sexta-feira, outubro 30, 2009

Eu, sim, é que vivi um verdadeiro choque tecnológico na minha infância!

Comecei a escola primária com um Caetanolhães. Seguiu-se-lhe um Spínolhães e um PalmaCarloslhães. Depois, impingiram-me um VascoGonçalveslhães cheio de erros e de bugs, uma boa caca, um verdadeiro retrocesso tecnológico, a que sucedeu um PinheirodeAzevedolhães e um AlmeidaeCostalhães. Só, finalmente, a coisa começou – apesar de tudo – a estabilizar, quando estava eu já a pirar-me para o Ciclo Preparatório e surgiu o Soareslhães.


O meu Caetanolhães já com Folha de Cálculo incorporada


O Spínolhães e o PalmaCarloslhães (várias cores disponíveis)


O VascoGonçalveslhães (Blaaac!)



O AlmeidaeCostalhães e o PinheirodeAzevedolhães


O Soareslhães (vários modelos disponíves - conforme a quem se dirige)

E você, também teve um Salazalhães?


O João Villalobos confessa no Facebook que teve, na sua Primária, um Salazalhães destes.

segunda-feira, outubro 26, 2009

O melhor amigo das mulheres

© Foto: Ellen von Unwerth

Verdadeiro. Fiel. Incondicional.

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Como o nosso amor

Tenho o silêncio nos dedos - incapazes de produzirem qualquer palavra. Calados. Mudos. Estéreis. Como tu e eu. Como o nosso amor.

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domingo, outubro 25, 2009

Giro, giro...



Vá, corram a mandar fazer o vosso na E-Unic.com!

quinta-feira, outubro 22, 2009

Caín, Saramago, Bíblia, Fé… Anjos


Percebem, agora, por que não me importo de ter asas? Porque acredito!

segunda-feira, outubro 19, 2009

Variações de como se pode sobreviver


We Will Survive: Igudesman & Joo + Kremer & Kremerata

domingo, outubro 18, 2009

Se tu viesses ver-me [Meu Amor]...

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...


"Se tu viesses ver-me...", Florbela Espanca, in Charneca em Flor, 1931.

sábado, outubro 17, 2009

Há alturas em que não me importo de ser gótica


Night Hotel - New York City

ficamos aqui. Pode ser?

sexta-feira, outubro 16, 2009

Há dias...

em que só queremos ser abraçados.

quarta-feira, outubro 14, 2009

Divorciem-se! Dêem os filhos! Livrem-se dos pais! Não queiram problemas com a lei!


Pela portaria 1226/2009, publicada anteontem, anexo I, ponto 1.2, é proibida a detenção de espécimes vivos de todas as espécies da espécie Primates (ordem dos primatas), bem como dos híbridos deles resultantes.
A saber, segundo a Wikipédia, Primatas
são os mamíferos que compõe a ordem Primates, onde estão incluídos os micos, os macacos, os gorilas, os chimpanzés, os orangotangos, os lêmures, os babuínos, os seres humanos e outros hominídeos.
Vá, toca a despachar a bicharada aí de casa!

Verdades [quase] Absolutas

"(...) toda a mulher deseja, secretamente ou não, um médico em casa (estetoscópio tem sexo written all over it)". [in Lady oh my dog - esta tipa tem imensa piada]

Colin Farrell diz olá à Sofia.



E, pronto, a Sofia fica muito feliz.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Felicidade é…

Ontem, vesti os meus calções mais esfarrapados, o meu pólo mais gasto, calcei as minhas sapatilhas mais masculinas. Não tomei banho, não pus perfume, não penteei o cabelo. Nenhum adereço feminino adornou o meu corpo. E, de costas direitas e cabeça erguida, passeei, assim, sozinha, pelas ruas da marginal da cidade. No fim, já de noite, deitei-me nas pedras sujas, quentes, do meu lugar preferido, em frente ao rio, a olhar o céu: um firmamento nítido, límpido, estrelado. Senti-me tremendamente sensual. Tremendamente feminina. Tremendamente feliz, caramba!

quinta-feira, outubro 08, 2009

Meteorologia

© Foto: Elena Chernenko

Lunata passou o dia a secar as nuvens. Agora, vai passá-las a ferro. Amanhã estará um dia fantástico de sol. Vão ver!

quarta-feira, outubro 07, 2009

[Finalmente] viva. Outra vez.

