CRÓNICAS DA ABELHA MAIA EM MISSÃO HUMANITÁRIA – QUÉNIA: Crónica 1
Incumbida que fui de publicar, noutro blog, as crónicas da minha amiga Abelha Maia, coube-me a árdua – mas prazerosa – tarefa de seleccionar os ditos textos.
Resolvi, assim, seguir o esquema da autora, constituído por três capítulos – QUÉNIA (2001), MOÇAMBIQUE (2002) e LIBÉRIA (2003) – referentes aos países onde esteve em missão. Estes capítulos são subdivididos em várias crónicas, sendo estas, por sua vez, contadas em episódios.
Devido à qualidade – quer literária, quer humana – destes textos, decidi partilhar, também aqui, alguns deles.
Apenas um reparo: as omissões de nomes, os erros ortográficos, as ausências de acentos, tiles, cedilhas… são propositados. Coisas de quem tem de lidar com confidencialidade, com teclados estrangeiros, etc…
E, então, era assim…
Resolvi, assim, seguir o esquema da autora, constituído por três capítulos – QUÉNIA (2001), MOÇAMBIQUE (2002) e LIBÉRIA (2003) – referentes aos países onde esteve em missão. Estes capítulos são subdivididos em várias crónicas, sendo estas, por sua vez, contadas em episódios.
Devido à qualidade – quer literária, quer humana – destes textos, decidi partilhar, também aqui, alguns deles.
Apenas um reparo: as omissões de nomes, os erros ortográficos, as ausências de acentos, tiles, cedilhas… são propositados. Coisas de quem tem de lidar com confidencialidade, com teclados estrangeiros, etc…
E, então, era assim…
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cronicas do quenia - 1 -
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Tenho muitas saudades da vida que tinha no porto, das pessoas com quem vivia e dos amigos. Pela primeiraa vez na vida estou lonje das pessoas que amo. Nao é dramatismo, é mesmo aquilo que sinto e o que esta a ser mais duro.
cronicas do quenia - 1 -
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Tenho muitas saudades da vida que tinha no porto, das pessoas com quem vivia e dos amigos. Pela primeiraa vez na vida estou lonje das pessoas que amo. Nao é dramatismo, é mesmo aquilo que sinto e o que esta a ser mais duro.
Maia
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Onde vivo...
Vivo num condominio fechado a sete chaves. Existe uma duzia de casas pequenas (“maisonettes” - T2+1 com R/C e 1° andar com jardim nas traseiras) e 5 estao alugadas à MSF. Numa estou eu, noutra esta o chefe de missao casado com uma moçambicana e com 2 filhos, outra serve de “guest house” para a missao Sul Sudao e onde vive o consultor para a segurança alimentar, noutra vive o medico croata especialista em malaria e a mulher dele e na outra esta o coordenador medico desta missao, a mulher que esta a trabalhar tambem como voluntaria na Campanha de Acesso aos Medicamentos Essenciais.
Partilho casa com outros 2 voluntarios. O mais velho chama-se Michel, tem 56 anos e é reformado da força aerea francesa. Tem uma escola de pilotagem de avioes no Sul de França e eu ja consegui negociar descontos se quisermos tirar o brevet.... nada mau hem? Ele veio para Nairobi com a missao especifica de coordenar a mudança de instalaçoes. Vai embora no fim de Março. Viver com o Michel e como viver com alguem da nossa idade, esta sempre pronto para embarcar nas minhas aventuras, mesmo que isso tenha algumas consequencias graves... Conto a historia mais tarde.
O outro voluntario é o Jean-Philippe, tem 34 anos e veio para ca como Log-Admin (logistico-administrativo) para a missao Samburu (urgencia alimentar detectada no inicio de Julho). Em Dezembro, depois do encerramento do centro terapeutico-alimentar, ele decidiu ficar uns meses em Nairobi porque se apaixonou por uma etiope e assim da-nos uma ajuda na resolucao dos problemas que esta missao tem ao nivel da frota automovel... É melhor nem falar dos problemas da missao....
Entretanto outros voluntarios tem passado por minha casa, nomeadamente um médico alemao chamado Kai, que veio por 3 meses para a missao Samburu e que, de volta das férias de fim de missao na Tanzania, passou uma semana na nossa casa...
© Abelha Maia
Vivo num condominio fechado a sete chaves. Existe uma duzia de casas pequenas (“maisonettes” - T2+1 com R/C e 1° andar com jardim nas traseiras) e 5 estao alugadas à MSF. Numa estou eu, noutra esta o chefe de missao casado com uma moçambicana e com 2 filhos, outra serve de “guest house” para a missao Sul Sudao e onde vive o consultor para a segurança alimentar, noutra vive o medico croata especialista em malaria e a mulher dele e na outra esta o coordenador medico desta missao, a mulher que esta a trabalhar tambem como voluntaria na Campanha de Acesso aos Medicamentos Essenciais.
Partilho casa com outros 2 voluntarios. O mais velho chama-se Michel, tem 56 anos e é reformado da força aerea francesa. Tem uma escola de pilotagem de avioes no Sul de França e eu ja consegui negociar descontos se quisermos tirar o brevet.... nada mau hem? Ele veio para Nairobi com a missao especifica de coordenar a mudança de instalaçoes. Vai embora no fim de Março. Viver com o Michel e como viver com alguem da nossa idade, esta sempre pronto para embarcar nas minhas aventuras, mesmo que isso tenha algumas consequencias graves... Conto a historia mais tarde.
O outro voluntario é o Jean-Philippe, tem 34 anos e veio para ca como Log-Admin (logistico-administrativo) para a missao Samburu (urgencia alimentar detectada no inicio de Julho). Em Dezembro, depois do encerramento do centro terapeutico-alimentar, ele decidiu ficar uns meses em Nairobi porque se apaixonou por uma etiope e assim da-nos uma ajuda na resolucao dos problemas que esta missao tem ao nivel da frota automovel... É melhor nem falar dos problemas da missao....
Entretanto outros voluntarios tem passado por minha casa, nomeadamente um médico alemao chamado Kai, que veio por 3 meses para a missao Samburu e que, de volta das férias de fim de missao na Tanzania, passou uma semana na nossa casa...
© Abelha Maia
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