terça-feira, julho 29, 2008
O que faço contigo, [Meu Amor]?, passo os dias a pensar em ti, à tua espera [exactamente como dantes, num encore sem sentido]. Vagueio pelas ruas da cidade com o intuito de te fintar na memória, de te esquecer ao virar de uma esquina, [em vão]. Desço o rio, em direcção à foz, tentando perder-me na beleza da tela que é um pescador em contra luz, ou um barco solitário na água espelhada, mas, ao longe, algures, um fado qualquer, parece conhecer a nossa história avisando insistentemente “Vê como os búzios caíram virados para norte” e ameaçando com profecias “Pois eu vou mexer no destino, vou mudar-te a sorte”.
segunda-feira, julho 28, 2008
Workshops de Escrita Criativa para Crianças - 2008
Nestas férias vou, novamente, dar Workshops de Escrita Criativa para Crianças dos 5 aos 12 anos, no Mundo em Festa, em Leça do Balio.
Os cursos têm como objectivo incentivar os mais pequenos a trazerem - de forma lúdica - do seu universo imaginário para o papel, ideias e personagens, concretizando-os numa história, criando, desta forma, o seu primeiro livro.
Do surgimento da ideia, à construção da narrativa, passando pela ilustração, a criança vai aprendendo como se constrói uma história, ferramenta fundamental para o seu gosto pela escrita e para o seu sucesso escolar: a partir daqui, verão como fazer uma composição passará a ser um prazer e não um sacrifício.
As datas dos workshops são flexíveis com as vossas preferências e dependentes dos dias em que existirem mais inscrições.
Mais informações e preços em: Mundo em Festa:
Os cursos têm como objectivo incentivar os mais pequenos a trazerem - de forma lúdica - do seu universo imaginário para o papel, ideias e personagens, concretizando-os numa história, criando, desta forma, o seu primeiro livro.
Do surgimento da ideia, à construção da narrativa, passando pela ilustração, a criança vai aprendendo como se constrói uma história, ferramenta fundamental para o seu gosto pela escrita e para o seu sucesso escolar: a partir daqui, verão como fazer uma composição passará a ser um prazer e não um sacrifício.
As datas dos workshops são flexíveis com as vossas preferências e dependentes dos dias em que existirem mais inscrições.
Mais informações e preços em: Mundo em Festa:
Tel.: 22 90 60 700;
Tlm.: 91 98 26 290;
E-mail: mundoemfesta@mail.telepac.pt
Centro Empresarial Lionesa Edif.: G 34 – 4465-671 Leça do Balio
Tlm.: 91 98 26 290;
E-mail: mundoemfesta@mail.telepac.pt
Centro Empresarial Lionesa Edif.: G 34 – 4465-671 Leça do Balio
sexta-feira, julho 25, 2008
Eu hoje [também*] acordei assim...™
White Stripes - I don't know what to do with myself
... que maçada este meu eterno descontentamento. I just don't know what to do with myself...
*estado de espírito de ontem da Maria
*estado de espírito de ontem da Maria
quinta-feira, julho 24, 2008
Há dias assim...
Sex and the City
... em que a felicidade depende de gestos tão simples, para ser [literalmente] cor-de-rosa.
terça-feira, julho 22, 2008
segunda-feira, julho 21, 2008
À Primeira…
Sex and the City
…quem quer, cai. À segunda, só cai quem quer. À terceira, só cai quem é tolo [e eu sou doida por ti]… É que este disco [Meu Amor] há muito que está riscado!
sábado, julho 19, 2008
Há dias assim...
Sex and the City
... em que a realidade insiste em nos arrastar para terra e nos estragar a perfeição. E, a maioria das vezes, nem sequer com ironia, para nos valer.
Tudo o que vemos é outra coisa...
Ah, tudo…
Ah, tudo é símbolo e analogia!
O vento que passa, a noite que esfria,
São outra coisa que a noite e o vento —
Sombras de vida e de pensamento.
Tudo o que vemos é outra coisa.
A maré vasta, a maré ansiosa,
E o eco da outra maré que está
Onde é real o mundo que há.
Tudo o que temos é esquecimento.
A noite fria, o passar do vento,
São sombras de mãos, cujos gestos são
A realidade desta ilusão.
Primeiro Fausto.
O. C., VI v., 1952, p. 76.
Fernando Pessoa
Ah, tudo é símbolo e analogia!
O vento que passa, a noite que esfria,
São outra coisa que a noite e o vento —
Sombras de vida e de pensamento.
Tudo o que vemos é outra coisa.
A maré vasta, a maré ansiosa,
E o eco da outra maré que está
Onde é real o mundo que há.
Tudo o que temos é esquecimento.
A noite fria, o passar do vento,
São sombras de mãos, cujos gestos são
A realidade desta ilusão.
Primeiro Fausto.