Dói-me. Desmesuradamente.
Gostar de ti.

terça-feira, outubro 06, 2009

[Re]Viver

Na foto: Colin Farrell e Clémence Poésy / © Foto: Jaap Buitendijk

Vou deixar de tomar a medicação. Quero voltar a sentir-me viva. Quero voltar a estar triste, voltar a sentir-me miserável, voltar a sofrer por ti. Quero subir ao Paraíso para logo descer ao Inferno. Quero rir compulsivamente para de seguida chorar desalmadamente. Quero arrepiar-me com o toque das tuas mãos, com o sentir dos teus lábios, com o roçar do teu sexo. Quero desesperar com a ausência das tuas palavras, com o atraso dos teus telefonemas, com a inexistência das tuas visitas. Quero sofrer de desejo nos momentos que antecedem a penetração e gritar de prazer quando estás dentro de mim. Quero voltar a ser pele e osso, a ter olheiras, nós na garganta. Quero ter medo de te perder porque é sinal que te sinto meu.
Vou deixar de tomar a medicação. Descristalizar esta felicidade artificial, contida. Mal ou bem, quero voltar a viver.

sexta-feira, outubro 02, 2009

Quando morre o amor

Na foto: Natalia Vodianova / © Foto: ?

Ficamos sem quase nada a que nos possamos agarrar.

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quinta-feira, outubro 01, 2009

Simão, e o outro lado da Força. Ou não.

Personagens:
• Simão, 8 anos
• Eu

Cenário:
Eu, uma Vader convicta
aqui da Armada, tenho uma confissão [séria] a fazer-vos: nunca vi a “Guerra das Estrelas”.
Ontem, ao reparar, pousados na mesa do quarto dos brinquedos, em dois livros sobre o assunto, resolvo pedir ao Simão um breve e resumido – pensava eu – esclarecimento que me elucide de uma vez por todas.
Durante uma explicação longa e pormenorizada, repleta de uma catrefada de personagens horrendos e sinistros que jamais serei capaz de memorizar e que se renovam ou multiplicam a cada novo filme, eis que surge um miudinho loirinho, de ar inocente, que o meu sobrinho me assegura ser o Darth Vader. Desconfio. “Tão ignorante também não sou”, argumento. Para mim, tal maléfico personagem, usa uma máscara escura e uma capa – como tantas vezes tenho visto à
rapaziada cá da casa – e respira ofegante e lentamente, quase como o país nos últimos tempos devido à tão célebre asfixia democrática. O Simão indigna-se, diz que, sim, que é ele, que está certo das suas afirmações, que é Darth Vader em criança, nessa altura intitulado Anakin Skywalker, filho de uma tal Shimi Skywalker e de um caçador que a violou (foi isto que ele me impingiu, juro, apesar da wikipédia desmentir). Céptica, interrogo-o:

Acção:
– Então, e a máscara?
– A máscara e aquele corpo só lhos puseram mais tarde. Depois de lhe terem sido cortados os braços e as pernas e de ter ficado com a cara toda desfeita com lava.
E a cada explicação faz, convictamente, nos seus, o gesto dos membros a serem amputados e da face a ser desfigurada.
Eu, incrédula, questiono:
– Cortaram-lhe os braços e as pernas?
– Tudo! – Exclama, dramático. – E para tornar mais convincente a sua explicação, acrescenta: – Se queres que te diga, acho até que lhe cortaram a pila. Cá para mim, puseram-lhe depois uma pila robótica!
E, pronto, meus caros camaradas, perante esta explicação, não quis saber mais nada. Sobre o Darth Vader, fiquei esclarecida.

Love is not a victory march...


Damien Rice - Hallelujah

it's a cold and its a broken Hallelujah.

Tonta. De ternura.

© Foto: Ruven Afanador

Há uns tempos, ao entrar em casa, vi a vizinha da frente, zangada, ralhar com a sua gata, falando-lhe como se de uma criança se tratasse, inquirindo-a se aquilo eram horas de chegar, mandando-a entrar, já, à sua frente, que a comida estava no prato.
Lembrei-me dele. De abanar a caixa de Brekies e de o chamar; fazê-lo, desta forma, ouvir a léguas o anunciar da refeição que o esperava, e de ver ao longe, muito ao longe, num pontinho doirado, o seu passo acelerar-se na minha direcção, adivinhando-lhe o miar a cada movimento do focinho quando, já mais perto, lhe conseguia distinguir o riscado perfeito.
Várias vezes devo ter passado por tola aos olhos da vizinhança pelo ridículo da situação. Várias vezes, devem ter-me intitulado doida. Maluca. Louca... E era! Pela a alegria de o ter ali, à minha volta, rodopiando, investindo turrinhas na palma da minha mão, pequenos saltos, delicadas investidas, implorando atenção, implorando festas, implorando palavras ridículas, tontas, sim, que só se dizem àqueles que gostamos muito: Liiindo! Muito lindo! Gato muuuito liiiindo!