À espera de um novo template
Coisa inédita na minha vida, ontem, enquanto esperava, ansiosa, a chegada do novo template, sofri uma metamorfose que passo a descrever.
De início, cresceu-me uma cauda. Felpuda, listrada, felina que, nervosamente, não parava de se mover, ora para um lado, ora para o outro, parecendo detentora de vida própria.
Depois, sentindo algo estranho, levantei-me para verificar, ao espelho, o que se passava com o meu lábio superior. Assustei-me. Um esboço de pêlo espreitava. Branco, espetado, tímido, mas decidido, ameaçava crescer.
Corri, então, em pânico, a contar-lhe: Se espero muito mais tempo, adivinho que me crescerá um bigode. Longo, hirto, como grossos fios de nylon, jorrando de cada um dos lados da minha cara.
E temi o pior: O que farei quando as palavras me saírem enroladas, mastigadas por "émes", mmminhau, o que será de mmmimh?! E os dentes... os dentes, também... acabarão por ranger??!
Quando a ansiedade atingiu o rubro, deixei de conseguir controlar a cauda. Como uma hélice, oscilando violentamente, fez com que, lentamente (e para grande espanto meu) o meu corpo se erguesse no ar.
Assim, quando o vi pela primeira vez, encontrava-me, aí, a uns bons dez centímetros do solo e, qual astronauta que goza os prazeres da ausência de gravidade e da descoberta, também eu fiquei ali, suspensa, de sorriso apatetado nos lábios, a contempla-lo.
E garanto-vos, até os motores ouvi ronronar. De felicidade.
Obrigada. Muito [muito, muito] obrigada, JN! :-)
De início, cresceu-me uma cauda. Felpuda, listrada, felina que, nervosamente, não parava de se mover, ora para um lado, ora para o outro, parecendo detentora de vida própria.
Depois, sentindo algo estranho, levantei-me para verificar, ao espelho, o que se passava com o meu lábio superior. Assustei-me. Um esboço de pêlo espreitava. Branco, espetado, tímido, mas decidido, ameaçava crescer.
Corri, então, em pânico, a contar-lhe: Se espero muito mais tempo, adivinho que me crescerá um bigode. Longo, hirto, como grossos fios de nylon, jorrando de cada um dos lados da minha cara.
E temi o pior: O que farei quando as palavras me saírem enroladas, mastigadas por "émes", mmminhau, o que será de mmmimh?! E os dentes... os dentes, também... acabarão por ranger??!
Quando a ansiedade atingiu o rubro, deixei de conseguir controlar a cauda. Como uma hélice, oscilando violentamente, fez com que, lentamente (e para grande espanto meu) o meu corpo se erguesse no ar.
Assim, quando o vi pela primeira vez, encontrava-me, aí, a uns bons dez centímetros do solo e, qual astronauta que goza os prazeres da ausência de gravidade e da descoberta, também eu fiquei ali, suspensa, de sorriso apatetado nos lábios, a contempla-lo.
E garanto-vos, até os motores ouvi ronronar. De felicidade.
Obrigada. Muito [muito, muito] obrigada, JN! :-)
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