sexta-feira, janeiro 22, 2010

Simão e o Sarcófago Furado

Personagens:
• Martim, 12 anos
• Simão, 9 anos
• Eu
• Alguns adultos
• Uma data de pré-adolescentes

Cenário:
O meu sobrinho Martim fez anos. À hora do jantar, como não podia deixar de ser, fui dar-lhe os parabéns.
Toco à campainha e vêm-me abrir a porta ele e o Simão. Depois dos beijinhos, informo que o presente só chega mais tarde, pelas mãos do tio S..
Subimos ao primeiro andar, à sala, e ainda nas escadas, o Simão deixa-se ficar para trás e pede-me que lhe desvende, ao ouvido, a surpresa. Eu recuso-me. Ele suplica, implora, faz-me juras de confidencialidade, de secretismo. Diz-me que a sua boca é um túmulo, e eu – vencida pelo cansaço – cedo.
Já durante o jantar, na excitação da conversa de uma data de pré-adolescentes, o Simão deixa escapar que o irmão vai ter da minha parte um jogo para a Wii. Eu reclamo, indignada:

Acção:
– Olha lá, então a tua boca não era um túmulo?
Ele, atrapalhado, aponta para o espaço deixado pelos seus dentes de leite e ironiza, sem se deixar intimidar, safando-se assim:
– Ups, deixei fugir a múmia por aqui!

[O que vale é que eu já o conheço e não lhe disse a verdade.]

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3 Comments:

Blogger José M. Barbosa said...

Maravilha !

7:26 da tarde  
Blogger Afonso Henriques said...

lol !
Do melhor!!

2:02 da tarde  
Anonymous carlota joaquina said...

Divinal!

11:29 da manhã  

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