quinta-feira, março 30, 2006
Depois de a ter feito sofrer, alterando-lhe o humor e a disposição, deixando-a ora miserável, ora eufórica, eis que surge, como se nada fosse – o período – vivo e rosadinho, como um camponês.
Colagens
Perfeição
O corpo e a inteligência de A; a responsabilidade e os princípios de B; a bondade e a serenidade de C.
O corpo e a inteligência de A; a responsabilidade e os princípios de B; a bondade e a serenidade de C.
terça-feira, março 28, 2006
Conversa entre duas amigas
[Sábado passado, numa festa excêntrica]
S. (a contar as novidades) − Sabes, vou pôr aparelho!
P. (entusiasmada com o assunto) − Ah… também eu!!
S. − Já fiz os moldes e tudo!
P. (silenciosa, com ar de espanto… quase, pânico ao ouvir a palavra “moldes”) − …
S. (depois de uns segundos, os suficientes para perceber a reacção da outra) − AHAHAHAHA… epá, não é desses, é nos dentes, caraças!!!
S. (a contar as novidades) − Sabes, vou pôr aparelho!
P. (entusiasmada com o assunto) − Ah… também eu!!
S. − Já fiz os moldes e tudo!
P. (silenciosa, com ar de espanto… quase, pânico ao ouvir a palavra “moldes”) − …
S. (depois de uns segundos, os suficientes para perceber a reacção da outra) − AHAHAHAHA… epá, não é desses, é nos dentes, caraças!!!
segunda-feira, março 27, 2006
Análise
Segundo os dados do Site Meter, desde que publico anjos no meu blog, a sua frequência aumentou significativamente, o que me deixa a reflectir se será a angeologia uma temática que interessa, de facto, à comunidade de bloggers.
Pena que o dito indicador não me forneça dados sobre o sexo desses visitantes...
Pena que o dito indicador não me forneça dados sobre o sexo desses visitantes...
domingo, março 26, 2006
Eu hoje acordei assim... ™
Underneath Your Clothes
There's an endless story
There's the man I chose
There's my territory
And all the things I deserve
For being such a good girl honey
There's an endless story
There's the man I chose
There's my territory
And all the things I deserve
For being such a good girl honey
SHAKIRA - Underneath Your Clothes
O Düss responde:
- Não sou nada. Sou um gnomo. E tu gostas mais de mim do que de chocola... leitão! Eh eh eh...
sexta-feira, março 24, 2006
quinta-feira, março 23, 2006
E-mail do Düss ao São Pedro
Ouve lá, pá, pára lá de mijar que já alagaste esta merda toda! Sempre a pingar, sempre a pingar… já viste essa próstata? Conheço um urologista que te faz um toque rectal que não custa nada. Até te deixa consolado! (eh eh eh)
Vê lá isso, pá!
Um abraço
Düss El Dwarf
Foto: Tim Zeug
Vê lá isso, pá!
Um abraço
Düss El Dwarf
Foto: Tim Zeug
quarta-feira, março 22, 2006
Finalmente, livres
Doíam-lhe os ombros, uma dor continuada, lancinante que lhe perturbava o sono e a impedia das tarefas rotineiras da sua, vulgar, existência terrena.
Ali, onde o vértice superior das omoplatas se encontrava, ao de leve, com a primeira (ou segunda) vértebra cervical, sentia, havia meses, essa “moideira” incomodativa que descia, persistente, alguns centímetros, ao longo da coluna. Impotente no seu sofrimento, havia-se resignado a ter de viver eternamente com ela.
Antes, porém, tinha consultado especialistas: sábios catedráticos haviam-na examinado, por dentro e por fora, com os mais sofisticados e modernos meios ao dispor da medicina actual. Havia também recorrido a outro tipo de sábios: os do espírito, que depois de lhe terem tentado ler a mente, invocado vidas passadas e convocado almas do além, haviam chegado ao mesmo diagnóstico que os mestres da ciência: nada de estranho existia ali, no seu corpo, e todas suas dores dependiam, única e exclusivamente, da sua cabeça.
Certa noite − uma noite de Primavera em que a Lua, generosa nas formas e na brancura, se pendurara num límpido céu sarapintado de estrelas −, durante o sono, sob aconchego das penas do seu édredon, sentiu, derradeiramente, aquela dor que a dilacerava. Dessa vez, contudo, esta foi tão intensa e dolorosa que a arrastou de um confuso e tortuoso sonho, e a despertou, em clímax, num grito violento e estrondoso, tão estrondoso capaz de acordar o sol que rompeu, imediatamente, numa manhã, clara, encantadora.