O. C., VI v., 1952, p. 76.
Fernando Pessoa
sexta-feira, julho 18, 2008
quarta-feira, julho 16, 2008
[Porque sim]
Cheguei agora a casa, Meu Amor. Tenho a pele morena. O sol queimou-a impiedosamente para que se parecesse com a tua. [Para me fazer lembrar de ti.] O salitre temperou-a para que soubesse ao teu suor. A água percorreu-me o corpo em carícias sucessivas. Perigosas. Deliciosas! Fez atirar-me de cabeça. Deixar-me envolver por ela. Ir ao fundo para voltar à tona quase sem ar! [Como tu fizeste comigo…]
Hoje não me procuraste. Sei que um dia deixarás [novamente] de o fazer. Assim como a maré – que vai e vem – tu irás também um dia. Sem aviso e sem lógica. Por conjuntura cósmica. Porque sim.
Hoje não me procuraste. Sei que um dia deixarás [novamente] de o fazer. Assim como a maré – que vai e vem – tu irás também um dia. Sem aviso e sem lógica. Por conjuntura cósmica. Porque sim.
terça-feira, julho 15, 2008
segunda-feira, julho 14, 2008
quinta-feira, julho 10, 2008
Para Ti:
Moby - Why Does My Heart Feel So Bad
Porque a vida [na Terra] nem sempre é fácil…
sabe, Meu Amor, que teremos sempre a minha Lua.
quarta-feira, julho 09, 2008
Na Caixinha de Música
David Bowie - Wild Is The Wind
"(...)
You touch me, I hear the sound of mandolins
You kiss me
With your kiss my life begins
You're spring to me, all things to me
Don't you know, you're life itself!
(...)"
terça-feira, julho 08, 2008
segunda-feira, julho 07, 2008
Parem!
Parem tudo!:
Desliguem os telefones, impeçam o grilo de cantar, ponham na rua os convidados, mandem lá para fora as crianças. Suspendam o trabalho, suprimam as refeições, anulem os compromissos, cancelem as minhas obrigações.
Não façam barulho!
Não falem comigo!
O Meu Amor voltou, e o meu mundo agora é ele!
Desliguem os telefones, impeçam o grilo de cantar, ponham na rua os convidados, mandem lá para fora as crianças. Suspendam o trabalho, suprimam as refeições, anulem os compromissos, cancelem as minhas obrigações.
Não façam barulho!
Não falem comigo!
O Meu Amor voltou, e o meu mundo agora é ele!
domingo, julho 06, 2008
Sobre o Caminho: Se...
Imagem retirada daqui
E se já não és o mesmo? Se já não tens o mesmo cheiro? Se as linhas das tuas mãos já não encaixam nas minhas; se já não bailam em sincronia? Se os teus olhos brilhantes se tornaram baços e os teus cabelos ébanos clarearam? Se o teu sorriso já não é igual, nem são macios os teus lábios? Se o teu sexo não cabe no meu, nem o teu raciocínio me acompanha?!
É que a vida, Meu Amor, ensinou-me a não confiar nos homens, e a experiência, a não acreditar em ti.
E se já não és o mesmo? Se já não tens o mesmo cheiro? Se as linhas das tuas mãos já não encaixam nas minhas; se já não bailam em sincronia? Se os teus olhos brilhantes se tornaram baços e os teus cabelos ébanos clarearam? Se o teu sorriso já não é igual, nem são macios os teus lábios? Se o teu sexo não cabe no meu, nem o teu raciocínio me acompanha?!
É que a vida, Meu Amor, ensinou-me a não confiar nos homens, e a experiência, a não acreditar em ti.
sábado, julho 05, 2008
Eu hoje acordei assim...™
Do Amor
JULIETA — Já foste?, meu senhor, meu Amor, meu amigo!
De ti, quero saber a todas as horas, porque um minuto encerra muitos dias.
Oh!, visto assim, ficarei velha antes de voltar a ter o meu Romeu.
ROMEU — Adeus! Não deixarei passar um só momento sem te mandar contar do meu amor.
JULIETA — Oh! pensas mesmo que voltaremos a ver-nos?
ROMEU — Não o duvido; e todas estas angústias servirão ainda para doces conversas no tempo em que ficaremos juntos.
Romeo & Juliet, Acto III, Cena V.
JULIETA — Oh! pensas mesmo que voltaremos a ver-nos?
ROMEU — Não o duvido; e todas estas angústias servirão ainda para doces conversas no tempo em que ficaremos juntos.
Romeo & Juliet, Acto III, Cena V.
sexta-feira, julho 04, 2008
quinta-feira, julho 03, 2008
Tomás, o Mister Desmotivador
Personagens:
• Tomás, 10 anos
• Simão, 7 anos
• Catarina, 11 anos
• Eu (isso, agora, não interessa mesmo nada)
Cenário:
Ontem à noite, num relvado de um campo de futebol de um conhecido colégio da cidade, eu jogava heroicamente futebol com três crianças.
