Carta de agradecimento ao mui nobre Senhor, o Rei de terras de Azenhas do Mar

[Com vénia, passo atrás, digno de pose de Princesa face a um Rei:]

Mui lhe agradeço, Senhor! Mui grata lhe estou, pela recomendação de meu Reino.
E a todos que visitais, meu mui nobre Reino, vos agradeço também.
Mandarei assar vinte cinquenta suínos selvagens; dez trinta bovinos criados nos mais formosos e verdejantes pastos de minhas mui nobres terras; trinta quarenta aves − das quais vinte faisões reais − para vos receber. Haverá pão, feito do mais doirado trigo-sarraceno; vinho, das mais belas uvas romanas. Haverá jograis, canções, torneios com os mais potentes corcéis!
Fadas vindas de Oriente dançarão para vós! Fadas vindas das Américas dar-vos-ão massagens! Haverá crocodilos gigantes, mui maiores que os do fidalgo JN! O bobo Gabriel animará a festa nos mais de quatro palcos mui mais gigantes também! Jograis D`o Dezerto cantarão em aramaico! Leprosos encavernados e sem mãos, acompanharão com palmas! O ventríloquo Alphonse e o faisão Donald actuarão para vós! E será sorteado um escravo de cor!
Serão dezoito dias de festa, mui mais divertidos e mui melhores que as comemorações de Natal do Reino Contra-Indicado!

Vinde, vinde a meu Reino, Senhores, que jamais se arrependerão!


Escrito no Reino do Mundo da Lua, aos vinte de Dezembro de dois mil e cinco