Ontem, enquanto ceava numa marisqueira da cidade, três robalos, no aquário em frente, distraíam-me com piruetas divertidas o que me fez, consecutivamente, interromper a conversa interessante que mantinha com o meu interlocutor.
Hoje, quando, por acaso, voltei à mesma marisqueira, vi-os deitados sobre uma cama de gelo, inertes, de esgar agoniado, sem graça e sem vida.
E eu que os costumo saborear repetidamente, polvilhados de salsa e regados com molho de manteiga, senti um nó na garganta, um apertozinho no coração e não consegui conter a exclamação sentida, de pesar: Oh, coitadinhos!...