quinta-feira, maio 19, 2005

No Coliseu do Porto...



17, 19 e 21 de Maio de 2005 - 21.00h

"Nas montanhas, perto do templo de Isis no Egipto (durante o período de Ramsés I), o príncipe Tamino é perseguido por uma serpente. Caindo no chão sem sentidos, é salvo por três damas, aias da Rainha da Noite... Assim começa esta que foi a última ópera de Mozart, composta em 1791 com libreto do seu amigo Emmanuel Schikaneder.

As três damas revelam ao príncipe que Pamina foi raptada pelo feiticeiro Sarastro e a Rainha convence-o a salvá-la. Recebe então uma flauta mágica que, ao ser tocada, o protegerá de todos os perigos, e parte com Papageno, o caçador de pássaros. Chegados ao reino de Sarastro, descobrem que o feiticeiro perverso é, na verdade, um sábio sacerdote, representante supremo do bem, do sol e do dia, e que mantém Pamina junto de si apenas para a livrar do mal. Pamina e Tamino apaixonam-se e, juntos, ultrapassam os desafios de iniciação para seguir os ensinamentos de Sarastro.

Apesar do enredo aparentemente simples e infantil, a história é uma espécie de alegoria do universo maçónico ao qual compositor e libretista estavam ligados, tocando valores que se aproximam muito do pensamento iluminista.

No conto original de Wieland um malvado feiticeiro rapta a filha da Rainha da Noite, que graças à sua magia é resgatada por um príncipe. Schikaneder converteu o cruel feiticeiro em Sarastro, o sacerdote de Isis, situou a acção no antigo Egipto, onde se presume terem surgido os ritos da maçonaria, e transformou as provas a que são submetidos Tamino e Pamina em cópias do cerimonial maçónico.

A envolver todo este enredo, a admirável música de Mozart eleva-o numa aura de nobreza e de força dos mistérios sagrados, onde os acordes pesados e repetidos da abertura, representam as batidas à porta da loja maçónica. “A Flauta Mágica” é, ao mesmo tempo, um conto de fadas mágico e uma peça mistério; uma alegoria sobre o bem e o mal e uma fábula sobre o verdadeiro amor."

Direcção Musical: Nicola Giusti

Encenação: Mietta Corli

Cenografia e criação de vídeo: Mietta Corli

Desenho de luz: Marco Filibeck

Orquestra Nacional do Porto

Coro do Círculo Portuense de Ópera

Coro Infantil do Círculo Portuense de Ópera

Maestro do Coro: Jairo Grossi

Maestro do Coro Infantil: Palmira Troufa

Informações: Coliseu do Porto