sábado, setembro 29, 2007

Percebes, agora, por que é que eu não me importo de ter asas?



2006 Victoria's Secret Fashion Show (Part 3)

Em jeito de despedida, a edição especial "Férias" em retrospectiva.
Não fiquem tristes, para o ano há mais!

As Directas no PSD...

Ontem, vistas pelo 31 da Armada.

Percebes, agora, por que é que eu não me importo de ter asas?*

Na foto: Karolina Kurkova

*edição especial: Férias

Sobre Pedro Santana Lopes na SIC...


Pois, se isto tivesse acontecido com outra pessoa qualquer, este comportamento fazia todo o sentido e estaria correctíssimo; agora, com ele, Pedro Santana Lopes...

quinta-feira, setembro 27, 2007

Querer é [Quase] Poder (IV)*



Gone Nutty

*ou "Percebem, agora, por que é que o Scrat não se importa de ter asas?

Na Caixinha de Música

Jeff Buckley - Hallelujah

Penetração

© Foto: Bela Borsodi

“Num manual moderno e inovador, destinado a auxiliar as jovens noivas com o seu tom jovial, os pontos de exclamação e as ilustrações numeradas, deparou-se com determinadas frases ou palavras que a fizeram ficar agoniada: membrana mucosa e a sinistra e reluzente glande. Outras frases ofendiam a sua inteligência, particularmente a obsessão com as entradas: Não muito tempo antes de ele entrar nela… ou, agora, finalmente, ele entra nela, e, felizmente, pouco depois de entrar nela… Naquela noite, seria obrigada a transformar-se para Edward numa espécie de porta da sala de estar que ele pudesse transpor? Quase com igual frequência, aparecia uma palavra que nada lhe sugeria a não ser dor, como carne trespassada por uma faca: penetração.”

In “Na Praia de Chesil”; Ian McEwan; Gradiva, 2007; pág. 11.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Percebem, agora, por que é que eu não me importo de ter asas?



Afinal, as "anjas" também comemoraram:




Obrigada, Maria; obrigada, Nuno; obrigada querido Mestre, JN; obrigada, PiresF; obrigada, Hugo; obrigada, Anónimo Extra-Terrestre que passa frequentemente por aqui...

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Novos Amigos (III)

Quando somos crescidos, torna-se muito mais difícil fazer novos [– verdadeiros – ] amigos.
Se não vêm do passado ou de laços familiares, raros são aqueles que nos abrem as portas de casa, nos recebem com gosto, cozinham para nós, nos deixam partilhar das gargalhadas e dos beijos repenicados dos filhos, nos telefonam a saber como estamos, ou cuidam de nós quando ficamos doentes. Sem interesse, sem nos cobrarem por isso, sem nos fazerem exigências; por pura dádiva.
Quando somos crescidos, raros [– muito raros –] são aqueles que podemos considerar "portos seguros", onde podemos ancorar o nosso sono quando estamos cansados, adormecendo indefesos, vulneráveis, expostos, abandonados de nós mesmos nos sofás das suas salas.
Raros são os amigos assim, quando somos adultos mas, como os seres mitológicos cuja existência pomos em causa, felizmente para nós, [– felizmente para mim –], que os há, há.

terça-feira, setembro 25, 2007

3º Aniversário, com Extra-Terrestres

Aliens sing Happy Birthday

Ontem, dia 24, sem tempo para comemorar o terceiro aniversário do “E as Fadas… também se enganam no Caminho?”, deixei o blog entregue a três Extra-Terrestres que lhe cantaram carinhosamente os parabéns. Facto, aliás, que, tendo em conta a natureza dos personagens que por aqui, normalmente, andam, não é, de todo, de estranhar.

domingo, setembro 23, 2007

Possíveis presentes (I)

© Foto: Sofia Bragança Buchholz

– Oh, Pai... vá lá, podias dar-nos um, no Natal! – gritaram os filhos, ternurentos, em uníssono.