Despertada daquela angústia − e sem dores − sentiu-se tão leve, mas tão leve, que o leito lhe pareceu uma fofa nuvem, fiapos brancos de penas que aquela manhã luzidia tornava ainda mais imaculados. Estranhando tal leveza voou ao espelho, a mirar-se: os seus seios, outrora cheios e pesados, de atrevidos mamilos apontando o céu, haviam desaparecido, cedendo lugar a dois andróginos e incipientes botões; o ventre firme e roliço; as ancas fartas de mulher, haviam minguado; e onde antes terminava em triângulo, encaracolado, revoltoso, o seu sexo, brilhava agora, quase imperceptível, uma pueril penugem doirada. Nas costas, porém, ainda macias de menina, mesmo ali onde antes acabava o tal vértice, despontavam, agora, grandiosas, triunfantes, finalmente livres, prontas para voar, duas belas asas de querubim.
© Sofia Bragança Buchholz, 2006. Reprodução Interdita
Ali, onde o vértice superior das omoplatas se encontrava, ao de leve, com a primeira (ou segunda) vértebra cervical, sentia, havia meses, essa “moideira” incomodativa que descia, persistente, alguns centímetros, ao longo da coluna. Impotente no seu sofrimento, havia-se resignado a ter de viver eternamente com ela.
Antes, porém, tinha consultado especialistas: sábios catedráticos haviam-na examinado, por dentro e por fora, com os mais sofisticados e modernos meios ao dispor da medicina actual. Havia também recorrido a outro tipo de sábios: os do espírito, que depois de lhe terem tentado ler a mente, invocado vidas passadas e convocado almas do além, haviam chegado ao mesmo diagnóstico que os mestres da ciência: nada de estranho existia ali, no seu corpo, e todas suas dores dependiam, única e exclusivamente, da sua cabeça.
Certa noite − uma noite de Primavera em que a Lua, generosa nas formas e na brancura, se pendurara num límpido céu sarapintado de estrelas −, durante o sono, sob aconchego das penas do seu édredon, sentiu, derradeiramente, aquela dor que a dilacerava. Dessa vez, contudo, esta foi tão intensa e dolorosa que a arrastou de um confuso e tortuoso sonho, e a despertou, em clímax, num grito violento e estrondoso, tão estrondoso capaz de acordar o sol que rompeu, imediatamente, numa manhã, clara, encantadora.
Despertada daquela angústia − e sem dores − sentiu-se tão leve, mas tão leve, que o leito lhe pareceu uma fofa nuvem, fiapos brancos de penas que aquela manhã luzidia tornava ainda mais imaculados. Estranhando tal leveza voou ao espelho, a mirar-se: os seus seios, outrora cheios e pesados, de atrevidos mamilos apontando o céu, haviam desaparecido, cedendo lugar a dois andróginos e incipientes botões; o ventre firme e roliço; as ancas fartas de mulher, haviam minguado; e onde antes terminava em triângulo, encaracolado, revoltoso, o seu sexo, brilhava agora, quase imperceptível, uma pueril penugem doirada. Nas costas, porém, ainda macias de menina, mesmo ali onde antes acabava o tal vértice, despontavam, agora, grandiosas, triunfantes, finalmente livres, prontas para voar, duas belas asas de querubim.
© Sofia Bragança Buchholz, 2006. Reprodução Interdita
terça-feira, março 21, 2006
Dia Mundial da Poesia
Sessões de leitura na Casa Fernando Pessoa dia 21 às 18h30 e 21h30
Poetas presentes: Adília Lopes, Ana Hatherly, Ana Luísa Amaral, António Osório, Bernardo Pinto de Almeida, Fernando Pinto do Amaral, Gastão Cruz, Maria do Rosário Pedreira, Nuno Júdice, Pedro Mexia, Pedro Tamen e Yvette K. Centeno.
Cada poeta lerá dois poemas de sua autoria e dois poemas de outros autores. Haverá uma exposição de manuscritos dos poetas convidados que serão publicados em formato de postal ilustrado no Dia Mundial do Livro (23 de Abril), numa colecção especial da Casa Fernando Pessoa. Ao longo do dia 21, ainda na Casa Fernando Pessoa, assinalar-se-á igualmente o nascimento de J. S. Bach, estando prevista a execução de um programa musical a definir com obras do compositor.
