3 de Dezembro _ _ _ _
Há muito tempo que não escrevo...
Fui “obrigada” a “trancar-te” aqui, neste espaço cuja chave, sob a forma de palavra, apenas eu conheço.
É tão difícil “fechar-te”...
É-me tão doloroso esconder-te...
Vives dentro de mim, fervilhas em cada um dos meus poros, reencontro-te a todo o momento em cada recanto da minha memória... é tão difícil fazer de conta... que não existes... mais.
Não sei se estava traçado no destino, ou se fomos nós a escrever a história, sei apenas que cada página da minha vida se transformou num conto que um dia pensei poder vir a ser de fadas. Sou menina... tenho esse direito! Sou menina... permitam-me a ingenuidade!... Essa fraqueza... ou beleza de acreditar que um dia se pode viver feliz — se não para sempre (tão menina também já não sou!), pelo menos por uma eternidade, esse tempo abstracto que temos a liberdade de definir.
Assim não quiseste.
Desconheço a razão, mas consigo imaginá-la... pressenti-la.
Assim não quiseste... e aceitei o teu “jogo” na esperança de o conseguir ganhar.
Fintei Peões...
Imaginei Cavalos...
Escondi-me em Torres...
Ouvi Bispos (falarem)...
Fiz “cheque” à Rainha... para chegar ao Rei.
Esgotei-me nas mentiras...
Cansada das correrias...
Ouvi o eco dos meus passos...
Nada percebi.
Pobre Rainha... não existe Rei!
Assim não quiseste e é-me difícil viver nesta ausência de cor, — sentindo a vermelho vivo — e ver a vida a preto e branco nesta espécie de xadrez que aceitei jogar contigo.
Não existem Contos de Fadas... mas não me digam... por favor! Sou menina...
Não existem Contos de Fadas, e o teu perfume que hoje trago comigo — “roubado” num tester de uma perfumaria — desaparecerá... mais tarde ou mais cedo... um dia.
Estou cansada, dói-me a ausência. Vou afasta-la com a lembrança daquela noite em que nos teus braços, recebi beijos e carícias — uma ilusão de protecção —, e acreditei que podia ser sempre assim...
Fui “obrigada” a “trancar-te” aqui, neste espaço cuja chave, sob a forma de palavra, apenas eu conheço.
É tão difícil “fechar-te”...
É-me tão doloroso esconder-te...
Vives dentro de mim, fervilhas em cada um dos meus poros, reencontro-te a todo o momento em cada recanto da minha memória... é tão difícil fazer de conta... que não existes... mais.
Não sei se estava traçado no destino, ou se fomos nós a escrever a história, sei apenas que cada página da minha vida se transformou num conto que um dia pensei poder vir a ser de fadas. Sou menina... tenho esse direito! Sou menina... permitam-me a ingenuidade!... Essa fraqueza... ou beleza de acreditar que um dia se pode viver feliz — se não para sempre (tão menina também já não sou!), pelo menos por uma eternidade, esse tempo abstracto que temos a liberdade de definir.
Assim não quiseste.
Desconheço a razão, mas consigo imaginá-la... pressenti-la.
Assim não quiseste... e aceitei o teu “jogo” na esperança de o conseguir ganhar.
Fintei Peões...
Imaginei Cavalos...
Escondi-me em Torres...
Ouvi Bispos (falarem)...
Fiz “cheque” à Rainha... para chegar ao Rei.
Esgotei-me nas mentiras...
Cansada das correrias...
Ouvi o eco dos meus passos...
Nada percebi.
Pobre Rainha... não existe Rei!
Assim não quiseste e é-me difícil viver nesta ausência de cor, — sentindo a vermelho vivo — e ver a vida a preto e branco nesta espécie de xadrez que aceitei jogar contigo.
Não existem Contos de Fadas... mas não me digam... por favor! Sou menina...
Não existem Contos de Fadas, e o teu perfume que hoje trago comigo — “roubado” num tester de uma perfumaria — desaparecerá... mais tarde ou mais cedo... um dia.
Estou cansada, dói-me a ausência. Vou afasta-la com a lembrança daquela noite em que nos teus braços, recebi beijos e carícias — uma ilusão de protecção —, e acreditei que podia ser sempre assim...
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