sexta-feira, janeiro 30, 2009
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Simão, o exagerado
Personagens:
• Simão
• Eu
• Avó
• Empregada
• Avô (como figurante)
• Mãe do Simão (como figurante)
Cenário:
A avó materna espatifou-se pelas escadas abaixo. Queixava-se de um braço, por isso chamou-se o 112. Foram executados todos os procedimentos da praxe: depois de imobilizada, foi colocada numa maca para ser transportada para o hospital.
Já no carro do INEM, ouço o Simão fatalista, do lado de fora, sussurrar, pesaroso, à empregada:
Acção:
– Pronto! Já está ligada às máquinas!
• Simão
• Eu
• Avó
• Empregada
• Avô (como figurante)
• Mãe do Simão (como figurante)
Cenário:
A avó materna espatifou-se pelas escadas abaixo. Queixava-se de um braço, por isso chamou-se o 112. Foram executados todos os procedimentos da praxe: depois de imobilizada, foi colocada numa maca para ser transportada para o hospital.
Já no carro do INEM, ouço o Simão fatalista, do lado de fora, sussurrar, pesaroso, à empregada:
Acção:
– Pronto! Já está ligada às máquinas!
segunda-feira, janeiro 26, 2009
quinta-feira, janeiro 22, 2009
Tenho andado...
por aqui, entre outras coisas, a falar do "melhor do mundo" que pelos visto parece que é também "intocável": era só o que faltava!
quarta-feira, janeiro 14, 2009
E não é que o tipo foi mesmo entrevistado pela televisão?!
O Simão apareceu na RTP1, no Jornal da Tarde, um destes dias.
E, pronto, é nestas ocasiões que perdemos a total capacidade de discernimento e ficamos embevecidos com a meia dúzia de palavras tímidas que as nossas crias balbuciam para as câmaras.
E, pronto, é nestas ocasiões que perdemos a total capacidade de discernimento e ficamos embevecidos com a meia dúzia de palavras tímidas que as nossas crias balbuciam para as câmaras.
terça-feira, janeiro 13, 2009
Posologia
© Foto: ?
Este meu período de recobro não tem sido fácil, queridos leitores. Desde a Fátima Lopes e o Manuel Luís Goucha de manhã, passando pela Júlia Pinheiro, o Nuno Graciano e a Maya à tarde, às telenovelas da noite, são penosas as pastilhas que tenho vindo a engolir durante estes meus dias de convalescença na cama.
Contra-sensos de uma operação
Espetaram-me agulhas, enfiaram-me tubos, massacraram-me a pele, violentaram-me as veias, infligiram-me dor, privaram-me de alimento, interditaram-me a água, proibiram-me a companhia, desnudaram-me os órgãos, induziram-me o sono, cortaram-me o corpo, cozeram-me a carne, provocaram-me o despertar, alteraram-me as rotinas, violaram-me a intimidade, obrigaram-me a agir como não tinha vontade… e eu agradeci. Convicta e sinceramente, agradeci terem-me tratado tão bem.
[também postado aqui]
terça-feira, janeiro 06, 2009
Prefiro sempre dizer "até já"
Não podia deixar de escrever algumas palavras sobre a saída do Paulo Pinto Mascarenhas da Blogosfera. Sei que este afastamento é pelas melhores razões, mas, mesmo assim, entristece-me. Sinto uma espécie de nozinho na garganta, o mesmo que sentimos quando vemos um jogador excepcional deixar a selecção.
Porque é inevitável, quando falamos da Blogosfera nacional, a associarmos ao Paulo, sem ele, ela ficará manifestamente mais pobre. O Paulo foi um dinamizador, um caça talentos (como diz o Henrique), um defensor apaixonado deste “novo” meio. O seu nome e a sua dedicação ficarão para sempre a ele ligados.
E para me despedir dele aqui, na própria Blogosfera, nada melhor do que relembrar as suas palavras:
“Em Portugal, escrever sobre blogues é como ler o País que temos. A nossa blogosfera tem todos os defeitos da sociedade portuguesa, mas acrescenta liberdade ao debate democrático. Exagerar a importância dos blogues é tão absurdo como tentar desmentir a sua influência na agenda mediática.
Aliás, entre jornais e blogosfera existe uma relação de duplo sentido, num círculo que pode ser virtuoso. Numa altura em que alguns afirmam que o papel está condenado a longo prazo, os blogues – ou os seus autores – provam que existem milhares de potenciais leitores de jornais. Tentar reduzir os blogues a uma fonte de calúnias, difamação, boatos e teorias da conspiração, sobre o manto do anonimato, é algo que exibe uma ignorância em estado puro. Ou má-fé.
Difamações e teorias da conspiração – que sempre existiram sobre outras formas menos sofisticadas – podem ganhar o poder da palavra publicada num novo meio de comunicação, alcançando uma audiência que ultrapassa o controlo das antigas elites. O que antes era apenas sussurrado nas conversas privadas entre políticos, jornalistas e demais privilegiados obtém agora uma circulação, digamos, «mainstream».