[Mais informações: Mundo Pessoa]
Poetas presentes: Adília Lopes, Ana Hatherly, Ana Luísa Amaral, António Osório, Bernardo Pinto de Almeida, Fernando Pinto do Amaral, Gastão Cruz, Maria do Rosário Pedreira, Nuno Júdice, Pedro Mexia, Pedro Tamen e Yvette K. Centeno.
Cada poeta lerá dois poemas de sua autoria e dois poemas de outros autores. Haverá uma exposição de manuscritos dos poetas convidados que serão publicados em formato de postal ilustrado no Dia Mundial do Livro (23 de Abril), numa colecção especial da Casa Fernando Pessoa. Ao longo do dia 21, ainda na Casa Fernando Pessoa, assinalar-se-á igualmente o nascimento de J. S. Bach, estando prevista a execução de um programa musical a definir com obras do compositor.
[Mais informações: Mundo Pessoa]
segunda-feira, março 20, 2006
quinta-feira, março 16, 2006
Simão, o (malandro) apaixonado
Personagens:
• Simão, 5 anos
Acção:
[Deitado na cama, divagando:]
− Anda cá, minha princezinha, Fiona, vamos fazer sexi antes que chegue o vizinho!...
Acção:
[Deitado na cama, divagando:]
− Anda cá, minha princezinha, Fiona, vamos fazer sexi antes que chegue o vizinho!...
quarta-feira, março 15, 2006
Sobre a Teoria Geral do Electrochoque: conselhos de Demiurgo a M.
“— Como é que gosta das mulheres, Daniel?
— Não sei muito de mulheres, para dizer a verdade.
— Saber, ninguém sabe, nem Freud nem elas próprias, mas isto é como a electricidade, não é preciso saber como funciona para apanhar um choque nos dedos”.
Em “A Sombra do Vento”, de Carlos Ruiz Zafón, edição portuguesa da D. Quixote.
Contra esse tipo de choques não há protecção que o valha: nem botas de borracha, nem fios de terra, nada. O truque é fazer aquilo que se faz nas reacções alérgicas para evitar outro tipo de choque, o choque anafiláctico: ir-se expondo gradualmente, em doses sucessivamente maiores, a fim de que o organismo acabe por se habituar àquele corpo estranho.
Ás vezes, este método também não resulta, mas, olhe, meu caro amigo, em último caso, existe sempre a epinefrina.
— Não sei muito de mulheres, para dizer a verdade.
— Saber, ninguém sabe, nem Freud nem elas próprias, mas isto é como a electricidade, não é preciso saber como funciona para apanhar um choque nos dedos”.
Em “A Sombra do Vento”, de Carlos Ruiz Zafón, edição portuguesa da D. Quixote.
Contra esse tipo de choques não há protecção que o valha: nem botas de borracha, nem fios de terra, nada. O truque é fazer aquilo que se faz nas reacções alérgicas para evitar outro tipo de choque, o choque anafiláctico: ir-se expondo gradualmente, em doses sucessivamente maiores, a fim de que o organismo acabe por se habituar àquele corpo estranho.
Ás vezes, este método também não resulta, mas, olhe, meu caro amigo, em último caso, existe sempre a epinefrina.
Pior, mesmo, é nem experimentar!
terça-feira, março 14, 2006
Trocando Demiurgo
Lunata sentia-se uma tonta.
Na sua tristeza buscara a mudança, a liberdade, a experiência e entregara-se nos braços de um novo amigo. Mas onde pensava encontrar a solução, achou, apenas, a estranheza, o desconforto, a infelicidade.
Na sua tristeza buscara a mudança, a liberdade, a experiência e entregara-se nos braços de um novo amigo. Mas onde pensava encontrar a solução, achou, apenas, a estranheza, o desconforto, a infelicidade.
Ainda sobre a felicidade
Uma sucessão infinitesimal de pontos faz uma linha. Ora, se esses pontos obedecerem a um estado, o seu conjunto obedecerá, necessariamente, também, a esse estado.
segunda-feira, março 13, 2006
If you want a lover
I’ll do anything you ask me to
And if you want another kind of love
I’ll wear a mask for you
If you want a partner
Take my hand
Or if you want to strike me down in anger
Here I stand
I’m your man
If you want a boxer
I will step into the ring for you
And if you want a doctor
I’ll examine every inch of you
If you want a driver
Climb inside
Or if you want to take me for a ride
You know you can
I’m your man
I’ll do anything you ask me to
And if you want another kind of love
I’ll wear a mask for you
If you want a partner
Take my hand
Or if you want to strike me down in anger
Here I stand
I’m your man
If you want a boxer
I will step into the ring for you
And if you want a doctor
I’ll examine every inch of you
If you want a driver
Climb inside
Or if you want to take me for a ride
You know you can
I’m your man
...
