Porque é que eu não entendo os homens e as mulheres são umas chatas?!
Quando o sms toca
Desenganem-se aqueles que pensam que o vício dos telemóveis é um problema dos adolescentes. Ou, melhor, desenganem-se aquelas que pensam que os homens aos quarenta se tornam, finalmente, adultos. É que, ir jantar com um amigo nesta faixa etária, torna-se um exercício exasperante comparável a uma aula de um nono ano, daquelas surreais noticiadas na comunicação social.
Não há coisa mais irritante que, estando nós a meio de uma eloquente frase, à luz das velas e ao sabor de um delicioso tornedó Wellington, sermos interrompidas pelo beep de um sms a entrar no telemóvel do nosso interlocutor e vê-lo, ansiosamente, qual imberbe teenager, agarrar-se àquilo com sofreguidão, esquecendo-se da nossa presença na sala. E se pensamos que a coisa fica por ali, é vê-los durante todo o repasto, num ping pong de mensagens invejável a qualquer campeão da modalidade.
Se isto numa mulher seria aceitável, imperceptível, até, pois é conhecida a nossa capacidade de nos concentrarmos em várias actividades ao mesmo tempo, num homem a coisa torna-se um descalabro total. Incapazes de prestar atenção ao diálogo, incapazes de gerir as duas acções, o jantar torna-se um monólogo aborrecido, pontuado com hilariantes cenas cómicas quando, em pânico, os ouvimos exclamar desesperados, que se enganaram na destinatária da mensagem.
E se, qual professora do mediático 9º C, pensamos conseguir persuadi-los a desistirem de tal brincadeira, temos o maior choque das nossas vidas, quando vemos o nosso cavalheiro amigo, o nosso gentil companheiro, sempre disposto a ir buscar-nos a casa, abrir-nos a porta do carro e pagar-nos o jantar, quase capaz de nos chamar "peixona" e de nos berrar descomposto de cólera “Dá cá o telemóvel! Já!”.
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Desenganem-se aqueles que pensam que o vício dos telemóveis é um problema dos adolescentes. Ou, melhor, desenganem-se aquelas que pensam que os homens aos quarenta se tornam, finalmente, adultos. É que, ir jantar com um amigo nesta faixa etária, torna-se um exercício exasperante comparável a uma aula de um nono ano, daquelas surreais noticiadas na comunicação social.
Não há coisa mais irritante que, estando nós a meio de uma eloquente frase, à luz das velas e ao sabor de um delicioso tornedó Wellington, sermos interrompidas pelo beep de um sms a entrar no telemóvel do nosso interlocutor e vê-lo, ansiosamente, qual imberbe teenager, agarrar-se àquilo com sofreguidão, esquecendo-se da nossa presença na sala. E se pensamos que a coisa fica por ali, é vê-los durante todo o repasto, num ping pong de mensagens invejável a qualquer campeão da modalidade.
Se isto numa mulher seria aceitável, imperceptível, até, pois é conhecida a nossa capacidade de nos concentrarmos em várias actividades ao mesmo tempo, num homem a coisa torna-se um descalabro total. Incapazes de prestar atenção ao diálogo, incapazes de gerir as duas acções, o jantar torna-se um monólogo aborrecido, pontuado com hilariantes cenas cómicas quando, em pânico, os ouvimos exclamar desesperados, que se enganaram na destinatária da mensagem.
E se, qual professora do mediático 9º C, pensamos conseguir persuadi-los a desistirem de tal brincadeira, temos o maior choque das nossas vidas, quando vemos o nosso cavalheiro amigo, o nosso gentil companheiro, sempre disposto a ir buscar-nos a casa, abrir-nos a porta do carro e pagar-nos o jantar, quase capaz de nos chamar "peixona" e de nos berrar descomposto de cólera “Dá cá o telemóvel! Já!”.
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9 Comments:
Sofia,
Já pensou em jantar à luz das velas com um amigo... cinquentão?
1. Vantagens:
1.1 Pertence a uma colheita que ainda sabe estar à mesa e dar a devida atenção às mulheres;
1.2 Ainda se lembra de um ditado, entretanto caído em desuso, segundo o qual “enquanto se capa não se assobia”;
1.3 Tem muito menos apetência pelas novas tecnologias.
2. Desvantagem:
2.1 Terá mais umas rugas mas a luz das velas é, como se sabe, muito permissiva.
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Não sei se é o caso... mas se for, tem também, pelos vistos, mais sentido de humor. O que é, obviamente, uma vantagem ;-)
Parafraseando Bond, o do Fleming… e vão quatro, um ponto quatro!
Atenção, Sofia, há que refazer as agulhas. Falo, obviamente, das que desviam comboios e mudam rumos porque as outras, as de tricotar, já só servem hoje em dia para, em noites cálidas e à luz das velas, espicaçar a coxa e o ego do quarentão de turno quando ele se porta mal à mesa e em vez de comer a sopa e prestar atenção à conversa da querida e bela companheira começa a brincar com a sua adorada e electrónica chave de Morse.
Eternamente Descontente: não me lembrei dessa, da do acréscimo de sentido de humor, mas obrigadinho pela parte que me tange.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
MIL DESCULPAS (lá estou eu outra vez com a mania das gradezas! Mil?)pela duplicação dos textos, facto que se deveu a nabice minha. Pensei que tinha feito asneira e bumba...vai de repetir a(s) dose(s).
Pronto, já estão limpas as duplicações!
?
Z.
Muito bom.
Z.
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