Gostar de ti (II)
Gostar de ti é um exercício árduo de flexibilidade para com o imprevisível: uns dias, sufocas-me com o teu desejo profundo, com o teu amor desmedido, a tua presença constante, quase companheira de todos os meus actos e passos; outros, esquivas-te sem dizeres porquê. Sem eu perceber a razão, sem eu entender o motivo, somes. Evitas-me, escapas-te por entre os meus dedos à mínima intenção de tocar-te. Foges, refugias-te num mundo hermético, só teu, onde escreves bilhetes ambíguos que suponho serem inteligível apenas por ti.
Se ao menos houvesse uma luz, uma luzinha que fosse que me guiasse neste labirinto escuro e incompreensível que é o teu cérebro.
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