Possíveis presentes (II)

© Foto: Sofia Bragança Buchholz

– Eu cá prefiro este – informou, maliciosamente, a mãe.

Possíveis presentes (III)

© Foto: Sofia Bragança Buchholz

E eu, estes – deixou escapar, guloso, o pai.

Novos Amigos (II)

"...
- Por favor... cativa-me! disse ela.

- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos."

Em "O Pequeno Príncipe"; Antoine de Saint- Exupéry

sábado, setembro 22, 2007

Querer é [Quase] Poder (III)



Ice Age

Novos Amigos (I)

“– Não, disse o princepezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
– É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços…”.
– Criar laços?
– Exactamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…”

Em "O Pequeno Príncipe"; Antoine de Saint- Exupéry

sexta-feira, setembro 21, 2007

Percebes, agora, por que é que eu não me importo de ter asas?*

Na foto: Caroline Winberg

*edição especial: Férias

Na Caixinha de Música

John Cale - Hallelujah

Simão e a “arrugância”

Em conversa, diz o Simão, sobre o encarquilhamento e rugosidade do órgão sexual masculino: é um órgão muito “arrugante”.

© Foto: Bela Borsodi

Imaginações [ainda] mais fortes do que a minha [chiça!]

– Centopeias?!
– Sim. Quilos, resmas, paletes de centopeias passeiam-se descaradamente pelas paredes de minha casa! Não sei de onde vêm, por que vêm, o que fazem, para onde vão…
– Ah, devias ter cuidado! As centopeias são perigosas.
– São? Podem-nos causar algum tipo de alergia, é?...
– Podem-se alojar no nariz ou nos ouvidos enquanto estás a dormir…

quinta-feira, setembro 20, 2007

Querer é [Quase] Poder (II)




Ice Age

quarta-feira, setembro 19, 2007

Querer é [Quase] Poder (I)




Ice age 2

Surreal

Não será surreal, ouvir-te falar dos teus desamores, interrogares-me se percebo o que dizes e afirmares que não imagino o que sentes?!
Não será egocêntrico, injusto e cruel, ouvir-te lamentar as tuas dores, eu, Meu Amor, que tanto delas sofri por ti?!

Percebes, agora, por que é que eu não me importo de ter asas?*

Na foto: Raquel Zimmerman

*edição especial: Férias

Na Caixinha de Música

Mafalda Veiga - Lume

"Vai caminhando desamarrado
Dos nós e laços que o mundo faz
Vai abraçando desenleado
De outros abraços que a vida dá

Vai-te encontrando na água e no lume
Na terra quente até perder
O medo, o medo levanta muros
E ergue bandeiras para nos deter

Não percas tempo,
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar

Liberta o grito que trazes dentro
E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor
Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti
..."

segunda-feira, setembro 17, 2007

Percebes, agora, porque é que eu não me importo de ter asas?*

Na foto: Hana Soukupova

*edição especial: Férias

Ai, o caraças!...

"!romA
Gosto de ti de trás
para a frente."

Disse-me hoje o imbecil do iogurte.
Ou é impressão minha ou isto chega a ser ordinário...

quinta-feira, setembro 13, 2007

Na Caixinha de Música

Seal - I Believe I can Fly

Sobre o Caminho: A Meta

Foto: Reuters/ Miro Kuzmanovic (2006)

“Enfim, duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida:

Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida.

Como diz a canção, assim o espero.

