terça-feira, junho 30, 2009

O sepulcro do nosso amor


Pronto, podes apagar-me da tua vida. Estou preparada. Custou-me [tanto!], mas consegui. [Tive de conseguir]. Imprimi todas a nossas “cartas”, todos os nossos “bilhetes-postais”, todas as nossas mensagens. Ordenei-os por datas e uni-os com fitas de seda para que nunca se separem, como gostava de nos ter unido a nós. Juntei-os com os bilhetes das viagens, com as facturas dos restaurantes, com os sabonetes dos hotéis… e guardei-os numa caixa. Encerrei a nossa vida numa caixa de madeira. Um caixão da nossa história. Aquela que nunca ninguém saberá. Aquela que sonhei um dia contar a um filho. Um filho que nunca tive. Que nunca terei. Aquela que morrerá comigo no dia em que me extinguir.
Não tenho jeito para ódios [mesmo que tente]. Não tenho feitio para vinganças [mesmo que faça de conta]. Não tenho forças, simplesmente. Podia dizer-te que sei que [também] sofres, que percebo a tua incapacidade para superares esse estado, que conheço as tuas dores… mas não consigo mais suportar as que elas me trazem. Não consigo mais viver nesta montanha-russa de sentimentos, nesta bipolaridade emocional, de euforias e de silêncios, de amor exacerbado e de indiferença, de abraços e empurrões. Não sei como ajudar quem não admite ajuda. Sei apenas como me proteger a mim. E partir. [Perdoa-me, Meu Amor].

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domingo, junho 28, 2009

A vingança...




serve-se fria. Ou quente. Muito quente! [A escaldar que é para aprenderes!]

quinta-feira, junho 25, 2009

Hoje, sim, é que é dia de neura...

© Foto: Steven Meisel / Na foto: Maryna Linchuk

É o último dia de entrega de IRS com a menor multa.

quarta-feira, junho 24, 2009

Mas quem é que disse que os testes do Facebook não são científicos?

Este deu-me 25 anitos! Têm ser, pá!

Hoje faço anos. E já que não posso evitar que eles passem...

© Foto: ? / Na foto: Alessandra Ambrosio

comemoro-os à grande!

terça-feira, junho 23, 2009

De mal a pior!

Parece que andei enganada 39 anos (e mais qualquer coisinha que me nego a dizer). Afinal, não nasci no dia em que decapitaram o S. João Baptista, mas, sim, no dia em que ele nasceu (esta ainda vou ter de ir verificar a um sítio mais fiável do que a Wikipédia).
Ainda assim -
e parece que a interrogação da minha prima era em relação ao dia anterior - nasci na véspera do "Antinatal" - evento religioso dos seguidores dos satanistas e dia de São Guilherme. É o que eu digo, isto vai de mal a pior!

Grandes Dúvidas

A minha prima S., interroga-se no Facebook, se será significativo ter nascido no dia de S. Vicente de Paulo, véspera do Dia da Liberdade de Expressão.
Pois eu nasci no dia em que cortaram a cabeça ao S. João Baptista. Será significativo?

Amanhã é dia 24...

© Foto: Ellen von Unwerth / Na foto: Kylie Minogue

e faço anos. Quero presentes! Sou uma "material girl"!

segunda-feira, junho 22, 2009

Há dias assim…

© Foto: ? / Na foto: Heidi Klum

Em que o amor, de tão magoado, passa a ódio.

domingo, junho 21, 2009

Solstício de Verão II

Seis da manhã. Há um vento quente, estranho, lá fora. Um sopro violento, tempestuoso, determinado, agita a natureza. É o Verão a varrer definitivamente a Primavera.

Solstício de Verão

© Foto: ? / Na foto: Natalie Portman

Três da manhã. A música entra-me pela janela, assim como o calor. Os meus vizinhos divertem-se numa festa cujas letras das canções sei de cor. In the summer time, I will survive, Dancing Queen… . Levanto-me da cadeira. Descalço-me. E, sozinha, danço como uma louca pela casa fora.

