(Im)pontualidade Britânica
Se há coisa que me transcende, confesso, é a pontualidade. Se até consigo fazer chegar a tempo e horas, um trabalho ou projecto, já a coisa muda de figura quando se trata de me apresentar, eu, je, ich, I, em pessoa.
Quando tal é estritamente necessário, os minutos são calculados ao ínfimo de forma que a minha chegada coincida, exactamente, com a última badalada do tempo limite permitido. A margem de manobra, raramente existe, e quando acontece, nos casos de extrema importância, nunca vai, igualmente, além da mínima prevista.
É verdade que tal já me causou alguns dissabores, desde concertos assistidos a partir do intervalo, a minutos roubados a exames na faculdade, passando por alguns sustos em check in de aeroportos, mas a verdade é que nunca nenhum deles foi superior ao prazer que me dá entrar numa sala repleta, já, de convidados, ou numa ópera, já, aperaltada, de olhos postos em mim, na plateia.
Acontece que tal, particular, característica me depara constantemente com situações inesperadas, algumas das quais, eu jamais alguma vez, sequer, sonhei. Assim, no passado fim-de-semana fui defrontada em St John`s Woods, na pontualíssima cidade de Londres, com mais uma delas. Um atraso de dez minutos no meu preciosíssimo Cartier, destabilizou a minha, precisa, estimativa de tempo na preparação da toilette que me iria abrilhantar num casamento. E, exactamente dez minutos antes da hora calculada, à porta do hotel, um táxi esperava por mim, que, na casa de banho, me debatia, ainda, com um secador apontado ao cabelo encharcado. Ah, mas como não sou pessoa de faltar a um compromisso − sim, porque uma coisa é dar o ar da sua graça numa entrada tardiamente aparatosa, outra é não cumprir com a palavra − dei comigo a entrar, ao contrário do que me está em natura, subtilmente na igreja de St. Mark`s, dirigir-me à casa de banho (que apenas sabia da existência, por filmes), sacar do meu secador e, ali mesmo, ao lado de Deus, da Virgem e de Nosso Senhor Jesus Cristo, alindar o meu rico cabelinho.
E que bem que eu, depois, desfilei perante o altar...! Diria, mais: estava DIVINA!
Charlotte Coleman/ Hugh Grant
Quando tal é estritamente necessário, os minutos são calculados ao ínfimo de forma que a minha chegada coincida, exactamente, com a última badalada do tempo limite permitido. A margem de manobra, raramente existe, e quando acontece, nos casos de extrema importância, nunca vai, igualmente, além da mínima prevista.
É verdade que tal já me causou alguns dissabores, desde concertos assistidos a partir do intervalo, a minutos roubados a exames na faculdade, passando por alguns sustos em check in de aeroportos, mas a verdade é que nunca nenhum deles foi superior ao prazer que me dá entrar numa sala repleta, já, de convidados, ou numa ópera, já, aperaltada, de olhos postos em mim, na plateia.
Acontece que tal, particular, característica me depara constantemente com situações inesperadas, algumas das quais, eu jamais alguma vez, sequer, sonhei. Assim, no passado fim-de-semana fui defrontada em St John`s Woods, na pontualíssima cidade de Londres, com mais uma delas. Um atraso de dez minutos no meu preciosíssimo Cartier, destabilizou a minha, precisa, estimativa de tempo na preparação da toilette que me iria abrilhantar num casamento. E, exactamente dez minutos antes da hora calculada, à porta do hotel, um táxi esperava por mim, que, na casa de banho, me debatia, ainda, com um secador apontado ao cabelo encharcado. Ah, mas como não sou pessoa de faltar a um compromisso − sim, porque uma coisa é dar o ar da sua graça numa entrada tardiamente aparatosa, outra é não cumprir com a palavra − dei comigo a entrar, ao contrário do que me está em natura, subtilmente na igreja de St. Mark`s, dirigir-me à casa de banho (que apenas sabia da existência, por filmes), sacar do meu secador e, ali mesmo, ao lado de Deus, da Virgem e de Nosso Senhor Jesus Cristo, alindar o meu rico cabelinho.
E que bem que eu, depois, desfilei perante o altar...! Diria, mais: estava DIVINA!
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