Às páginas tantas, já o coração parecia querer saltar-me a galope pela boca, tal o esforço que o exercício me exigia, dobro-me, apoio as mãos nos joelhos e, ofegante, informo resignada:
Acção:
– Desisto! Já estou velha para isto!
O meu sobrinho mais velho, sempre cordial e amigo – mas também consciente de que a equipa se desmoronava e que lá se ia a brincadeira – incentiva-me:
– Vá lá, não desistas! Tu jogas muito bem!...
Lisonjeada, levanto a cabeça numa derradeira tentativa de continuar, mas, o argumento – supostamente encorajador – que se segue, cai sobre mim como um balde de água fria, fazendo-me definitivamente resignar da minha posição de avançado:
– … tu jogas, quase, tão bem como o meu pai!
É que não estão a ver o meu cunhado, um fumador incorrigível, com uns bons valentes quilos a mais, nada dado a actividades físicas e que de desportivo, meus caros leitores, só tem o BMW descapotável na garagem.
[Também postado aqui]
• Tomás, 10 anos
• Simão, 7 anos
• Catarina, 11 anos
• Eu (isso, agora, não interessa mesmo nada)
Cenário:
Ontem à noite, num relvado de um campo de futebol de um conhecido colégio da cidade, eu jogava heroicamente futebol com três crianças.
Às páginas tantas, já o coração parecia querer saltar-me a galope pela boca, tal o esforço que o exercício me exigia, dobro-me, apoio as mãos nos joelhos e, ofegante, informo resignada:
Acção:
– Desisto! Já estou velha para isto!
O meu sobrinho mais velho, sempre cordial e amigo – mas também consciente de que a equipa se desmoronava e que lá se ia a brincadeira – incentiva-me:
– Vá lá, não desistas! Tu jogas muito bem!...
Lisonjeada, levanto a cabeça numa derradeira tentativa de continuar, mas, o argumento – supostamente encorajador – que se segue, cai sobre mim como um balde de água fria, fazendo-me definitivamente resignar da minha posição de avançado:
– … tu jogas, quase, tão bem como o meu pai!
É que não estão a ver o meu cunhado, um fumador incorrigível, com uns bons valentes quilos a mais, nada dado a actividades físicas e que de desportivo, meus caros leitores, só tem o BMW descapotável na garagem.
[Também postado aqui]
Saudades...
E tu? Como estás tu, aí desse lado onde não te sabia?
Sabes, seria tão bom ouvir-te as palavras... Sentir-te o toque; o cheiro da pele; a textura dos cabelos azeviches… mas não sei como encontrar-te.
Tenho saudades, creio que me farto de repeti-lo à Lua…
Tu, nunca foste porto de abrigo! Foste o mar alto, profundo e agitado, que me atraiu sempre, e me tenta – sim, ainda me tenta –, por ser tão inevitável perder-me na Tua tormenta, no teu abismo.
Como estás tu?
Gostar de saber de ti é mais forte do que eu. Esta vontade prende-se a mim, agarra-me, escraviza-me como se tivesses aberto sulcos nas minhas mãos, e criado novas linhas, que abrem outro destino dentro do destino que desconheço.
Tenho saudades, e agora sabes isso, mais ainda do que sempre soubeste, Meu Amor.
Sabes, seria tão bom ouvir-te as palavras... Sentir-te o toque; o cheiro da pele; a textura dos cabelos azeviches… mas não sei como encontrar-te.
Tenho saudades, creio que me farto de repeti-lo à Lua…
Tu, nunca foste porto de abrigo! Foste o mar alto, profundo e agitado, que me atraiu sempre, e me tenta – sim, ainda me tenta –, por ser tão inevitável perder-me na Tua tormenta, no teu abismo.
Como estás tu?
Gostar de saber de ti é mais forte do que eu. Esta vontade prende-se a mim, agarra-me, escraviza-me como se tivesses aberto sulcos nas minhas mãos, e criado novas linhas, que abrem outro destino dentro do destino que desconheço.
Tenho saudades, e agora sabes isso, mais ainda do que sempre soubeste, Meu Amor.
A Dúvida
E no meio da noite – de uma dessas noites de que aqui vos falo – ela inclinou-se sedutoramente sobre ele, fazendo-o sorrir com as cócegas provocadas pela deslocação de ar no lóbulo da sua orelha esquerda, e sussurrou-lhe ao ouvido:
– Por que me tratas, às vezes, ainda, depois de tanto tempo, por você, Meu Amor?
– Por que me tratas, às vezes, ainda, depois de tanto tempo, por você, Meu Amor?