[Leonard Cohen, I´m Your man]
[Leonard Cohen, I´m Your man]
Amar
Pudesse eu premir entre os meus − devagarinho − os teus lábios, inspirar as tuas aflições, respirar os teus problemas…
Pudesse eu agarrar os teus medos, envolver o teu desespero, abraçar a tua angústia, cobrir as tuas dividas…
Pudesse eu sentir as tuas dores, arder na tua febre, sofrer a tua agonia...
Pudesse eu morrer por ti, Meu Amor!…
Pudesse eu agarrar os teus medos, envolver o teu desespero, abraçar a tua angústia, cobrir as tuas dividas…
Pudesse eu sentir as tuas dores, arder na tua febre, sofrer a tua agonia...
Pudesse eu morrer por ti, Meu Amor!…
domingo, março 12, 2006
Os pecados de Dona Josefa
“Havia outro pecado que a torturava: quando rezava, às vezes, sentia vir a expectoração; e tendo ainda o nome de Deus ou da Virgem na boca, tinha de escarrar; ultimamente engolia o escarro, mas estivera pensando que o nome de Deus ou da Virgem lhe descia de embrulhada para o estômago e se ia misturar com as fezes! Que havia de fazer?
…
Mas isto não era o pior: o grave era, que na noite antecedente estava toda sossegada, toda em virtude, a rezar a S. Francisco Xavier − e de repente, nem ela soube como, põe-se a pensar como seria S. Francisco Xavier nu em pêlo!”
Eça de Queiroz, in O Crime do Padre Amaro; Edição Livros do Brasil; pág 410.
…
Mas isto não era o pior: o grave era, que na noite antecedente estava toda sossegada, toda em virtude, a rezar a S. Francisco Xavier − e de repente, nem ela soube como, põe-se a pensar como seria S. Francisco Xavier nu em pêlo!”
Eça de Queiroz, in O Crime do Padre Amaro; Edição Livros do Brasil; pág 410.
quinta-feira, março 09, 2006
AHAHAHAHAHA...
Ai, gatos, gatos, gatos que falam, que saudades dos meus gatos!!!! [Via Bomba-Inteligente]
E fabulosa foto de Tiago Pedroso
E fabulosa foto de Tiago Pedroso
quarta-feira, março 08, 2006
Um verdadeiro sonho de terror
Então, reza assim, com efeitos especiais à mistura, muita emoção e sobressaltos o meu sonho desta noite, agitação que atribuo (só pode!) à maldita dor que me massacra a cervical:
A doce senhora que durante anos foi empregada dos meus pais, de alcunha ternurenta Ju, tinha um cão preto, enorme, astuto, matreiro, inteligente até, capaz de engendrar os planos mais maquiavélicos, de fazer inveja ao antigo e amador Óscarre*.
Como uma gentil capuchinho vermelho que visita a sua avozinha, fui eu ver a minha Ju, trá lá lá, que vivia numa casa imensa, com cave, andares aos magotes e um imenso jardim onde o diabólico cão preto se regalava com brinquedos perversos que até coro da ideia de os descrever aqui.
Bem, chegada à dita mansão dou de caras com a minha irmã e o meu cunhado ensonados, esparramados num sofá a regalarem-se com um qualquer filme na televisão. Eu, em vez de merenda, levava nos braços um frágil e tísico gatito embrulhado num cobertor para, presumo, enganar os instintos maléficos do horroroso (mas elegante, diga-se, mistura de Grandanois e Doberman) cão, menosprezando-lhe, assim, os dons do olfacto e da intuição. Hélas! O doce cão na presença da minha querida Ju torna-se sanguinário mal ela vira costas: engole a cabeça do gatinho; ataca-nos mortalmente a mim, à minha irmã e ao meu cunhado; tem poderes estranhos, sobrenaturais, do género de uma das suas patas sugar, integralmente, uma senhora (personagem que desconheço e que não me recordo como aterrou no sonho); sobreviver após uma morte aparente de vário tiros, e ser capaz de fazer desabar a bestial mansão da minha Ju.
