Tenho saudades do Natal
Da casa cheia, da lareira acesa, do riso dos miúdos… e até das discussões.
Do pai à cabeceira da mesa, da mãe atarefada com o jantar, do irmão (embriagado), da irmã (sempre) atrasada.
Tenho saudades dos enfeites – os mesmos desde que me conheço – dispostos sem arte nem encanto, num amontoado sem harmonia.
Tenho saudades da árvore – invariavelmente inclinada, qual Torre de Pisa – decorada mesmo ali, à pressa, no último instante, na noite de consoada.
Tenho saudades da empregada – que nessa altura do ano nos “trocava” pela família biológica – das suas rabanadas, filhós e sonhos.
Tenho saudades do namorado – vindo de terras distantes, de sotaque agreste – e dos seus presentes teenagers, comprados com um par de marcos ganhos nas férias.
Tenho saudades do gato – mesmo que me cortasse o coração sabê-lo na rua em noite de frio – e do peru e bacalhau desfiados com o carinho de quem embrulha um presente para um amigo especial.
Tenho saudades daquela bola transparente – que sobreviveu a sótãos e a anos – que parecia de sabão e reflectia as cores do arco-íris.
Tenho saudades do Natal.
Hoje o vento sopra lá fora, a chuva fustiga as janelas, a casa está tão vazia… e eu… tenho tantas saudades do Natal!
Do pai à cabeceira da mesa, da mãe atarefada com o jantar, do irmão (embriagado), da irmã (sempre) atrasada.
Tenho saudades dos enfeites – os mesmos desde que me conheço – dispostos sem arte nem encanto, num amontoado sem harmonia.
Tenho saudades da árvore – invariavelmente inclinada, qual Torre de Pisa – decorada mesmo ali, à pressa, no último instante, na noite de consoada.
Tenho saudades da empregada – que nessa altura do ano nos “trocava” pela família biológica – das suas rabanadas, filhós e sonhos.
Tenho saudades do namorado – vindo de terras distantes, de sotaque agreste – e dos seus presentes teenagers, comprados com um par de marcos ganhos nas férias.
Tenho saudades do gato – mesmo que me cortasse o coração sabê-lo na rua em noite de frio – e do peru e bacalhau desfiados com o carinho de quem embrulha um presente para um amigo especial.
Tenho saudades daquela bola transparente – que sobreviveu a sótãos e a anos – que parecia de sabão e reflectia as cores do arco-íris.
Tenho saudades do Natal.
Hoje o vento sopra lá fora, a chuva fustiga as janelas, a casa está tão vazia… e eu… tenho tantas saudades do Natal!
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