Neverending Stories (5)
"Por isso agora te acolho (...), e te beijo sobre os lábios porque ambos, fazemos parte do mesmo e comungamos através do mesmo sacrifício (...)"
quarta-feira, julho 02, 2008
Neverending Stories (4)
Ela não tinha a certeza, ainda, de que era ele. Faltava-lhe o derradeiro sinal, a palavra-chave, aquela – única – capaz de abrir a porta para o mundo de mágicos e fadas, de magos e sábios que era o deles.
Neverending Stories (3)
"O coração do velho mágico estava ainda um turbilhão de sentimentos, agitado pela alegria do encantamento que tinha lançado na noite anterior sobre a flauta de pan – outrora oferecida pelas fadas a um outro mágico seu irmão – e pela memória dos amigos desaparecidos por quem jurara a si próprio nunca mais encantar o Flautim.
Sentia-se de partida para a terra dos mágicos pois que também ele agora pertencia a esse lugar misterioso muito mais do que a outros, por onde passara durante tantos anos.
Ao longe, já quase desaparecida, podia ainda ouvir na memória a melodia da flauta encantada como se estivessem ela e ele, unificados pela fé de que ainda um dia estariam juntos por uma vez mais.
(...)
Sentia apenas a doce saudade da velha flauta encantada muito embora de facto, soubesse bem que jamais se separaria dela. E parou ali. Por um momento breve pensou que jamais a tornaria a ver e, embora lhe custasse, o facto de se ter tornado sábio, dava-lhe agora a certeza, de que existem coisas que só se abandonam por se amarem mais do que a vida.
Depois, por um momento, lembrou-se de uma velha melodia da terra das fadas, que lhe cantara o Flautim um dia... (...)"
Como seria a letra dessa canção, ainda se recordaria?
Sentia-se de partida para a terra dos mágicos pois que também ele agora pertencia a esse lugar misterioso muito mais do que a outros, por onde passara durante tantos anos.
Ao longe, já quase desaparecida, podia ainda ouvir na memória a melodia da flauta encantada como se estivessem ela e ele, unificados pela fé de que ainda um dia estariam juntos por uma vez mais.
(...)
Sentia apenas a doce saudade da velha flauta encantada muito embora de facto, soubesse bem que jamais se separaria dela. E parou ali. Por um momento breve pensou que jamais a tornaria a ver e, embora lhe custasse, o facto de se ter tornado sábio, dava-lhe agora a certeza, de que existem coisas que só se abandonam por se amarem mais do que a vida.
Depois, por um momento, lembrou-se de uma velha melodia da terra das fadas, que lhe cantara o Flautim um dia... (...)"
Como seria a letra dessa canção, ainda se recordaria?
Neverending Stories (2)
"Diz-me a verdade, Meu Amor, diz-me a verdade...
Mesmo que doa, diz-me; (...)"
Mesmo que doa, diz-me; (...)"
terça-feira, julho 01, 2008
... e acordar assim:
Lisa Ekdahl - Daybreak
Percebes, agora, [Meu Amor], porque é que eu não me importo consigo viver sem asas?
Neverending Stories
"Já haviam passado muitos anos desde que falara com o Flautim pela última vez.
Porém, o ritmo voltava-lhe aos dedos... assim, sem mais nem menos e, sem que estranhasse sequer a falta que a sombra dos dias deixara perder por entre a memória até perder de vez o Flautim.
Mas afinal era ele o mágico. Cada gesto seu, cada palavra, tinham ainda o poder de produzir o encantamento forte que fazia o Flautim vibrar até deixar escapar uma melodia antiga sobre os tempos em que os homens eram mágicos e a terra falava. (...)"
Porém, o ritmo voltava-lhe aos dedos... assim, sem mais nem menos e, sem que estranhasse sequer a falta que a sombra dos dias deixara perder por entre a memória até perder de vez o Flautim.
Mas afinal era ele o mágico. Cada gesto seu, cada palavra, tinham ainda o poder de produzir o encantamento forte que fazia o Flautim vibrar até deixar escapar uma melodia antiga sobre os tempos em que os homens eram mágicos e a terra falava. (...)"
Na Caixinha de Música
Bryan Ferry - You Do Something To Me
You do something to me
Something that simply mystifies me
Tell me, why should it be
You have the power to hypnotize me.
Let me live 'neath your spell
Do do that vodoo that you do so well
For you do something to me
That nobody else could do.
Let me live 'neath your spell
Do do that vodoo that you do so well
For you do something to me
That nobody else could do.
Letra de Cole Porter
You do something to me
Something that simply mystifies me
Tell me, why should it be
You have the power to hypnotize me.
Let me live 'neath your spell
Do do that vodoo that you do so well
For you do something to me
That nobody else could do.
Let me live 'neath your spell
Do do that vodoo that you do so well
For you do something to me
That nobody else could do.
Letra de Cole Porter