sexta-feira, abril 15, 2005

19 de Abril de _ _ _ _

Recordo cada canto do teu corpo: o teu peito, o teu abdómen, o teu sexo... (macio).
Relembro cada linha das tuas mãos: aquelas que percorri, — encruzilhadas — para me perder.
Recordo o teu cheiro, o teu riso, o teu movimento ao andar. O fumo do tabaco a ser expelido pelos teus pulmões.
Respiro lentamente, com a dificuldade dos peixes que são privados de água. E o mesmo olhar — arregalado e aflito — de quem se sente a morrer.
E conheço a resposta, mas insisto em perguntar: se padecer de amor... estarás presente no meu funeral?