Depois desta (e desta), senhores realizadores, ponham-me a dormir e contratem-me, faxfavor, para argumentista!
* um filme antigo, em que um pequeno pitbull que vivia com uma velhota e falava um francês cerrado pronunciando Óscarre, tecia um plano diabólico para a assassinar.
A doce senhora que durante anos foi empregada dos meus pais, de alcunha ternurenta Ju, tinha um cão preto, enorme, astuto, matreiro, inteligente até, capaz de engendrar os planos mais maquiavélicos, de fazer inveja ao antigo e amador Óscarre*.
Como uma gentil capuchinho vermelho que visita a sua avozinha, fui eu ver a minha Ju, trá lá lá, que vivia numa casa imensa, com cave, andares aos magotes e um imenso jardim onde o diabólico cão preto se regalava com brinquedos perversos que até coro da ideia de os descrever aqui.
Bem, chegada à dita mansão dou de caras com a minha irmã e o meu cunhado ensonados, esparramados num sofá a regalarem-se com um qualquer filme na televisão. Eu, em vez de merenda, levava nos braços um frágil e tísico gatito embrulhado num cobertor para, presumo, enganar os instintos maléficos do horroroso (mas elegante, diga-se, mistura de Grandanois e Doberman) cão, menosprezando-lhe, assim, os dons do olfacto e da intuição. Hélas! O doce cão na presença da minha querida Ju torna-se sanguinário mal ela vira costas: engole a cabeça do gatinho; ataca-nos mortalmente a mim, à minha irmã e ao meu cunhado; tem poderes estranhos, sobrenaturais, do género de uma das suas patas sugar, integralmente, uma senhora (personagem que desconheço e que não me recordo como aterrou no sonho); sobreviver após uma morte aparente de vário tiros, e ser capaz de fazer desabar a bestial mansão da minha Ju.
Depois desta (e desta), senhores realizadores, ponham-me a dormir e contratem-me, faxfavor, para argumentista!
* um filme antigo, em que um pequeno pitbull que vivia com uma velhota e falava um francês cerrado pronunciando Óscarre, tecia um plano diabólico para a assassinar.
Destaques
Dois excelentes novos blogs na blogosfera portuguesa. E desta vez, pela mão de duas pessoas que tenho o privilégio de intitular de amigos: o José Nunes com o “Foram-se os Anéis”; e o Miguel Cabral com o “Cartoon”.
terça-feira, março 07, 2006
O Düss na Red Carpet
E pronto cá está ele, o meu gnomo Düss El Dwarf, acompanhando a belíssima Nicole Kidman, elengantérrima num vestido Balenciaga.
Este ano, neguei-me a confeccionar um tuxedo para Düss (não, que a minha vida não é brincar às costureiras) e ele recorreu a uma criação do John Galliano. E ia muito bem. Confesso que me sinto muito orgulhosa dele.
O Düss estava nomeado para melhor actor secundário em filme de animação no filme A Maldição do Coelho-Homem onde tinha o papel de gnomo-alarme de jardim do sistema montado por Wallace & Gromit para a detecção da presença de coelhos. Brilhante interpretação, diga-se de passagem. Filme que vi na versão original (ou seja, com público maioritariamente adulto) na companhia do meu sobrinho Simão e que me valeu um forte embaraço uma vez que o Simão entusiasmado, aquando da aparição do Düss, desata numa gritaria infernal: − Olha o Düss! É o Düss! É o Düss!
segunda-feira, março 06, 2006
Futilidades: Oscars 2006
Elas
As mais:
Jessica Alba e Uma Thurman ambas vestindo Versace
As menos:
Helena Bonham Carter num vestido de autor desconhecido (uma estreia de Tim Burton
na alta costura, muito provavelmente) e Dolly Parton (with her Big Bubbies) num Robert Behar
As jóias:
Michelle Williams com um Channel e Keira Knightley com um Bulgari
Eles
Os mais:
Palavras para quê: George Clooney num Armani? Ou será Gucci?
Foto: Reuters/ Gary Hershorn
As mais:
Jessica Alba e Uma Thurman ambas vestindo Versace
As menos:
Helena Bonham Carter num vestido de autor desconhecido (uma estreia de Tim Burton
na alta costura, muito provavelmente) e Dolly Parton (with her Big Bubbies) num Robert Behar
As jóias:
Michelle Williams com um Channel e Keira Knightley com um Bulgari
Eles
Os mais:
Palavras para quê: George Clooney num Armani? Ou será Gucci?
