quinta-feira, janeiro 19, 2006

Sozinha...

Por entre as paredes altas do seu palácio, ela dançava. Rodopiava, arrastando, docemente, a branca cauda do seu vestido, pelos salões. Como que por magia, as portas abriam-se e ela deslizava, sem descanso, ao som dos violinos que choravam uma valsa de encantar. Ora inclinava o rosto para a direita, ora para a esquerda, num lanço gracioso que a tornava ainda mais bela. Segurava na mão uma rosa encarnada, sinal do seu Amor. Nos dedos trazia sangue, marca dos seus espinhos.