O Vício do Amor
Deixem-me chorar, morrer, arrefecer na pedra gelada do chão. Quero sentir ainda mais fria a minha dor. O Meu Amor morreu e nada mais faz sentido.
Deixem-me ter pena de mim; descer, infeliz, ao fundo do poço; bater-lhe, miseravelmente, na base; acreditar, cegamente, que, no fim do túnel, não existe luz.
Parem de me escrever palavras de esperança, de me alegrar, de me acenar com futuros risonhos, ou mostrar que existem outros caminhos. Não quero saber.
Não quero estar feliz, não quero expressar alegria, não quero cessar este descontentamento.
Sou uma eterna apaixonada: sinto-me bem, sentindo-me mal; sou dependente da paixão.
Estou viciada, sim, no Meu Amor, essa projecção dos meus desejos, esse ideal de relação perfeita.
Será que não entendem que a minha feniletilamina perdeu o controlo sobre a norepinefrina, a serotonina e a dopamina? Que a oxitocina, esse estúpido cúpido, errou no alvo e atingiu as minhas próprias vontades, ligando-me para sempre, ao amor ideal?
Deixem-me, deixem-me, deixem-me! O Meu Amor morreu e com ele, também, parte da minha fé!
Deixem-me ter pena de mim; descer, infeliz, ao fundo do poço; bater-lhe, miseravelmente, na base; acreditar, cegamente, que, no fim do túnel, não existe luz.
Parem de me escrever palavras de esperança, de me alegrar, de me acenar com futuros risonhos, ou mostrar que existem outros caminhos. Não quero saber.
Não quero estar feliz, não quero expressar alegria, não quero cessar este descontentamento.
Sou uma eterna apaixonada: sinto-me bem, sentindo-me mal; sou dependente da paixão.
Estou viciada, sim, no Meu Amor, essa projecção dos meus desejos, esse ideal de relação perfeita.
Será que não entendem que a minha feniletilamina perdeu o controlo sobre a norepinefrina, a serotonina e a dopamina? Que a oxitocina, esse estúpido cúpido, errou no alvo e atingiu as minhas próprias vontades, ligando-me para sempre, ao amor ideal?
Deixem-me, deixem-me, deixem-me! O Meu Amor morreu e com ele, também, parte da minha fé!
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