sexta-feira, agosto 05, 2005

Ontem,

devido aos incêndios que lavravam nas redondezas, o Porto experimentou uma luz única. Quem desconhecesse o que a provocava, assustar-se-ia, seguramente, tamanho era o seu dramatismo e intensidade. Poderia parecer, de início, um aproximar de tempestade, ameaçadora, violenta, desconhecida na forma e na cor por terras lusas. Mas a sua permanência ao longo do dia, afastava essa hipótese. Fazia lembrar uma fotografia antiga, a preto e branco, gasta e amarelecida pelo tempo.
Eu estava lá, na Praia da Granja, e guardei − com a minha câmara − algumas imagens que partilho aqui convosco.

Nota: não utilizei qualquer tipo de filtro nas fotografias que se seguem

2 Comments:

Blogger José Pires F. said...

Eu próprio constatei o mesmo que a Sofia no céu de Lisboa, e ás duas horas da madrugada o cheiro a queimado era de tal modo intenso que obrigou ao fecho das janelas de casa, tudo isto, devido ao incêndio que lavrou em Mafra.

Tive oportunidade no final do dia, de falar com colegas meus que se deslocavam em serviço do Porto para Lisboa, um de carro e dois de comboio, e os relatos foram impressionantes pelo que viram os do comboio e pelo viu e passou o que vinha de carro.

Foi sem dúvida um dia de pesadelo para muitas populações do centro e norte do país.

5:28 da tarde  
Blogger cristina said...

Vim agora do Cidade Surpreendente e decidi espreitar as fotos a que fizeste publicidade.
Foi isto mesmo! A cor, a luz...
Estive tb há pouco num blog [http://farpasxxi.blogspot.com/] que tem algumas frases soltas sobre esse dia que acho que acompanham bastante bem as tuas imagens:
"...essa mancha castanha que alastra...
...que parece tornar a distâcia entre o céu e a minha cabeça mais curta...
...que trasforma o meu dia em noite...
...esse teu... bafo... quente estéril, que me envolve e sufoca... "

2:22 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home