segunda-feira, janeiro 25, 2010

O porquê

Podia interrogar-me sobre o que disse de errado, que frase, que palavra, que sílaba, te afastou de mim. Que comportamento condenável, tenebroso, imperdoável, meu te remeteu para o silêncio. Que beijo, que carícia, que sussurro, que abraço repugnante, te fez partir. Podia questionar-me sobre a razão, o fundamento, o propósito, a essência do teu inesperado e repentino apartamento. Podia perder horas, dias, noites, meses, anos, séculos!, a interrogar-me por que razão. [Mas] para quê, Meu Amor?, se a experiência me diz que – verdadeiramente – nunca o saberei.

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