sexta-feira, junho 30, 2006

Q`horror! Há coisas mesmo muito estranhas... (VIII)


Então a terceira foto, na quinta fila, não lembra ao diabo. Xiça, que estranha forma de patriotismo!

[Via Uma Sandes de Atum]

Adenda: a de Angola, está-se mesmo a ver que é nativa.

Adenda 2: ainda bem que a Croácia já foi eliminada, senão eram os grunhos todos de cervejola na mão (e não só, aposto!) a torcer por ela.

Adenda 3: este post é, decididamente, para maiores de 18 anos. Fica o aviso.

Definitivamente, não entendo os Homens, e as Mulheres são umas chatas (IV)

As Palavras Mágicas

Quando um homem se refugia na sua “caverna” ou fica calado, não se apercebe que a mensagem que a mulher está, erradamente, a captar é de que ele já não a ama, que se vai embora e que nunca mais volta. Para neutralizar esta mensagem e transmitir-lhe a mensagem correcta, ele deve dizer as três palavras mágicas: “Eu já volto.
Assim, meus amigos, quando precisarem de regressar às vossas cavernas para readquirirem o vosso equilíbrio, lembrem-se de dizer às dramáticas fêmeas ao vosso lado que vão, mas que não é de vez e que, quando se sentirem melhores, voltam. Isto é o suficiente para as tranquilizar e fazer toda a diferença num relacionamento.

Quando uma mulher fala dos seus problemas, o homem, normalmente, sente-se atacado e culpado. Ele admite erradamente que ela está a contar coisas sobre os seus sentimentos porque acha que é ele o responsável ou culpado de ela se sentir assim.
As quatro palavras mágicas para fazerem com que o homem entenda a mensagem da mulher correctamente são: Não é culpa tua.
Igualmente, minhas senhoras, quando estiverem a divagar sobre os vossos problemas para dessa forma os tentarem perceber e sentirem-se melhor, lembrem-se de fazer bem claro aos bichos estranhos que estão ao vosso lado que não é culpa deles. É que os homens, a menos que estejam a fazer algo para os solucionar, sentem-se frustrados com problemas.

quinta-feira, junho 29, 2006

Percebes, agora, porque é que eu não me importo de ter asas?

Naomi Campbell

Decididamente, não entendo os Homens; e as Mulheres são umas chatas (III)

Porque se refugiam nas suas “cavernas” ou se calam os homens:

1. Precisam de pensar sobre um problema e de lhe encontrar uma solução prática.
2. Não têm resposta para uma pergunta ou para um problema. O homem pára para descobrir dentro de si o que quer.
3. Ficam aborrecidos ou com stress. Nesses momentos, o homem precisa de ficar sozinho para se acalmar e recuperar de novo o seu controlo.
4. Precisam de se encontrar a si próprios. Quando se aproxima de mais num relacionamento, as campainhas de alarme do homem começam a tocar e, automaticamente, ele sente necessidade de se isolar para se encontrar, pondo-se a caminho da sua “caverna”. Como resultado, fica rejuvenescido e encontra de novo o seu “eu” amoroso.


Porque não se calam e falam as mulheres:

1. Para transmitirem ou colherem informações.
2. Para investigarem e descobrirem o que querem dizer. A mulher fala para pensar em voz alta e descobrir o que quer.
3. Para se sentirem melhor e mais equilibradas quando estão aborrecidas ou com um problema.
4. Para criar intimidade. Ao partilhar os seus sentimentos interiores, a mulher é capaz de descobrir e conhecer o seu “eu” amoroso.


John Gray; retirado do livro “Os Homens são de Marte e as Mulheres de Vénus”; Rocco, 2005; pág 86-87.

terça-feira, junho 27, 2006

E porque sou uma boazona como a Adriana Lima


Eu hoje deitei-me assim...


Intrigante e ardente!

segunda-feira, junho 26, 2006

Which Victoria's Secret Angel Are You?




You Are Most Like Adriana Lima



Intriguing and sultry


Epá, adoro estes testes! Eu sabia que, no fundo, no fundo, era uma boazona! Iuuupi!