A Puberdade

Mais um serão a tomar conta dos meus sobrinhos – em que o mais velho, de onze anos, quase mata o mais novo, de oito, com lutas e brincadeiras violentas – e chego a casa exausta, a pensar, que raio de hormona esta, a testosterona, que faz um miúdo amoroso, meigo e bem comportado, transformar-se num verdadeiro animal!

sexta-feira, junho 19, 2009

Dores

Tenho um braço queimado e uma conjuntivite tramada, mas, hoje, o que me dói mesmo é o coração.

Foto: ?

quarta-feira, junho 17, 2009

Depois de uma vista de olhos por lá, dei por mim a pensar nisto:

O Twitter está para a cusquice da política nacional, assim como as revistas cor-de-rosa estão para as vidas das nossas "socialites". Só que ainda melhor: com muito mais pormenores!

Ele há azares!*

(…)
– Ah, sabes, o meu cisne matou o meu pavão!
– Tens um pavão???
– Sim, tinha. O cisne matou-o por causa da companheira. Estava choca e o pavão andava a namorá-la.
– Espera lá, o teu pavão perdeu a vida porque se apaixonou por uma cisna choca?!

*ou Conversas Surreais

terça-feira, junho 16, 2009

This one is for My Love


Rod Stewart & Amy Belle - I Dont Want To Talk About It

Não dou! Não dou! E não dou!

É sempre a mesma coisa, quando entro numa dessas grandes ópticas para comprar lentes de contacto e chega a hora de registarem a compra, pedem-me o nome da “fichinha”. Não há fichinha. Como não há, não é nossa cliente? Olham-me e reconhecem-me como habitué. Sou, mas não deixo os meus dados. Comprar lentes é, para mim, como comprar camisolas ou calças. Ou champôs. Ou cremes da cara. Não preencho fichas em lojas de roupa, nem em nenhuma outra onde não veja qualquer justificação plausível e do interesse do consumidor para isso. Ah, mas tem de ser! O sistema obriga a inserirmos os dados., insistem, consecutivamente. Quero lá saber do sistema! Inventem o que quiserem, os meus dados é que não põem aí!, repito vezes sem conta. E depois explico, educadamente, que não é nada contra elas, funcionárias, mas que sei como as coisas funcionam, que sou da área de marketing e que os elementos que elas inocentemente ali introduzem concentram informações valiosas sobre o perfil dos consumidores: quem são, que idades têm, onde vivem, o que compram… Elas miram-me, cépticas, e vejo-me obrigada a baixar o nível para entenderem. Dou exemplos. Explico que uma vez criei um nome fictício e que ainda hoje me chegam a casa cartas de empresas que nada têm a ver com aquela a quem dei os dados, porque esta os vendeu. Dizem-me que ali, basta “pôr uma cruzinha” que os dados não são passados a mais ninguém. Informo-as de que essa cruzinha vale zero. Elas olham-me ainda mais incrédulas, a pensarem que quem não percebe nada do assunto sou eu. Pacientemente, continuo com os exemplos. Que recebo mensagens de publicidade de um Health Club que nunca na vida frequentei, só porque uma vez, numa visita para ver se me interessava, cometi o erro – e que grande erro para quem percebe da poda! – de preencher uma dessas fichas. E pus a tal cruzinha!, acrescento, antes que argumentem. E explico-lhe que é um daqueles números cujo remetente é impossível de contactar e que mas enviam constantemente a qualquer hora do dia. Falo-lhes dos Cartões Continente e Jumbo e mais não sei do quê, e dos seus “fantásticos” descontos. Lembram-se que no início havia descontos em quase tudo? E agora, hein? Elas começam a ceder e a anuir com a cabeça, que sim, que queriam era apanhar-nos e que agora nada de descontos. E na IKEA, porque nos perguntam o código postal? Para saberem onde os consumidores vivem, para abrirem novas lojas onde se justifique, por exemplo. E sem pagarem nada a estes pelos dados que fornecem para esses estudos! E elas a seguiram-me, graças a Deus, que a minha paciência começava a esgotar-se. E já de nota em riste preparo-me para pagar e elas têm uma regressão brutal: mas aqui não é assim. Aqui somos um grupo internacional que não faz nada disso. Ora bolas! Se me dissessem que eram uma loja de bairro dava-vos mais depressa os dados!, exclamo já sem a mínima paciência. E uso trunfos mais valiosos: ameaço que vou comprar à loja do lado (que sei que me vai fazer a mesma coisa, mas elas não); que não têm consideração pelos clientes; que quero o livro de reclamações, que aquilo não é obrigatório, coisa nenhuma... E elas lá acabam por ceder e por criar uma ficha à toa e passarem-me manualmente o recibo. E lá ficamos outra vez “amigas”, às desculpas umas às outras, porque também me custa, digo-vos, sinceramente, falar assim com estas raparigas, que, coitadas, não percebem nada do assunto e que estão instruídas pelos responsáveis para procederem desta forma. Mas a verdade é uma só: saio da loja exausta e indisposta a pensar: fosse eu mais organizada e comprava com tempo na net! Era limpinho! Ao menos, não me chateava!