Foto: Reuters/ Gary Hershorn
(Falta-me aqui ainda o Eric Bana que não se digna a aparecer nas fotos sozinho)
Os menos:
Ben Stiller num Paul Smith e Ludacris num Armani
[Fontes: Reuters; Oscars.com; InStyle]
Os menos:
Ben Stiller num Paul Smith e Ludacris num Armani
[Fontes: Reuters; Oscars.com; InStyle]
Sobre os Oscars
Ganhou o Crash. Os restantes oscars ficaram equitativamente distribuídos pelos principais nomeados.
O maior perdedor foi Munich, sem nenhuma estatueta. É que não devia dar jeito, nesta altura, tocar num filme que aborda um tema tão polémico...
Eu, por mim, dava o prémio ao Match Point que nem sequer estava nomeado.
O serão, esse, foi muito agradável, em casa da Vieira do Mar, na companhia, também, da Ana e com alguns saltinhos ao Kodak Theatre para cuscar as toialettes. Vá, vão lá espreitar os comentários de ontem.
O maior perdedor foi Munich, sem nenhuma estatueta. É que não devia dar jeito, nesta altura, tocar num filme que aborda um tema tão polémico...
Eu, por mim, dava o prémio ao Match Point que nem sequer estava nomeado.
O serão, esse, foi muito agradável, em casa da Vieira do Mar, na companhia, também, da Ana e com alguns saltinhos ao Kodak Theatre para cuscar as toialettes. Vá, vão lá espreitar os comentários de ontem.
domingo, março 05, 2006
Simão, o Sacana
Personagens:
Tomás: 8 anos
Simão: 5 anos
Acção:
Numa gritaria, o Tomás queixa-se ao pai que o Simão lhe chamou de “Tomate”.
O Simão defende-se, indignado:
− Eu não te chamei de tomate, Tomate!
Tomás: 8 anos
Simão: 5 anos
Acção:
Numa gritaria, o Tomás queixa-se ao pai que o Simão lhe chamou de “Tomate”.
O Simão defende-se, indignado:
− Eu não te chamei de tomate, Tomate!
sábado, março 04, 2006
Fantasporto
A minha estreia − este ano tardia − no Fantasporto, foi fraca.
O filme escolhido – The Hamster Cage (de Larry Kent) – prometia, fazendo esperar algo do género Almodóvar ou do excelente Happiness apresentado, também neste evento, em 1999. Mas não, o filme era mau e por várias vezes tive aquela desagradável sensação de estar ali a perder o meu tempo, bocejando continuadamente, e admirando-me com alguns risos na plateia em cenas que considerei francamente medíocres.
O filme escolhido – The Hamster Cage (de Larry Kent) – prometia, fazendo esperar algo do género Almodóvar ou do excelente Happiness apresentado, também neste evento, em 1999. Mas não, o filme era mau e por várias vezes tive aquela desagradável sensação de estar ali a perder o meu tempo, bocejando continuadamente, e admirando-me com alguns risos na plateia em cenas que considerei francamente medíocres.
sexta-feira, março 03, 2006
O Desespero
O desespero é um pensamento circular que nos apanha quando estamos fragilizados, tolhendo-nos a capacidade de reacção e impedindo-nos de nos munirmos de defesas para combater as causas que lhe estão subjacentes.
O truque é não o deixar instalar-se, gozando com ele, troçando, escorraçando-o através de pensamentos positivos que nos ajudam a rebentar o pernicioso colete-de-forças por ele tecido, afastando-nos, assim, do seu improdutivo ciclo vicioso.
[Para um amigo]
O truque é não o deixar instalar-se, gozando com ele, troçando, escorraçando-o através de pensamentos positivos que nos ajudam a rebentar o pernicioso colete-de-forças por ele tecido, afastando-nos, assim, do seu improdutivo ciclo vicioso.
[Para um amigo]
quarta-feira, março 01, 2006
IMAGEMdoDIA
Reuters/ Jose Miguel Gomez
"A reveler from the Mocidade samba school performs during the second night of the Carnival parade at the Sambadrome in Rio de Janeiro, February 27, 2006. The Carnival in the beachside city of Rio de Janeiro is famed as one of the world's best parties."
REUTERS/ Jose Miguel Gomez