quarta-feira, maio 16, 2007

Quando for grande, quero ser assim

Na foto: Bryan Ferry

O Bryan Ferry, aos 61 anos, é a prova real de que se pode vencer a P.D.I. (leia-se: Puta Da Idade) e dar a volta por cima nessa porra que é a luta contra o tempo.
Ao pesquisar para um artigo que escrevo sobre ele, (re)descobri um homem cheio de encantos, quer vocais, quer físicos, quer estéticos.
Bryan Ferry nasceu numa família paupérrima, estudou Belas-Artes, teve sucesso nos anos setenta e oitenta com os Roxy Music, passando, face a este, quase despercebido na sua carreira a solo que se desenvolveu paralelamente. Deparou-se com bloqueios de criatividade que o impediram de editar durante vários anos e crises pessoais que culminaram num divórcio, depois de 20 anos de casamento. Criou quatro filhos giríssimos, dois Labradores e outros tantos Border Terrier.
No ano passado foi convidado a ser o rosto da linha “Autograph” da Mark & Spencer e este ano modelo da Burberry ao lado dos seus dois filhos mais velhos, numa iniciativa de louvar destas marcas que, finalmente, perceberam que a população envelhecida ocidental pouco ou nada tem a ver com as carinhas imberbes de catraios de 14 anos e o que, mais uma vez, mostra a versatilidade, pioneirismo e coragem deste indivíduo.
Agora, está novamente aí, na mó de cima, com o seu último álbum, Dylanesque, em que canta clássicos de Bob Dylan, conseguindo imprimir-lhes um toquezinho tão pessoal e mágico que o tornou unanimemente aclamado pela crítica.