Percebes, agora, porque é que eu não me importo de ter asas?*

Na foto: Karolina Kurkova

*edição especial: Férias

quarta-feira, setembro 12, 2007

Um comentário que merece um post

Um simpático leitor, sensível ao meu desejo de voar e conhecedor de técnicas para além das aqui utilizadas – a imaginação – teve a gentileza de me convidar para um voo de parapente.
Mas, eis, que tal sugestão instalou a confusão neste blog:
Eterna Descontente, eufórica de felicidade, abre constantemente os braços como uma águia e rodopia em manobras de fazer inveja a experientes pilotos da Red Bull; corre de um lado para o outro, ensaia saltos e piruetas e, de cada vez que passa perto de mim, rente, a milímetros e sem me tocar, como se de um obstáculo se tratasse, sussurra-me desconcertantemente ao ouvido: Vamos! Já pensaste? poder ver o mundo lá de cima, como Lunata?, sentir o vento na cara, como Senhor Pato quando migra para sul?…. Vamos!, não sejas tonta!
Ora, Lunata não partilha desta opinião: experiente em alturas, conhecedora de ventos favoráveis e desfavoráveis, assegura-me que todas as aTerragens são perigosas e adverte-me da gravidade de uma aproximação ao solo: A menos que não seja para regressar, não faças esse voo: a Terra é perigosa; a força da gravidade, também; seguro, é a ausência dela – avisa.
Pato Preto, por sua vez, diz que isto são tretas de quem anda em órbita, com uma eternidade de tempo para filosofar, e assegura-me que voar é seguro, que todos os primos o fazem, que ele próprio se prepara para o fazer. Aliás, é por entre quaks e malas semi-arrumadas que o faz, atarefado como sempre, quak, que por ser fim de verão está ele de partida.
Demiurgo divide-se: parte dele, a mais antiga, a que usa paletó e lunetas, que se desloca em charretes e demora semanas a chegar ao destino, a mais tradicional e cautelosa, diz-me que não vá, que voar é coisa de um século apressado, inseguro e perigoso. A outra, a mais moderna, a que usa t-shirts Dolce & Gabbana e óculos escuros, que se move num roadster da BMW e voa em poucas horas para um fim-de-semana numa ilha paradisíaca, a mais aventureira e destemida, diz-me que vá, que é um desafio, que hoje tudo é seguro e as oportunidades são para se agarrar.
Quem não me larga é Düss El Dwarf que, começando por dizer ser um disparate tal convite, com intenções duvidosas e despropositadas, depois de ver o site do nosso leitor, mudou radical e surpreendentemente de opinião: assegura-me que são adeptas da modalidade outras meninas de bem, que estão muito bem equipadas com airbags naturais em caso de queda, que voar é lindo, que as nossas anjinhas também voam, e que faz questão de ir comigo. Aliás, este tornou-se, até, um ponto assente e indiscutível.
Ora, no meio disto tudo, encontro-me eu, Sofia Bragança Buchholz, que partilho desejos com Eterna Descontente, medos com Lunata, receios e vontades com Demiurgo e Pato Preto, nada com Düss El Dwarf (que fique, aqui, registado!) a não ser o sentido de humor e a boa disposição, e que, acima de tudo, sou muitíssimo mais cautelosa que todos eles e (infelizmente?) vivo com os pés muito mais bem assentes no chão.
Ao meu simpático leitor, fica o agradecimento público e a promessa que irei ponderar o assunto.

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segunda-feira, setembro 10, 2007

Percebes, agora, porque é que eu não me importo de ter asas?*

Na foto: Gisele Bundchen

*edição especial: Férias

O (des)Embate (4)

– E Pára-pente? – sugeriu ele, por fim, percebendo-a. – Liberta-se montes de adrenalina, a aterragem é suave e dá para planar pelo céu, numa sensação fantástica de liberdade, como tu gostas…
Ela não respondeu, mas ele pôde ver rasgar-se na sua face, de um lado ao outro, um sorriso enorme, de satisfação.

Hairspray

Oh, meus amigoszz…

Parafraseando o Herman: os artistas (John Travolta, Christopher Walken, Michelle Pfeiffer), são bons artistas… Não havia necessidade de entrarem numa bosta destas!

