sábado, janeiro 29, 2011

Hoje, sinto-me demasiado apertada no corpo que tenho


Radiohead - Creep

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terça-feira, janeiro 25, 2011

No comboio do amor

Começa sempre assim: primeiro, ela cautelosa a querer perceber onde um relacionamento com ele a pode levar, a tentar conhecê-lo, perceber se é um tipo decente em que valha a pena investir tempo e afecto, a cheirar a compatibilidade das suas hormonas com as dele. Ele, ao contrário, a atirar-se de cabeça, a bombardeá-la de telefonemas e mensagens, sempre presente, sempre em cima, de palavras bonitas e promessas que sabe que não pode cumprir, mas que o entusiasmo da conquista o faz, verdadeiramente, acreditar que sim. É ele a correr atrás dela.
Depois, ela começa a afeiçoar-se a ele, à sua voz a horas certas no telemóvel, ao seu riso e às suas graças, ao seu corpo e ao seu cheiro, à sua boca e ao seu hálito, assim, devagarinho, com calma, para que toda a informação captada pelos sentidos seja interpretada correctamente pelo cérebro de forma a que não haja enganos, de forma a que se criem laços, capazes de se tornarem fortes, duradouros. Nesta fase, estão os dois em sintonia, pois também ele a descobre com prazer, lhe desvenda a alma, lhe desnuda o corpo, lentamente, fazendo render o sabor desse sentimento inebriante que é a paixão. Nenhum tem defeitos aos olhos do outro. Um e outro são perfeitos. São virtudes os vícios; os tiques, particularidades engraçadas. O que vinte anos mais tarde juntos achariam exasperante tem agora piada. É giro. Nesta fase chamam-se de “querido” e “querida”, riem por tudo e por nada, parecem tontos − estão tontos! − de amor. Correm juntos um para o outro.
Depois, de repente, ele muda. Torna-se esquivo, menos presente. Ausente, até. Diminuem os seus telefonemas, escasseiam as suas mensagens. As dela, por seu lado, aumentam na proporção inversa das dele. Tudo assim, de repente, sem ela entender porquê. Ela bombardeia-o para o perceber, ele retrai-se − ainda mais − para não ter de dizer. As suas respostas soam a falso. As perguntas dela a maçadoras. É ela a agarrá-lo e ele a fugir.
É sempre assim. E se ela soubesse exactamente qual o momento em que esse volte-face se dá, saltaria da carruagem do comboio do amor no preciso momento antes de ele chegar. É que risco de se magoar, esse, seria consideravelmente menor.

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quarta-feira, janeiro 19, 2011

Estou assustada comigo mesma

Ando a gostar de ir ao ginásio!

Once we were young, shiny and happy...


Música: OneRepublic - Secrets

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segunda-feira, janeiro 17, 2011

Simão e os argumentos de peso

Personagens:
• Simão, 10 anos
• Eu

Cenário:
Depois do jantar, ainda à mesa, eu e o Simão conversamos.
Já não me lembro a propósito de quê, a certa altura, ele pergunta-me:

Acção:
− Mas afinal que idade é que tu tens? Trinta e cinco, não é?
− Não, − respondo resignada. − Quarenta e três.
− Ah, − exclama ele, parecendo chocado com a resposta − mas não pareces nada!


Esqueci-me de dizer que ele queria muito, mas mesmo muito, que eu o levasse ao cinema nessa noite.

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Antes que seja tarde demais

Eu concordo com esta petição contra o Novo Código Contributivo. Se concordas (independentemente de te identificares ou não com a ideologia do CDS-PP), assina também. Depois, quando o código já estiver em vigor, será já tarde demais para nos queixarmos.

Ah, se eu pudesse ter um cão!*

Foto: RedandJonny

*título roubado à Lady oh my Dog

Outla vez aloz...

Eu juro que um dia... faço isto à minha vizinha de cima. Oh, pá, hoje outla vez!...

domingo, janeiro 02, 2011

Booom Ano!

Boom, boom, boom... even brighter than the moon, moon, moon!

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