Simão, o Aprendiz de Intelectual (parte II)
Personagens:
• Simão, 9 anos
• Uma data de miúdos e pais nervosos
• Eu (como narrador)
Cenário:
O Simão vai fazer exame para entrar para o Conservatório de Música. Na sala, uma data de miúdos esperam, nervosos. O “meu”, que raramente fica nesse estado, bufa e suspira, ansioso, e, confessa, até, que nunca dormiu tão mal na vida. Sabem que ali não é a brincar: têm consciência que não há os facilitismos da escola, que não existem boas notas porque os paizinhos vão reclamar, que não passa quem não merece. Vêem-se meninos a saírem com negativas, mães desanimadas, avaliadores impiedosos, indiferentes à fragilidade dos petizes.
As crianças esforçam-se: sentados no chão, revêem as peças que vão tocar. Em frente ao Simão, a menina russa − aquela que tocou Bach, quando ele tocou o “Balão do João”, no início do ano, lembram-se? − ensaia num teclado imaginário desenhado no soalho da sala. O Simão também. Exercita os dedos e mostra uma destreza ameaçadora, de fazer inveja a qualquer um dos presentes. Só que, para mal dos seus pecados, a jogar um jogo num Game Boy.
Post Scriptum: E, passou!
[Também aqui, que o tempo não chega para escrever mais]
• Simão, 9 anos
• Uma data de miúdos e pais nervosos
• Eu (como narrador)
Cenário:
O Simão vai fazer exame para entrar para o Conservatório de Música. Na sala, uma data de miúdos esperam, nervosos. O “meu”, que raramente fica nesse estado, bufa e suspira, ansioso, e, confessa, até, que nunca dormiu tão mal na vida. Sabem que ali não é a brincar: têm consciência que não há os facilitismos da escola, que não existem boas notas porque os paizinhos vão reclamar, que não passa quem não merece. Vêem-se meninos a saírem com negativas, mães desanimadas, avaliadores impiedosos, indiferentes à fragilidade dos petizes.
As crianças esforçam-se: sentados no chão, revêem as peças que vão tocar. Em frente ao Simão, a menina russa − aquela que tocou Bach, quando ele tocou o “Balão do João”, no início do ano, lembram-se? − ensaia num teclado imaginário desenhado no soalho da sala. O Simão também. Exercita os dedos e mostra uma destreza ameaçadora, de fazer inveja a qualquer um dos presentes. Só que, para mal dos seus pecados, a jogar um jogo num Game Boy.
Post Scriptum: E, passou!
[Também aqui, que o tempo não chega para escrever mais]
Etiquetas: simão
4 Comments:
“Algumas vezes os humanos também se enganam.
As Fadas nunca se enganam.
É que as "FADAS" . . . NÃO EXISTEM !”
Podia ser assim o comentário. Mas não !
Esta minha mania de começar pelo fim, leva a que diga somente, ainda que pecando por excesso:
Os professores que “passaram” o Simão ... não sabiam em que Selecção jogava o tal BACH !
foi um artigo que eu gostava. Obrigado por compartilhar.
O Simão é o MAIOR! :)
Parabéns!
Isto devia fechar!
Nunca mais se trabalhou mais aqui.
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