quinta-feira, dezembro 09, 2010

A Mulher sem Coração (V)

Saíste da minha vida pela mesma porta que entraste. [Mas] Chegaste, pobre, de mãos vazias, [e] partiste, rico, com elas a transbordar. Levaste contigo os meus afectos, os meus sonhos, os meus projectos. Dei-tos, em troca de [falsas] promessas, mentiras, [infundados] votos. Por [efémeros] abraços, carícias, canções de embalar, entreguei-te o meu corpo, a minha alma, a minha auto-estima. Saíste de malas cheias, farto, de ego repleto e bagagem pesadíssima na mão. Sangrando por entre os teus dedos, levaste o meu coração; o meu amor, a minha existência, deixando-me, assim, despida, ao frio. Sem pulso. Sem sangue. Sem esperança. Sem vida.

Etiquetas: