segunda-feira, junho 20, 2005

Raispartam as hormonas!

Em conversa com uma amiga, que se queixava de um tratamento, dei por mim numa conversa solidária de gajas contra essa putas que se chamam hormonas.
Dizia a outra que a bem dos seus ovários, onde um cabrão de um quisto se decidira alojar sem pedir licença − de férias, esperemos − lhe fora sentenciada a toma dessas bestas, que nos deixam descontroladas e histéricas, a bem dizer, completamente vulneráveis e à sua mercê. E eu que nem tinha pensado no assunto, dei por mim a sublinhar os sintomas da outra, do cansaço à lágrima no olho, do irritanço ao aluamento, que não há quem aguente!
Deu-me para depois de velha ter doença de miúda nova, bem que dispensava este piropo do meu organismo, mas o tipo é cavalheiro, e toma lá mais uma auto-imune, faz favor, com direito a vénia e porta aberta para uma série delas que espero nunca ter. E controla, não controla, análise para aqui, cintigrafia para acoli, lá me receitaram a pastilhinha milagrosa, pequenina mas póderoooooosa até dizer chega.
E eis que as hormonas me deixam tótó de todo, desconcentrada e molengona, a dormitar em todos os sofás, cadeiras, puffes e apeadeiros. E o pior nem é isso, pois eu que sempre me pude gabar da minha esbelta silhueta, do meu metro e sessenta e quatro, por quarenta e nove quilitos de peso, não é que incho e desincho, numa média de dois quilos por semana, enquanto o diabo esfrega um olho, que é como quem diz, entre uma toma e uma pausa de uma puta dessas pastilhas. Uma coisinha assim, minúscula, imaginem, vai lá a gente perceber! É que neste embucha e estica não há calças que aguentem, camisas que assentem direito, nem vestidos que se portem bem! E com o Verão aí à porta, bolas… já nem quero pensar nos bikinis!…