quarta-feira, junho 29, 2005

CRÓNICAS DA ABELHA MAIA EM MISSÃO HUMANITÁRIA – QUÉNIA: Crónica 4 (cont.)

Dificil de descrever...
Em Homa Bay costuma chover por volta das 5 horas.
O ceu fica carregado. Depois da chuva assume um dramatismo que ainda nao consegui captar nas minhas fotografias.
O por do sol e impressionante! As nuvens têm cores muito fortes, entre o vermelho, o rosa e o cinzento! Muito forte! Muito escuro dum lado, rosa vivo do outro, ou com alguns relampagos a mistura...
Quando paro, respiro fundo e olho para o ceu sinto uma alegria extrema! E tao dificil de descrever o que vejo, partilhar as emocoes que sinto ao fim do dia!

Kwa heri...
De regresso, a caminho do aeroporto, sao 2 horas de estrada. A primeira hora em terra batida, depois vem meia hora de alcatrao todo esburacado (prefiro a terra batida!...) e meia hora de boa estrada.
Muitas casas, casinhas, vacas, cabras, burros, sempre muito movimento!
Durante todo o caminho ha casas a vista. Sempre presentes. Na planicie. Ao longe, nas colinas. As paredes em adobe e os telhados de palha ou em zinco.
E animais. Atravessam a estrada em manadas ou presos por uma corda e acompanhados por uma crianca. A solta, a pastar na berma da estrada ou em grupos, nas planicies.
Dum lado as montanhas, do outro a planicie e o Lago.
E chegamos a Kisumu, capital da provincia e terceira maior cidade. O aeroporto e pequeno e e utilizado por um aviao com cerca de 50 lugares, o Flamingo.
O Flamingo faz tres viagens de ida e volta por dia. Desde que estou no Quenia fiz quatro vezes a viagem com ele e ja nos damos muito bem. Quando ele comeca aos solavancos eu ja sei que nao e grave, que acontece sempre que passamos por cima do Lago Naivasha. Tambem ja sei que, se nao chover, o Flamingo precisa de 40 minutos para fazer a viagem, senao demora uma hora... Acho que estao criadas as condicoes para um bom relacionamento!...

Abelha Maia