Let`s Talk [seriously] about sex
Tenho por hábito, depois de uma certa hora, aterrar em cima da cama e ficar a ver os programas que me impingem na Sic Mulher. Aquilo é como um folhear de “Holas” e “Caras”, uma massagem capilar no cabeleireiro, um banho de sol: descontrai, relaxa, deixa-nos o cérebro vazio das preocupações do dia.
Papo tudo, desde a Oprah à Tyra Ebanks, de uma tal de Janice Dickinson, histérica e malcriada que tem uma agência de modelos, até uma série com uma miúda que morreu e que tira almas em part-time.
No outro dia surpreendeu-me, contudo, um programa sobre sexo, uma espécie daquele que passou há tempos na TVI (“AB Sexo”), só que, em vez de uma bela e sensual Marta Crawford, com uma velhinha caquéctica.
Ao que parece a senhora chama-se Sue Johanson e é uma conhecida e conceituada enfermeira canadiana dedicada à educação sexual. O programa – Talk Sex with Sue Johanson – consiste em chamadas telefónicas por parte dos telespectadores, cujas dúvidas a dita senhora esclarece. Depois do seu sucesso no Canadá o programa transferiu-se para outros países, nomeadamente, para os Estados Unidos e é aclamado pelos americanos.
Aquilo chocou-me confesso. Chamem-me preconceituosa, conservadora, o que quiserem, sei lá, mas achei ridículo aquelas mãos sarapintadas de Melanose solar manusearem dildos e vaginas de silicone como se de agulhas de croché se tratassem. Pasmei ao ver aqueles lábios encarquilhados encenarem sucções eróticas e aconselharem as telespectadoras em linha – acompanhados pelo movimento de um maroto dedo indicador, chamativo – a dizerem aos seus parceiros para “virem cá” e a intitulá-los de “big guys”. Horrorizou-me vê-la pousar em cima da mesa um enorme saco e, qual Pai Natal, retirar de dentro dele carradas de brinquedos a que chamou maliciosamente de “hot stuff da Sue”. E principalmente impressionou-me a forma irresponsável como indicou como se tratavam certas doenças.
Não é que ache que o sexo esteja reservado a mais novos, não, nada disso, mas aquela personagem apenas descredibilizou ainda mais o programa. Tudo aquilo me soou a disparatado. A uma brincadeira ridícula.
Não é assim, seguramente, daquela forma leviana e superficial – a correr, como as chamadas a que tem de dar vazão – que se ensina sexualidade e se dá conselhos sobre uma coisa tão complexa - e delicada - que é a relação entre seres humanos.
Papo tudo, desde a Oprah à Tyra Ebanks, de uma tal de Janice Dickinson, histérica e malcriada que tem uma agência de modelos, até uma série com uma miúda que morreu e que tira almas em part-time.
No outro dia surpreendeu-me, contudo, um programa sobre sexo, uma espécie daquele que passou há tempos na TVI (“AB Sexo”), só que, em vez de uma bela e sensual Marta Crawford, com uma velhinha caquéctica.
Ao que parece a senhora chama-se Sue Johanson e é uma conhecida e conceituada enfermeira canadiana dedicada à educação sexual. O programa – Talk Sex with Sue Johanson – consiste em chamadas telefónicas por parte dos telespectadores, cujas dúvidas a dita senhora esclarece. Depois do seu sucesso no Canadá o programa transferiu-se para outros países, nomeadamente, para os Estados Unidos e é aclamado pelos americanos.
Aquilo chocou-me confesso. Chamem-me preconceituosa, conservadora, o que quiserem, sei lá, mas achei ridículo aquelas mãos sarapintadas de Melanose solar manusearem dildos e vaginas de silicone como se de agulhas de croché se tratassem. Pasmei ao ver aqueles lábios encarquilhados encenarem sucções eróticas e aconselharem as telespectadoras em linha – acompanhados pelo movimento de um maroto dedo indicador, chamativo – a dizerem aos seus parceiros para “virem cá” e a intitulá-los de “big guys”. Horrorizou-me vê-la pousar em cima da mesa um enorme saco e, qual Pai Natal, retirar de dentro dele carradas de brinquedos a que chamou maliciosamente de “hot stuff da Sue”. E principalmente impressionou-me a forma irresponsável como indicou como se tratavam certas doenças.
Não é que ache que o sexo esteja reservado a mais novos, não, nada disso, mas aquela personagem apenas descredibilizou ainda mais o programa. Tudo aquilo me soou a disparatado. A uma brincadeira ridícula.
Não é assim, seguramente, daquela forma leviana e superficial – a correr, como as chamadas a que tem de dar vazão – que se ensina sexualidade e se dá conselhos sobre uma coisa tão complexa - e delicada - que é a relação entre seres humanos.
[também postado aqui]
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