segunda-feira, julho 27, 2009
sábado, julho 25, 2009
sexta-feira, julho 24, 2009
Transferência
Sobre o Caminho
quarta-feira, julho 22, 2009
Simão e a Geografia
• Simão, 8 anos
• Eu
Cenário:
A jogar Trivial Pursuit com o Simão, leio a pergunta de geografia que lhe acaba de sair:
Acção:
– “Qual é a ilha mais pequena dos Açores?”
Ele pensa, pensa… justifica-se, diz que sabe, que tem a resposta mesmo, mesmo, debaixo da língua, mas que não se está a lembrar.
Eu ajudo:
– É o nome de uma ave… Começa por “c”.
E ele, logo, resplandece e atira prontamente:
– Ah, já sei! É Canário! Ilha do Canário!
terça-feira, julho 21, 2009
sábado, julho 18, 2009
Quebramos os dois
Eras tu a ficar por não saberes partir,
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías.
Não nos tocamos enquanto saías,
Não nos tocamos enquanto saímos,
Não nos tocamos e vamos fugindo,
Porque quebramos como crianças.
Afinal...
Quebramos os dois.
...
[E é quase pecado o que se deixa.
É quase pecado o que se ignora]
...
E alguém escreveu o meu nome em toda a parte
Nas casas, nos carros,
Nas pontes, nas ruas...
Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura
Ora amarga, ora doce
Para nos lembrar que o amor é uma doença
Quando nele julgamos ver a nossa cura"
Etiquetas: Meu Amor
quinta-feira, julho 16, 2009
quarta-feira, julho 15, 2009
Os meus filmes
Estranha Sedução (The Confort of Strangers – 1990, dirigido por Paul Schrader) é um filme que nos transporta para um universo de estranhos acontecimentos que acabam da forma mais inesperada.
Baseado no romance homónimo do escritor Ian McEwan, e com Veneza como pano de fundo, retrata as férias de um casal – Mary (Natasha Richardson) e Colin (Rupert Everett) – que são agitadas por o inesperado aparecimento de um excêntrico personagem – Robert (Christopher Walken) – e da sua mulher – Caroline (Helen Mirren).
Mary e Colin buscam nesta viagem as certezas que não têm para a sua relação. Rico em detalhes e pormenores, o filme consegue conduzir-nos na perfeição neste relacionamento, no evoluir da suas dúvidas para certezas, surpreendentemente conseguidas à medida que o sórdido desconhecido Robert se intromete. O comportamento e discurso bizarros deste e da sua mulher fazem, inexplicavelmente à primeira vista, com que o casal se aproxime, que comece a comunicar, que fantasie, que se fortaleça emocional e sexualmente. Ian McEwan cita Cesare Pavese no início do seu livro: “Viajar é uma brutalidade. Força-nos a confiar em estranhos e a perder de vista todo o conforto familiar do lar e dos amigos. Fica-se em constante desequilíbrio (…)” E perante isto, somos levados naturalmente a entregarmo-nos àqueles que melhor conhecemos e em quem mais confiamos.
Contudo, paira no filme um clima constante de desconforto e desconfiança – mas também de atracção e fatalidade – e, como Colin e Mary, apercebemo-nos dos sinais, mas preferimos ignorar o perigo e deixarmo-nos arrastar, fascinados, para o abismo.
Um belíssimo filme, assim como o livro – um dos meus preferidos do autor –, que pode ser visto em vídeo ou integralmente no Youtube.
[Publicado originalmente na secção de cultura do portal "Geração C"]
terça-feira, julho 14, 2009
segunda-feira, julho 13, 2009
sábado, julho 11, 2009
"He"
Bryan Ferry - "She" [Opening the Cannes Film festival 2009]
He
May be the face I can't forget
The trace of pleasure or regret
May be my treasure or the price I have to pay
He
May be the song that summer sings
May be the chill that autumn brings
May be a hundred different things
Within the measure of a day
He
May be the beauty or the beast
May be the famine or the feast
May turn each day into a heaven or a hell
He may be the mirror of my dreams
The smile reflected in a stream
He may not be what he may seem
Inside his shell
He
Who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so private and so proud
No one's allowed to see them when they cry
He
May be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past
That I'll remember till the day I die
He
May be the reason I survive
The why and wherefore I'm alive
The one I'll care for through the rough in ready years
Me
I'll take his laughter and his tears
And make them all my souvenirs
For where he goes I've got to be
The meaning of my life is
He
He, oh he
sexta-feira, julho 10, 2009
Quero um destes!
Seafolly Matt Separates Mini Hipster Bikini Pant with Belt in French Blue. Lovely hipster bikini pant with belt and toggle trim which matches perfectly with the Matt Separates French Blue Halter Bra to create an Ursula Andres style 'Bond' bikini.
Etiquetas: Miranda Kerr
quinta-feira, julho 09, 2009
Ensaio sobre a sorte
Regresso a casa pela marginal. Debruço-me, e espreito as grandes pedras que separam o rio do muro. Lá em baixo, correm, felizes, ratos, ao entardecer. Ratos cinzentos, feios, de grandes caudas e portadores de doenças. Imagino serem uma família. As crias brincam. Saltitam de pedra em pedra, divertidas, para logo se esgueirarem por entre elas num jogo de esconde-esconde, infantil. Uma ratazana gorda, de pêlo opaco e gasto, vagueia por ali. Adivinho-a a mãe. Tiro do saco um pão e faço-lho chegar em pequenos pedacinhos. Os filhos assustam-se e fogem; ela, experiente, sem medo, fareja na sua direcção. Os infantes imitam-na. Repito o gesto vezes sem conta, e fico ali, entretida, a observá-los até me fartar de os ver regozijarem-se com o maná que lhes envio do céu.
Continuo caminho. Penso nos roedores. Era inimaginável aqueles seres nojentos terem alguém que lhes desse de comer. “Saiu-lhes a sorte grande”, deixo escapar em voz baixa. E sorrio optimista. Afinal, pode ser que Deus, ou lá que entidade é que dá sorte ao jogo, se queira divertir comigo também.
terça-feira, julho 07, 2009
Simão, o Homem dos Sete Instrumentos
• Simão, 7 anos
• Eu
• Um grupo de amigos e os seus filhos
Cenário:
Verão, férias, calor, e um grupo de amigos reúne-se, depois do jantar, no bar do hotel, ao pé da piscina, para tomar café e conversar. Os seus filhos brincam por ali. O Simão é um deles.
De tronco nu, vejo-o brincar com duas palhinhas de plástico.
A certa altura dirige-se à nossa mesa e diz:
Acção:
– Vejam só o que eu inventei!
Debaixo de cada um dos braços – dobrados como se imitasse as asas de uma galinha – trás, enfiadas nas axilas, uma das extremidades das palhinhas. Nas outras, que segura com as mãos e que com agilidade faz chegar até à boca, sopra, alternadamente, à medida que mexe ligeiramente para cima e para baixo os braços, como se ensaiasse o bater dos membros das ditas aves. Emite um som estranho, oco, gasoso, ritmado pelo movimento dos braços que nos faz desatar a rir. Ufano com o feito, ele explica:
– Chama-se Saxo-sovaco!
quinta-feira, julho 02, 2009
A Menina com Gatos na Cabeça (12)
Everybody Wants to be a Cat - Aristocats