Mas se os blogues podem funcionar como veículos de boatos, também podem ser poderosos instrumentos da sociedade civil na fiscalização do poder político. Foi a partir da blogosfera que nasceu a contestação ao aeroporto da Ota e foi num blogue que surgiu a investigação sobre a licenciatura do primeiro-ministro numa universidade depois encerrada. Por outro lado, os blogues foram adoptados como instrumento de comunicação alternativo por muitas figuras públicas, que cedo intuíram a relevância do meio no mercado das ideias ou na marcação da agenda. Em sentido inverso, contribuíram também para uma maior concorrência na opinião tradicional: novos colunistas saltaram directamente dos blogues para os jornais e revistas nacionais.
Convém salientar que a dimensão deste choque tecnológico não se esgota na análise política. Longe disso. Basta lembrar que, antes de serem famosos, os Gato Fedorento mantiveram um dos blogues de maior audiência. Da arquitectura à gastronomia, da pintura à fotografia, da educação à economia, vale a pena estar ligado. É este o meu primeiro objectivo: ligar os leitores do Negócios aos melhores textos publicados nos blogues nacionais. Vale a pena ler o País e o mundo a partir do que se escreve na blogosfera.” [Paulo Pinto Mascarenhas, no Jornal de Negócios Online]
Difamações e teorias da conspiração – que sempre existiram sobre outras formas menos sofisticadas – podem ganhar o poder da palavra publicada num novo meio de comunicação, alcançando uma audiência que ultrapassa o controlo das antigas elites. O que antes era apenas sussurrado nas conversas privadas entre políticos, jornalistas e demais privilegiados obtém agora uma circulação, digamos, «mainstream».
Mas se os blogues podem funcionar como veículos de boatos, também podem ser poderosos instrumentos da sociedade civil na fiscalização do poder político. Foi a partir da blogosfera que nasceu a contestação ao aeroporto da Ota e foi num blogue que surgiu a investigação sobre a licenciatura do primeiro-ministro numa universidade depois encerrada. Por outro lado, os blogues foram adoptados como instrumento de comunicação alternativo por muitas figuras públicas, que cedo intuíram a relevância do meio no mercado das ideias ou na marcação da agenda. Em sentido inverso, contribuíram também para uma maior concorrência na opinião tradicional: novos colunistas saltaram directamente dos blogues para os jornais e revistas nacionais.
Convém salientar que a dimensão deste choque tecnológico não se esgota na análise política. Longe disso. Basta lembrar que, antes de serem famosos, os Gato Fedorento mantiveram um dos blogues de maior audiência. Da arquitectura à gastronomia, da pintura à fotografia, da educação à economia, vale a pena estar ligado. É este o meu primeiro objectivo: ligar os leitores do Negócios aos melhores textos publicados nos blogues nacionais. Vale a pena ler o País e o mundo a partir do que se escreve na blogosfera.” [Paulo Pinto Mascarenhas, no Jornal de Negócios Online]
E vale a pena entrar nela – para mim valeu (e muito!) – para conhecer pessoas como o Paulo Pinto Mascarenhas.
segunda-feira, janeiro 05, 2009
sexta-feira, janeiro 02, 2009
Percebes, agora, por que não me importo de ter asas?
© Foto: ? / Na foto: Adriana Lima
Sim, é verdade, este Natal aumentei um nadinha as medidas.
Sim, é verdade, este Natal aumentei um nadinha as medidas.
Etiquetas: Adriana Lima, anjas
Simão e o Pai Natal
Personagens:
• Simão, 8 anos
• Mãe do Simão
• Eu (como narrador)
Cenário:
Este ano, pela primeira vez, o Pai Natal não apareceu em casa da minha família. Ninguém se fantasiou, ninguém fez “OH OH OH…”, ninguém fingiu descer pela chaminé às zero horas do dia 25 de Dezembro. Tal, deveu-se ao facto do Simão – que é o membro mais novo do clã – nos ter confessado ao jantar que já não acreditava na personagem.
A mãe, fingindo-se indignada, argumentou:
Acção:
• Mãe do Simão
• Eu (como narrador)
Cenário:
Este ano, pela primeira vez, o Pai Natal não apareceu em casa da minha família. Ninguém se fantasiou, ninguém fez “OH OH OH…”, ninguém fingiu descer pela chaminé às zero horas do dia 25 de Dezembro. Tal, deveu-se ao facto do Simão – que é o membro mais novo do clã – nos ter confessado ao jantar que já não acreditava na personagem.
A mãe, fingindo-se indignada, argumentou:
Acção:
– Mas, então, se já não acreditas no Pai Natal, por que ainda lhe escreves cartas a pedir presentes?
E ele injustiçado:
– Por que é que achas?! Olha, porque me obrigam na escola!
E ele injustiçado:
– Por que é que achas?! Olha, porque me obrigam na escola!
[também postado aqui]