A Desconfiança
Eu bem me parecia que Erre Manesse nos está a tentar enganar desde o inicio, que não é o contista de Jehru Bestseller, coisa nenhuma, e que aquele bilhete escrito a letras góticas, afixado na porta leste do Aldebarã em meados de Janeiro, não passou de uma nota falsa para nos despistar a todos.
Ainda recordo a face apavorada de Demiurgo a assomar-me à ponta da Montblanc, os seus delírios numa língua antiga, as referencias ao Zarapelho, ao Barzabum, ao Beiçudo… e de como resolvi aquilo muito prontamente, atribuindo-os a febres e enfiando-lhe dois BenUrons e duas aguardentes no bucho. É que às vezes os escritores também cometem erros e, não darem o benefício da dúvida aos seus personagens, é um deles.
Mas agora leio Paulinho Assunção que relata que viu Erre Manesse examinando-se ao espelho, procurando sinais de mutação no seu rosto, buscando vestígios filiformes exagerados e, mesmo sem os ter encontrado, ter voltado para junto dos demais com aquela expressão alucinada, única daqueles que já estiveram na presença do Chifrudo.
Nota: O Bar Aldebarã é um projecto e ideia única e exclusivamente da autoria e responsabilidade dos escritores Manuel Jorge Marmelo e Paulinho Assunção, sobre o qual eu, com o conhecimento e consentimento dos autores, volta e meia, divago.
Ainda recordo a face apavorada de Demiurgo a assomar-me à ponta da Montblanc, os seus delírios numa língua antiga, as referencias ao Zarapelho, ao Barzabum, ao Beiçudo… e de como resolvi aquilo muito prontamente, atribuindo-os a febres e enfiando-lhe dois BenUrons e duas aguardentes no bucho. É que às vezes os escritores também cometem erros e, não darem o benefício da dúvida aos seus personagens, é um deles.
Mas agora leio Paulinho Assunção que relata que viu Erre Manesse examinando-se ao espelho, procurando sinais de mutação no seu rosto, buscando vestígios filiformes exagerados e, mesmo sem os ter encontrado, ter voltado para junto dos demais com aquela expressão alucinada, única daqueles que já estiveram na presença do Chifrudo.
Nota: O Bar Aldebarã é um projecto e ideia única e exclusivamente da autoria e responsabilidade dos escritores Manuel Jorge Marmelo e Paulinho Assunção, sobre o qual eu, com o conhecimento e consentimento dos autores, volta e meia, divago.
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