Muito má, mesmo – aliás, péssima – esta comédia.

sábado, setembro 08, 2007

Percebes, agora, porque é que eu não me importo de ter asas?*

Na foto: Andi Muise

*edição especial: Férias

sexta-feira, setembro 07, 2007

O Embate (3)

– Queria mesmo começar a fazer desporto… – disse ela, mais para se mentalizar a si própria do que para o informar a ele que a estava a ouvir
– E o que te impede de o fazer? – perguntou ele.
– Não sei o que escolher. Apetecia-me um desporto diferente, que me fizesse sentir viva, tipo pára-quedismo, mas desse… – fez um sorriso sarcástico lembrando-se da polémica que o tema lançara entre eles – já me conseguiste demover.
Alguns segundos depois ele sugeriu:
– E que tal ginástica aquática?
Ela indignou-se:
– Ginástica aquática? Olha, lá, estás doido?! Já agora, ginástica de manutenção, não?! – ironizou.
Depois exclamou:
– Eu sabia, eu sabia, que te devia, mesmo, ter dado uma murraça…!

Percebes, agora, porque é que eu não me importo de ter asas?*

Na foto: Adriana Lima

*edição especial: Férias

quinta-feira, setembro 06, 2007

O Embate (2)

– Hoje dormi mal… – queixou-se ela, esfregando os olhos cansados de sono.
– Então, porquê? – quis ele saber, interessado.
– Sei lá, deitei-me tarde, acordei cedo… só dormi seis horas – informou ela esboçando um bocejo.
– Ah, então, é bom!, na tua idade já não precisas de dormir oito horas – animou-a ele, entendedor do assunto.
Ela olhou-o estupefacta. Deu-lhe alguns segundos para se aperceber da barbaridade que acabara de dizer. Depois, ameaçou:
– Olha, lá, pá, tu queres levar uma murraça nessa cara?!

quarta-feira, setembro 05, 2007

Direito à Escolha: Porque não ter filhos também pode ser uma opção…



Sex an the City - A woman`s right to shoes

Especialmente, depois de um dia inteiro a aturar mais de uma dúzia de filhos dos outros… Uau, mil vezes, um par de Manolos!...

terça-feira, setembro 04, 2007

Verdades [Quase] Absolutas

Ah! afortunados aqueles que nunca sentiram a dor – e o sofrimento do prazer – da paixão!

Percebes, agora, porque é que eu não me importo de ter asas?*

Na foto: Caroline Winberg

*edição especial: Férias

segunda-feira, setembro 03, 2007

O Embate

– E Pára-quedismo gostavas? – a pergunta dele fê-la suspeitar um desafio, um convite, talvez.
– Ah, adorava! – exclamou ela que todos conheciam por desejar profundamente ter asas para voar.
Ele refreou o entusiasmo do tom de voz inicial e explicou-lhe, conhecedoramente, as etapas de tão fascinante actividade. Depois retirou-lhe, assim, sem mais, nem menos, inconscientemente, o pára-quedas, com a seguinte afirmação:
– A partir dos trinta e cinco, os ossos são bastante mais frágeis e o risco de fracturas muito maior… não é um desporto adequado para ti.
Ela ficou pensativa, a flutuar no vago, com a excitação da ideia anterior embasbacada num sorriso amarelo. Por segundos visualizou-se numa aterragem atabalhoada. Dolorosa. E não foi a força da gravidade que a fez embater violentamente no solo: foi o fardo da consciencialização dos seus quarenta anos de existência.

Nem mais, nem menos

domingo, setembro 02, 2007

Percebes, agora, porque é que eu não me importo de ter asas?*

Na foto: Natascha Poly

*edição especial: Férias

Paradoxos

Hoje, acordei encaixada em ti, com a barriga sobre a tua anca esquerda e a cabeça sobre o teu braço, como tantas vezes adormeci, faz tempo. Tive a certeza da tua presença, do teu cheiro, da tua volumetria. Paradoxalmente, acordei assustada; com o édredon a fazer-te a vez. É que faz, também, tempo, Meu Amor, que infortunadamente não habitas os meus lençóis.

Enjoativo


Blaaac! Com licença, deixem-me, num instantinho, vomitar este iogurte!...

© Foto: Sofia Bragança Buchholz