domingo, junho 14, 2009

A vingança serve-se fria

Maria Bethânia - Lágrima

Já dizia o ditado.

Ó cum caraças!...

Foto: roupa da Wenders

Vai chover outra vez! Acho que vou viver definitivamente para a Alemanha: tem um clíma mais ameno!

sábado, junho 13, 2009

A razão porque só poderia ser da direita:

sexta-feira, junho 12, 2009

Quadra pseudo - elitista

© Foto: ?

Ó meu rico Santo António,
Não tenho jeito nenhum p`ra pobre.
Transformai esta sardinha,
Numa suculenta e mui nobre,
Lagostita suadinha.

quinta-feira, junho 11, 2009

Insatisfações

Na foto: Natasha Poly para Vogue Paris

Se fosse gato, teria agora a cauda, inquieta, a ondular de um lado para o outro.
Invade-me um desassossego desconcertante que me tolhe as acções: não sei se leia, se escreva, se veja um filme ou se durma.
Foi assim todo o dia, com a chuva, incansável, lá fora, a bater nas pedras da calçada para nos ludibriar da ideia de que se aproxima o Verão.
Apenas uma coisa eu sei: estou constantemente a comer.
À medida que envelhecemos – e ao contrário do que seria suposto – ficamos mais gulosos do que quando éramos garotos. Babamos pelo Sushi, pelo bacalhauzinho no forno, pelo pãozinho com chouriço caseiro, pela batatinha gratinada... Quando somos crianças, ao menos, fazemo-lo apenas pelos doces. Raios partam a idade!

quarta-feira, junho 10, 2009

© Foto: Francis Hills / Na foto: Dita Von Teese

Pacientemente, espero que ressuscites. Na minha vida, Meu Amor.

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terça-feira, junho 09, 2009

Abandono

Abandonada anda a casa,
assim, como tu me abandonaste a mim.

sexta-feira, junho 05, 2009

Amores eternos

L'Amant

Como o nosso, Meu Amor. Meu amante.

quarta-feira, junho 03, 2009

Simão, o Sexista

© Foto: Sofia Bragança Buchholz

Personagens:
• Simão
• Eu

Cenário:
Passamos em frente ao Tribunal da Relação do Porto. Imponente, a enorme estátua em bronze que se ergue defronte do Palácio da Justiça, chama a atenção do Simão. Curioso, ele pergunta:

Acção:
– O que é aquilo?
– Aquilo é a estátua da Justiça. É uma obra magnífica feita por um escultor chamado Leopoldo de Almeida – explico, enquanto nos aproximamos para a observar melhor. – Vês a balança que tem na mão? Significa que a justiça deve pesar bem as provas apresentadas de forma a tomar correctamente as suas decisões. Do outro lado, tem uma espada, vês? Esta representa a sua capacidade de exercer o poder de decisão.
Ele fica a admirá-la, por um momento, em silêncio. Depois, arrogante, exclama, recomeçando a andar:
– É a Justiça, a República, a Liberdade… Tudo mulheres! Depois como é que querem que estas coisas funcionem bem?!