Um Grilo Maçom

Numa pesquisa sobre grilos encontrei as seguintes informações neste blog:

Características dos grilos:
- Grilo Rei, de cor avermelhado, não emite sons e geralmente tem uma carcaça de outro grilo na sua lota. Também se confunde com o grilo em mudança de pele;
- Grilo Pedreiro, das zonas mais secas, geralmente a sua lota encontra-se sob pedras, emite sons que parecem ferramentas a trabalhar;
- Grilo Normal, de zonas mais férteis, emite sons estridentes, o gri gri;
- Grilo da Lareira, casas rurais e de pedra mais pequenos que os outros, emite sons muito estridentes;
- Grilo Perneta, das zonas pouco férteis do campo, geralmente não têm uma pata, emite sons fazendo uma mistura entre o martelar de ferramentas e o vulgar gri-gri;
- Grila, não emite sons, tem três rabos (o do meio é o ovopositor) e em muitas zonas se diz que é o macho.

Ora, muito bem, daqui deduzo que, não sendo um grilo normal, o meu grilo é maçom.

Pois, gozaram, gozaram, agora roam-se de inveja,
minhas caras amigas!

domingo, junho 25, 2006

LINDO!

REUTERS/ Andrea Comas

`Bora, lá, para os quartos de final!

Mas quem foi o imbecil que se lembrou de meter um professor como árbitro?

Hei, teacher, leave the kids alone!

REUTERS/ Jerry Lampen

A Verdade

Em final de festa, arrasto duas amigas para um último copo em minha casa.
Na varanda, o meu grilo canta, como já é habitual, todas as noites. Curiosa, uma delas pergunta que barulho é aquele. Como nunca fui pessoa de esconder ninguém, conto-lhes, excitada, do grilo, e apresento-lhes o meu novo amigo.
Elas observam, acotovelam-se, riem-se, gozam. Na presença delas o grilo intimida-se e encolhe-se a um canto. Tento pô-lo à vontade, falo com ele, digo-lhe que são amigas de longa data, dou-lhe um toquezinho amigável para o encorajar. Elas continuam herméticas, soltando apenas gargalhadas. Não aprecio. Não gosto que se riam de quem (já) me é querido. Fico na defensiva, até que uma delas resolve falar:
− Isto não é um grilo! − assegura, divertida.
− Não? − interrogo, confusa.
Elas riem, novamente. Perguntam se tenho um livro sobre insectos. Dizem-me que não há grilos tão claros, nem a cantar de forma tão estranha.
− É castanho, e depois?! E qual é o mal de não ser um potente tenor?!, reclamo, já sem achar a mínima graça.
Insistem no livro sobre insectos, e eu insisto em não saber a verdade.
− Não, não tenho.
E mesmo que tivesse (já) não queria saber. Não me interessa. Para mim ele é um grilo, o meu querido grilo e ponto final.

sábado, junho 24, 2006

Eu hoje acordei assim...

Doutzen Kroes

Preparadíssima para a festa, logo à noite.

sexta-feira, junho 23, 2006

Simão, o Hipocondríaco (III)

Personagens:
• Eu
• Simão, 5 anos

Personagens Fictícios:
• O Cliente
• O Sr. António (empregado do restaurante)

Cenário:
Um destes dias, em casa da minha irmã, preparo-me para jantar. O Simão faz-me companhia.
A certa altura, resolvemos brincar “ao faz de conta”: eu sou o cliente que vai ao restaurante jantar; o Simão é o Sr. António, o empregado do estabelecimento.
Depois de ter encomendado o prato − note-se, devidamente aconselhado pelo Sr. António −, preparando-se para o saborear, o Cliente, resolver fazer conversa com o Empregado.

