quarta-feira, janeiro 10, 2007

[Un]requited love?

Diz-me, Meu Amor, − tu que és perfeito e que tudo sabes − como seria, se nunca te tivesse conhecido?
Teria, eu, muitos homens?
Daqueles que passam, por uma noite, pela nossa pele? Que vêm e vão sem deixarem vestígios no nosso corpo e na nossa vida?
Entregar-me-ia, eu, a momentos, avulso, de prazer?
Seria, eu, feliz?
Viveria sozinha?
Confiaria, eu, em algum homem?
Andaria com ele de mãos dadas?
Teria paz? Equilíbrio? Harmonia?
Um lar?… Filhos?
Acreditaria, eu, nas suas palavras?
Nos seus actos? Nas suas promessas?
Gostaria, ele, de mim?
Dormiríamos abraçados?
Proteger-me-ia, ele?
Dar-me-ia o seu afecto, o seu desejo, a sua paixão, o seu nome?
Ou, − diz-me, Meu Amor, − pelo contrário, entregar-lhe-ia eu, assim, da mesma forma, tão doentiamente e não correspondido, o meu amor?