores do crime. Meus caros leitores, asseguro-vos que não era Carnaval e por isso, confiantes de estarmos, mesmo, perante essa coisa magnífica e segura que é a autoridade portuguesa, abrimos a porta e perguntámos o que se passava. À toa, e aos risinhos, estes excepcionais corpos de intervenção, responderam que estavam apenas a ver se se encontrava gente dentro da viatura, apressando-se a seguir caminho rumo à sua esquadra que, aliás, se situava, ali mesmo, a uns cinquenta metros. Ora bem, pasmadas, boquiabertas, eu e a minha amiga entreolhamo-nos e interrogamo-nos se estariam a testar a suspensão do BM? Era bom que estivessem: é que, do mal, o menos! Mas uma coisa é certa, para nós, a partir daquele momento, a autoridade nacional perdeu, definitivamente, a imagem e o respeito de autoridade.
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