Acção:
Cliente:
− Então Sr. António, como vai essa vida? Tudo bem com o seu filho?
Sr. António: − Não, o meu filho está muito doente!
Cliente: − Ai, sim? Não me diga! O que lhe aconteceu?
Sr. António: − Caiu. Partiu a cabeça e estes dentes todos − faz o gesto indicativo dos respectivos dentes. − Tem a cabeça toda… como é que se diz … com aquelas coisas brancas?!
Cliente: − Ligada? Ai, credo que horror, Sr. António!
Sr. António: − Tem de ser, senão o cérebro fica muito solto e todo baralhado.
Cliente: − Pois… isso de ter o cérebro solto deve ser, de facto, terrível.
Sr. António: − E dorme com uma almofada muito fofinha, e uma de gelo; outra muito fofinha e uma de gelo; mais uma muito fofinha e …
Cliente: − Bem, mas tirando isso, está tudo bem, não está? A sua esposa? − pergunto, tentando desviar o assunto daquela desgraceira.
Sr. António: − Está muito mal! Foi ontem ao hospital. Tem o baço muito mal.
Cliente: − O baço??? − levanto os olhos do prato, espantada com o termo, duvidando que um puto de cinco anos, mesmo com pais médicos e adorando ver o Dr. Hause, saiba o que é o baço. Tranquilizo-me ao ver que ele indica o braço.
Sr. António: − Está todo partido!
Cliente: − Ó Sr. António, no meio de tanta desgraça valha-me, aí, o senhor, que está com muito boa cara e fresco como uma alface! − exclamo, não desistindo do meu dever de lhe incutir optimismo. Mas ele arrumou comigo:
Sr. António: − Eu? Eu estou muito doente e, olhe, sou o único que não pode ir ao hospital porque tenho de tomar conta do restaurante!

Ora, aí, está: Heil!

Enquanto eu não actualizo o meu blog vIdAs dE gAtO, entretenham-se com estes terríveis ditadores:


Um blog dedicado a gatos que se parecem com o Hitler

E porque amanhã é Sábado…

Dia de S. João e faço anos, nada como presentear os amigos com uma dose dupla de interrogações:

Percebes, agora, porque é que eu não me importo de ter asas?


Adriana Lima

Percebes, mesmo, Papo-Seco? ;-)

quinta-feira, junho 22, 2006

Percebes, agora, porque é que eu não me importo de ter asas?

quarta-feira, junho 21, 2006

Verão

terça-feira, junho 20, 2006

Sobre o Caminho (V)

Foto: REUTERS/ Arko Datta

Porque às vezes, ao cruzar-se com o nosso da maneira menos correcta, o caminho dos outros deixa-nos sem alternativa de seguir outro que não aquele que a dignidade nos impõe. Mesmo que doa.

Para o Papo-Seco

Helen Svedin

Porque nem sempre as asas se descobrem à primeira vista.

sábado, junho 17, 2006

Uma boa razão para manter no mercado de trabalho os mais velhos:

Cromos da Bola (I)

[Na SIC, em directo da Alemanha, um pivot, no meio da multidão, entrevista adeptos:]

Pivot: − Já pensou como vai comemorar?
Cromo: − Já, sim, sinhor, bou comemurare com a minha mulhere a noite tuoda: P-O-R-T-U-G-A-L!, PO-R-T-G-U-A-L!, P-O-R-T-U-G-A-L!…

sexta-feira, junho 16, 2006

Sobre o Caminho (IV)

REUTERS/Guang Niu

Tortuosos são os caminhos do amor. Quantas voltas precisaremos, ainda, de dar, para nos [voltarmos a] encontrar?

Junho

Junho é mês de romarias, de calor húmido, de cheiro a manjericos, de sardinhas assadas, de pimentos e farturas, de dias compridos, de grilos a cantar, de princípio de Verão…
Com toda a sua brejeirice e alegria, Junho, é também um mês triste, pois, é ele, o que, no meu ponto de vista, mais marca o tempo: o declínio da longevidade dos dias, o fim da explosão primaveril, o primeiro dia do resto da minha vida…
Junho, com todas as emoções antagónicas que me suscita, é o meu mês preferido. Afinal de contas, foi em Junho que nasci.

terça-feira, junho 13, 2006

Faça você mesmo um pénis

Ontem, dei comigo fascinada a ver, num programa de televisão, como se construía um dildo artesanal. Com um simples pano de cozinha, um preservativo e um elástico, o tipo construiu, ali, em menos de cinco minutos, um falo de fazer inveja a muitos que andam por aí, perfeitinho, com glande e tudo!
Ora, curiosa como sou, resolvi testar a minha aptidão para estas coisas do “faça você mesmo”, nesta variante que é a BricoSexo.
Vá lá, experimentem também:

1) Peguem num pano de cozinha e dobrem-no ao meio
2) Dobrem duas pontas para dentro e o vértice formado por elas para fora
3) Dobrem novamente as pontas para dentro de modo a fazer um novo vértice para o lado de dentro. Chegados a este ponto têm a glande, prontinha
4) Enrolem as pontas de forma a ficar com o aspecto de um pénis e atem a base com o elástico
5) Enfiem um lápis flexível (daqueles que se torcem todos) ao longo do comprimento do pénis de pano para lhe dar consistência e o tornar mais eréctil (esta parte eles não ensinavam, mas diz-me a minha intuição que assim fica melhor)
5) Coloquem-lhe um preservativo e… voilá: um pénis!

