sábado, abril 26, 2008

Sufoco

Sinto no peito um aperto, uma vontade incomensurável de o transcrever em palavras, como se, se não o fizesse, implicasse explodir de angústia.
Sinto na alma uma tristeza infinita que me cega a razão, me bloqueia a lucidez, me tolhe a capacidade de organizar o pensamento. Me impede de ordenar as ideias, estruturar os raciocínios, criar frases.
Sinto no corpo uma imensa saudade tua, que me dói como gumes dilacerando-me a carne tenra, como punhais expondo o meu amor em ferida aberta.
Porque [Meu Amor], trago, para sempre, cravado na minha pele em brasa, o gélido ferro da tua indiferença.