A Insustentável Fragilidade dos Princípios* (trilogia)
Ao fim da tarde estava na loja com um revolver maciço na mão.
Disparava tiros consecutivamente, experimentando-lhe a performance, perscrutando-lhe a sonoridade. Avaliava-lhe o peso, a robustez do cabo, a desenvoltura do gatilho. Inspeccionava-lhe o tambor, as culatras, a extensão do cano. Repetia o procedimento vezes sem conta, primeiro relutante, depois já com gozo, numa obstinação viciante.
Saí de lá ufana, a sentir-me masculina e viril, com vontade de comprar um verdadeiro para mim e treinar em indefesas latas ou frágeis silhuetas de papel a minha ilusória força, o meu efémero poder.
*ou: Os Princípios por Água Abaixo
Disparava tiros consecutivamente, experimentando-lhe a performance, perscrutando-lhe a sonoridade. Avaliava-lhe o peso, a robustez do cabo, a desenvoltura do gatilho. Inspeccionava-lhe o tambor, as culatras, a extensão do cano. Repetia o procedimento vezes sem conta, primeiro relutante, depois já com gozo, numa obstinação viciante.
Saí de lá ufana, a sentir-me masculina e viril, com vontade de comprar um verdadeiro para mim e treinar em indefesas latas ou frágeis silhuetas de papel a minha ilusória força, o meu efémero poder.
*ou: Os Princípios por Água Abaixo
1 Comments:
Uma Fada?!... De arma em punho?!... Não, não pode ser.
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