Como viram, é fácil, é barato e se dá ou não milhões de orgasmos não sei. Vão experimentar e depois digam, ok?!
Divirtam-se!







[Click nas imagens para as ver ampliadas]

Percebes, agora, porque é que eu não me importo de ter asas?

Adriana Lima

A Resposta de Demiurgo

Interrogados os meus personagens sobre o que fazer ao grilo, Demiurgo foi o primeiro a responder.
Diplomático, encriptado, ambíguo, fugiu, assim, ao assunto na linguagem que melhor domina. Foi, contudo, explícito no post scriptum:

"
"...las cosas tal como son, son tan abundantes como
materia fotográfica, que un fotógrafo debe estar prevenido contra la
tentación de querer hacerlo todo. Es esencial extraer la materia prima de
la vida, extraer y extraer, pero extraer con discriminación. (...)"
Fontcuberta, Joan "Estética Fotográfica", pag. 224, Editorial Gustavo Gili,
SA

Ps: grilos assim devem ser tratados como merecem (como homens)!
"

Alívio

Pudesse eu chorar, pudesse eu verter todas as lágrimas que me esvaziassem deste meu amor!

sábado, junho 10, 2006

Tomar ar

− Preciso, urgentemente, de tomar ar.
− Então, vamos!
− Tomarei o meu, com um pedacinho de limão, para refrescar. E tu?
− Eu? Eu gosto dele, assim, puro.

[Excerto de uma conversa entre Lunata e Demiurgo]

Mentira...

Afinal, deitei-me assim...


Acabadinha de chegar de uma festa e depois de várias flutes de champanhe.

sexta-feira, junho 09, 2006

Eu hoje vou deitar-me assim...

Na "Caixinha de Música", ali, ao lado:

Hey there, people, I'm Bobby Brown
They say I'm the cutest boy in town
My car is fast, my teeth is shiney
I tell all the girls they can kiss my heinie
Here I am at a famous school
I'm dressin'sharp 'n' I'm
Actin' cool
I got a cheerleader here wants to help with my paper
Let her do all the work 'n' maybe later I'll rape her
Oh God I am the American dream
I do not think I'm too extreme
An' I'm a handsome sonofabitch
I'm gonna get a good job 'n' be real rich

Women's Liberation
Came creepin' across the nation
I tell you people, I was not ready
When I fucked this dyke by the name of Freddie
She made a little speech then,
Aw, she tried to make me say when
She had my balls in a vice, but she left the dick
I guess it's still hooked on, but now it shoots too quick
Oh God I am the American dream
But now I smell like Vaseline
An' I'm a miserable sonofabitch
Am I a boy or a lady... I don't know which

So I went out 'n' bought me a leisure suit
I jingle my change, but I'm still kinda cute
Got a job doin' radio promo
And none of the jocks can even tell I'm a homo
Eventually me 'nd a friend
Sorta of drifted along into S&M
I can take about an hour on the tower of power
As long as I get a little golden shower
Oh God I am the American dream
With a spindle up my butt till it makes me scream
An' I'll do anything to get ahead
I lay awake nights sayin,' "Thank you, Fred!"
Oh God, Oh God, I'm so fantastic!
Thanks to Freddie, I'm a sexual spastic
And my name is Bobby Brown
Watch me now; I'm goin' down,
And my name is Bobby Brown
Watch me now; I'm goin' down...

Bobby Brown Lyrics by Frank Zappa

Ora, vá, digam todos comigo:

Iara amarra a arara rara,
a rara arara de Araraquara.

quinta-feira, junho 08, 2006

"Longe de Manaus"...



mas em cheio no Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores.
Parabéns,
Francisco!

quarta-feira, junho 07, 2006

Sobre o filme Código Da Vinci

Só me ocorre dizer que o mordomo do Sir Leigh Teabing é giro e que o Silas caiu no pó de talco.

terça-feira, junho 06, 2006

06.06.06

Eu hoje acordei assim...

Ólaré...
cheia de dores, mas a sentir-me vinte anos mais nova!

Simão, o Querido

Personagens:
• Eu
• Simão, 5 anos

Cenário:
Acabada de chegar do dentista, onde me colocaram um aparelho nos dentes, com um misto de excitação e tristeza, a pensar que, pelo menos, durante um ano e meio vou ter de suportar aquela porcaria na minha boca, procuro alento na companhia do Simão que se encontra no último andar a brincar.

Acção:
− Olha, Simão, já tenho aparelho.
− Mostra!
(Ele observa, minuciosamente, como um perito na matéria)
(Eu, desolada, rendo-me): − Horrível, hein?!
(E ele diz-me as palavras mágicas, as que mais precisava de ouvir naquele momento): − Não! Tás gira!

segunda-feira, junho 05, 2006

Estupeeeendos!

Blogs: Uma Ferramenta Jornalística

Déjà Vu

Tu, Meu Amor, que te julgas o mais belo, o mais integro, o mais sábio… não passas de um tonto.
Porque há coisas que, de tão raras e preciosas, não se afastam. E tu, meu pobre tonto, insistes em rejeitar o meu amor…

O Grilo, a Salada e a Fruta

sexta-feira, junho 02, 2006

Dias Felizes

Um facto é que, a cada dia que passa, me afeiçoo mais ao meu grilo. O seu temperamento inicial repentino, as suas indecisões e desaparecimento inesperado, assustaram-me, mas a verdade é que temos tido dias felizes, e, afinal de contas, não é isso o que todos nós procuramos?
Divertimo-nos especialmente no momento das refeições que passamos juntos na cozinha e em que eu, esganadinha de fome, farejo o frigorifico à procura de comida de considerável sustento, ougando por um suculento leitão, um bife macio de lombo, ou uma bela feijoada preta, e ele se ri de mim, da minha gula, satisfazendo-se com um prato, sem graça, de salada, sem molhos nem nada, tudo cru e insosso, ou com uma mísera peça de fruta. Não entendo, mas respeito. Talvez lhe faça bem à linha, talvez tenha imensas vitaminas, talvez a fruta lhe forneça a água de que necessita… não sei, não faço ideia, mas eu é que sem carne não passo!
E gosto de o ouvir cantar. Sempre fui boa ouvinte e, então, quando o interlocutor me é querido tem em mim a melhor receptora do mundo! Ficamos horas assim, ele a cantar, a cantar, e eu deliciada a ouvi-lo. Volta e meia até brinco com ele, mas isso só quando a música me parece repetitiva, e pergunto-lhe em tom de gozo: terá Alzheimer, o meu grilo, que tantas vezes se repete? Ele ri-se ou, pelo menos, assim me parece vê-lo fazer.
Ah!, mas os melhores momentos de todos, os meus preferidos, os de eleição são aqueles em que me deito ao seu lado e a sua simples presença me soa a conforto, a relaxamento, a prazer e se reflecte em mim como uma massagem dedicada e eficaz, com mãos sábias de mestre, tacteando-me a cervical, percorrendo-me doridas vértebras dorsais, desfazendo nós lombares imaginários… tão bem, mas tão bem me sabe, que acabo por me render, adormecendo profundamente e ronronando deliciada.
Mas antevejo dor e sofrimento e, por isso, o meu coração teme. É que os grilos são como os amores de Verão: partem com o fim da estação. E quando o meu partir… ah, aí… eu nem quero pensar!

quinta-feira, junho 01, 2006

Prazeres da [minha] Vida (III)

© Foto: Sofia Bragança Buchholz

− É uma morsa?
− Não.
− Um
ornitorrinco?
− Não!
− Dois testículos?
− Nãaao!!!
− Epá, desisto!

Como a "poesia" pimba nos pode (co)mover

Ao passar por um manjerico, vaso tamanho 10, no Continente de Matosinhos, comovi-me com as seguintes palavras:

A nove meses nasci
Da noite de São João
Agora que já sobrevivi
Vou manter a tradição


Trouxe-o comigo.
É que, apesar de ser difícil, adivinho profundidade nesta quadra.